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15 medicamentos de especialidades com patentes perto do fim

patentes Alguns dos maiores medicamentos da indústria farmacêutica perderão suas patentes nessa década e deverão enfrentar a pressão dos genéricos. Relatório da consultoria Moody’s, destaca os quatro campeões de vendas da indústria em 2020: Humira, Keytruda, Revlimid e Eliquis. Ao todo, nove dos 20 remédios mais comercializados no setor devem perder a exclusividade nos próximos anos.

1 – Humira

Fabricante: Abbvie
Vendas em 2020:
 US$ 19,8 bilhões
Vencimento da patente principal: 2023
Indicação: tratamento de doenças inflamatórias

O medicamento mais vendido do mundo começará a enfrentar mais concorrência nos Estados Unidos em 2023, a partir da parceria com a Amgen. Ao todo, a AbbVie assinou pelo menos oito acordos de biossimilares do Humira com farmacêuticas como Boehringer Ingelheim, Pfizer, Samsung Bioepis, Mylan e Sandoz.

2 – Keytruda

Fabricante: Merck Sharp & Dohme
Vendas em 2020: US$ 14,38 bilhões
Vencimento da patente principal: 2028
Indicação: Tratamento de câncer

O Keytruda deve destronar o Humira e se tornar o mais vendido do mundo em 2023, segundo relatório da Evaluate Pharma. Mas, por outro lado, biossimilares já estão sendo produzidos. A empresa canadense PlantForm Corporation, recentemente, revelou uma colaboração com o Bio-Manguinhos / Fiocruz para desenvolver uma versão para o mercado brasileiro.

3 – Revlimid

Fabricante:  Bristol Myers Squibb
Vendas em 2020: US$ 12,1 bilhões
Vencimento das patentes principais:  2025 a 2026
Indicação: mieloma múltiplo

O medicamento para tratar mieloma múltiplo, síndromes mielodisplásicas e outras doenças teve um excelente resultado em 2020, acumulando cerca de US$ 12,15 bilhões em vendas. Mas concorrentes genéricos estão prontos para entrar na briga entre 2025 e 2026, segundo previsões dos analistas.

4 – Eliquis


Fabricante: Bristol Myers Squibb / Pfizer
Vendas em 2020: US$ 9,2 bilhões
Vencimentos das patentes principais: 2027 a 2029
Indicação: anticoagulante

Versões genéricas do Eliquis já receberam aprovação provisória da FDA. O medicamento faturou US$ 9,17 bilhões no ano passado, um dos cinco maiores da indústria farmacêutica e 16% acima do desempenho de 2019.

5 – Eylea


Fabricante: Regeneron/ Bayer
Vendas em 2020: US$ 8,36 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2025 a 2026
Indicação: degeneração macular

O campeão de vendas já está brigando com o Beovu, da Novartis, mas a maior ameaça ao medicamento pode chegar em meados da década. Além disso, um candidato a biossimilar em estágio avançado vem de ninguém menos que a Sandoz.

6 – Stelara


Fabricante: Johnson & Johnson
Vendas em 2020: US$ 7,7 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2025 a 2026
Indicação: psoríase em placas, artrite psoriática e doença de Crohn

O Stelara movimentou US$ 7,7 bilhões no ano passado, um aumento de 21% em relação a 2019, apesar dos efeitos da pandemia nas vendas dessa categoria. Com bilhões em jogo, vários fabricantes de biossimilares estão trabalhando em cópias do medicamento. A Celltrion, da Coreia do Sul, parece ser a mais avançada na disputa. Esse estudo deve ser concluído no segundo semestre de 2022.

7 – Opdivo


Fabricante: Bristol Myers Squibb
Vendas em 2020: US$ 6,99 bilhões
Vencimento da patente principal: 2028
Indicação: câncer

Em 2026, as vendas globais do Opdivo podem chegar a US$ 11,75 bilhões. O medicamento perderá a exclusividade no mercado norte-americano em 2028. A lista de farmacêuticas que desenvolvem versões biossimilares inclui a australiana NeuClone Pharmaceuticals, a chinesa Luye Pharma e a sueca  Xbrane Biopharma.

8 – Dolutegravir


Fabricante: GlaxoSmithKline (GSK)
Vendas em 2020: US$ 6 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2027 a 2029
Indicação: HIV

O Dolutegravir é a molécula encontrada em quatro dos medicamentos contra HIV mais vendidos pela GSK, que respondem por pouco mais de 25% do volume de negócios da farmacêutica britânica. Esses fármacos deverão suportar a pressão dos genéricos a partir de 2027.

9 – Ibrance


Fabricante: Pfizer
Vendas em 2020: US$ 5,39 bilhões
Vencimento da patente principal: 2027
Indicação: câncer de mama

Mesmo com as manchetes focadas nos esforços da vacina contra a Covid-19, esse medicamento da Pfizer tem sido estratégico para a farmacêutica, como ativo líder no portfólio de oncologia.

10 – Januvia/ Janumet

Fabricante: Merck Sharp & Dohme
Vendas em 2020: US$ 5,3 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2022 a 2023
Indicação: diabetes

O famoso medicamento para diabetes tipo 2 vem acumulando médias consistentes de faturamento anual entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões.

11 – Trulicity


Fabricante:  Eli Lilly
Vendas em 2020: US$ 5,1 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2027 a 2029
Indicação: diabetes

O blockbuster da Eli Lilly obteve 24% de incremento nas vendas em 2020. Isso fez do Trulicity o 15º medicamento mais comercializado no mundo no ano passado.

12 – Prolia/ Xgeva


Fabricante: Amgen
Vendas em 2020: US$ 4,6 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2025 a 2026
Indicação: câncer e osteoporose

A Amgen deve entrar em um período de crescimento impulsionado por medicamentos inovadores. Em contrapartida, já projeta perdas expressivas com esses dois remédios.

13 – Cosentyx


Fabricante: Novartis
Vendas em 2020: US$ 4 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2025 a 2026
Indicação: psoríase

O Cosentyx, da Novartis, resistiu à pandemia com um salto de 14% na receita em 2020, seguido por outro aumento de 11% no primeiro trimestre de 2021. Foi o medicamento mais vendido pela farmacêutica suíça.

14 – Entyvio


Fabricante: Takeda
Vendas em 2020: US$ 4 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2025 a 2026
Indicação: doença de Crohn / colite ulcerosa

O Entyvio, da Takeda, obteve grandes ganhos ao receber aprovações em todo o mundo, especialmente na Ásia. O crescimento de 29% nas vendas atesta o sucesso do medicamento.

15 – Victoza


Fabricante: Novo Nordisk
Vendas em 2020: US$ 3 bilhões
Vencimento das patentes principais: 2022 a 2023
Indicação: diabetes

Uma das líderes no segmento de diabetes, a Novo Nordisk passou os últimos anos acelerando sua franquia de semaglutida antes da queda da patente do Victoza.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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