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5G no varejo ainda está fora do radar das farmácias

5G no varejo ainda está fora do radar das farmácias

O uso do 5G no varejo já ocupa o centro dos debates, mas por enquanto está longe do radar das farmácias. Segundo a última enquete do Panorama Farmacêutico, praticamente nove de dez profissionais do setor ainda ignoram a relevância da tecnologia.

Dos 1.271 leitores que emitiram opinião, 70% (886) admitiram que sequer se aprofundaram no assunto. Outros 19% (239) entendem que essa inovação não influenciará nos negócios. Apenas 7% (97) revelaram que o 5G no varejo já figura no planejamento deste ano, enquanto 4% (49) já têm uma equipe pronta para a implementação da tecnologia.

As impressões dos leitores caminham na contramão de especialistas. “O 5G no varejo pode ser crucial para o avanço na aplicação de inteligência artificial e da internet das coisas na loja física e nos canais digitais, que podem abrir novas oportunidades de negócios”, acredita Gustavo Pisani, diretor de varejo do Grupo FCamara, consultoria especializada em transformação digital.

De fato, a nova rede pode servir de impulso para mudar as experiências de compra. Mas dois fatores parecem surgir como principais impeditivos para o 5G se consolidar no Brasil.

Preço e acesso como barreira para o 5G no varejo

As varejistas de gigantes asiáticos já usufruem do 5G. A China, por exemplo, já viabilizou a tecnologia em 350 cidades. Não à toa, viu as vendas aumentarem 4,9%, superando a expectativa inicial de 3,5%. O Brasil projeta um aumento de 3,8%, mas o custo tende a coibir mais adesões.

Especialistas cravam que o preço inicial por aparelho celular deve ser de R$ 250 por mês para faturas pós-pagas, bem mais caro que a média do 4G e com restrições de dados. Além disso, não deverá haver pacotes ilimitados, comprometendo a velocidade e ampliando os riscos de corte do sinal, o que deve afugentar farmácias independentes com fôlego financeiro reduzido e atuação em regiões periféricas do país.

Outro obstáculo. Os brasileiros só terão o 5G puro, o chamado standalone, a partir de julho deste ano, começando pelas capitais. Nos municípios interioranos com menos de 50 mil habitantes, onde o varejo independente administra 45% dos PDVs farmacêuticos, a tecnologia fica só no debate.

Nova enquete

A nova enquete terá seu resultado divulgado em 1º de maio, Dia do Trabalho. E o assunto não poderia ser outro. Queremos saber como o setor projeta a oferta de empregos em 2022. Novos recrutamentos serão uma realidade ou as demissões se tornarão mais frequentes?

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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