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A Unimed investe na volta do médico de família

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 volta do médico de família. É nisso que aposta Central Nacional Unimed para reduzir custos e aumentar a eficiência dos tratamentos de saúde, fazendo com que as pessoas se tratem com clínicos em vez de recorrer a hospitais. Cerca de 80% a 90% das questões de saúde podem ser bem tratadas e resolvidas por um médico de família. É um modelo consagrado nos países com os melhores indicadores de saúde do mundo, afirma Alexandre Augusto Ruschi Filho, presidente da Central Nacional Unimed.

Não estamos decretando o fim dos hospitais, e sim o cuidado por uma equipe que possa acompanhar a pessoa ao longo da vida. Em 2017, quase 9.000 pacientes haviam recebido o cuidado de uma equipe multidisciplinar liderada por um médico de família. No ano passado, foram mais de 16.000.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/07/18/atencao-especifica-a-saude-da-mulher-vira-oportunidade-para-laboratorios/

De um lado, o médico que acompanha o histórico do paciente tem mais possibilidades de detectar problemas cedo, quando eles são menores e têm mais chance de cura. De outro lado, a prática de recorrer a hospitais diminui a capacidade de tratar os casos mais sérios. Isso prejudica a gestão da saúde pública e privada, diz Ruschi Filho.

Além dos médicos de família, a Unimed, que tem 37% de participação no mercado de operadoras de saúde, vem investindo no monitoramento de beneficiários com mais riscos de desenvolver doenças como câncer, diabetes e hipertensão, assim como gestantes de alto risco.

De novo, há uma junção de interesses: os clientes são mais bem cuidados e apresentam uma redução de 35% nos gastos com consultas, exames e internações, de acordo com a empresa.

Os idosos são outra preocupação. Em 2060, um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos. Esse cenário é muito desafiador, afirma Ruschi Filho. Uma das medidas de maior impacto nesse campo é o Unimed Ativa, que oferece espaços de convivência e socialização com atividades físicas, oficinas e palestras sobre envelhecimento saudável. O programa tem capacidade para atender cerca de 200 pessoas em São Paulo e 100 em Salvador.

Outra iniciativa é o curso de formação de cuidadores. Lançado em 2014, o programa de 100 horas de aula, presenciais e a distância, já capacitou mais de 1.000 pessoas. A meta é formar outras 600 neste ano por meio de uma parceria firmada com o Senac em 18 cidades. O programa foi acelerado em 2018 quando a Unimed percebeu que mais de 70% dos alunos saíam empregados antes de concluir a formação. Nosso intuito é acolher o idoso, já que muitas vezes um familiar tem de pedir demissão do emprego para assumir esses cuidados, diz Ruschi Filho.

COMPROMISSOS COM AS MELHORES PRÁTICAS: EIS UM RUMO PARA O NEGÓCIO

Para o Grupo Fleury, aderir a movimentos nacionais ou globais de responsabilidade socioambiental é uma forma de desenvolver suas políticas internas | Lia Vasconcelos

Cite algum dos grandes compromissos públicos de boas práticas e é bem provável que o Grupo Fleury seja um signatário: Pacto Global da Organização das Nações Unidas, de responsabilidade socioambiental; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, também da ONU; Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção; Carbon Disclosure Project (organização para controle de emissões de carbono); GHG Protocol (que incentiva o controle das emissões de gases de efeito estufa) Não se trata de marketing politicamente correto, segundo Daniel Périgo, gerente sênior de sustentabilidade do Fleury. É uma forma de promover mudanças na direção certa. Fazemos sempre um diagnóstico do nosso grau de adesão. O último, em relação à sustentabilidade, gerou um relatório de 40 páginas no qual refletimos sobre o que está bom e o que pode melhorar. Usamos esses compromissos como norteadores da nossa ação, afirma Périgo.

Um exemplo é a política de diversidade, que existe desde 2012 e foi revisada em 2017 após pesquisa com os colaboradores. Hoje há comunidades que discutem o tema na intranet, um plano de comunicação voltado para o assunto e uma semana de diversidade.

Além disso, o Fleury elegeu alguns temas prioritários para discussão, como identidade e equidade de gênero, orientação sexual, deficiência e diversidades geracional, étnica e racial. Queremos quebrar paradigmas internos. Em 2018, trabalhamos a inclusão de deficientes intelectuais, autistas e transgêneros na área de tecnologia da informação e a formação de aprendizes com deficiência, diz Périgo. Não à toa, o grupo, que tem 217 unidades em sete estados e no Distrito Federal, faz parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial, uma carteira de ações que valoriza companhias comprometidas com o desenvolvimento sustentável, e aderiu aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres.

Uma mostra de como essas práticas se refletem no próprio negócio do Grupo Fleury é um projeto do ano passado: um estudo científico inédito feito em parceria com o Hospital Pérola Byington, de São Paulo. Em 111 pacientes do hospital com câncer de mama em estágio inicial foi realizado um teste genômico de uma empresa americana. O exame, que é distribuído no Brasil pelo Fleury, detalha o risco de agressividade do tumor. Graças a ele, 76 de 109 pacientes que seriam encaminhadas à quimioterapia começaram a ser tratadas com hormonioterapia ou radioterapia, tratamentos que são bem menos agressivos para as pacientes e que proporcionaram uma economia equivalente a 420000 reais ao hospital.

TODO O CUIDADO POSSÍVEL COM O DESCARTE DE RESÍDUOS PERIGOSOS

O Einstein mapeia os fornecedores de maior risco ou maior impacto ambiental e social para monitorá-los e treiná-los de acordo com práticas de sustentabilidade | Lia Vasconcelos

Os números impressionam: 44.058 cirurgias, 1.070.809 pronto-atendimentos, 1.014.731 consultas e 8.059.153 exames laboratoriais e de imagem foram feitos, em 2018, pela Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein.

Considerado o melhor hospital da América Latina pelo décimo ano seguido no ranking da consultoria AméricaEconomía Intelligence, o Einstein, fundado em 1955, opera 25 equipamentos públicos de saúde na cidade de São Paulo, nos quais presta atendimento pelo Sistema Único de Saúde, além das nove unidades voltadas para a saúde suplementar. Com números assim, um dos principais desafios ambientais da entidade é o lixo. Se não receberem tratamento adequado antes do descarte, resíduos químicos e infectantes podem causar sérios danos ao meio ambiente.

Daí a importância do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde, o qual estabelece diretrizes para descarte, tratamento e disposição final dos resíduos. Além dele, o Einstein tem um Plano Diretor de Sustentabilidade que segue as recomendações da Organização das Nações Unidas. Um ponto crucial é a relação com os fornecedores. Para a segurança de todo o processo de destinação de resíduo gerado, exigimos o comprometimento de fornecedores com a melhoria contínua e a responsabilidade com o meio ambiente, diz Sidney Klajner, presidente do Einstein.

O hospital mapeia os prestadores de serviço que têm maior risco ou maior impacto ambiental ou social em suas atividades. Eles preenchem um questionário de sustentabilidade e são classificados de acordo com sua aderência às boas práticas. Além disso, há auditorias periódicas dos fornecedores considerados críticos. Quando são encontrados problemas, elabora-se um plano de ação com prazo determinado.

Além disso, convidamos os prestadores de baixo desempenho para o projeto de desenvolvimento de fornecedores, que consiste em treinamentos, reuniões individuais e visitas in loco com o intuito de identificar oportunidades de melhoria e ajudar a implantá-las, diz Klajner.

Outro desafio é a gestão de gases de efeito estufa, realizada desde 2008. Os maiores riscos são o consumo de energia elétrica e o uso de óxido nitroso (N2O) em procedimentos anestésicos. Para reduzir as emissões, o Einstein adotou as bicicletas na entrega de laudos e favorece o etanol nas frotas de veículos. Em relacão ao N2O, o consumo caiu cerca de 40% desde 2013, ou 9000 tCO2e (toneladas de COequivalentes) graças à conscientização dos anestesistas e à manutenção da rede de distribuição de gases, feita pela equipe de engenharia clínica.

CAPACITAÇÃO CONTRA O ABUSO DE CRIANÇAS E JOVENS

Para ajudar no combate a crimes sexuais, o braço social do laboratório Sabin treinou 400 profissionais que atuam em 107 ludotecas de atendimento às vítimas | Bruno Toranzo

Do total de estupros cometidos no Brasil contra mulheres em 2017 e 2018, 52% tiveram como vítimas meninas de até 13 anos. No mesmo período, quatro garotas sofreram abuso a cada hora. Os números estão na mais recente edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Há 11 anos, o Instituto Sabin, entidade sem fins lucrativos ligada ao Laboratório Sabin, mantém um projeto de atendimento às crianças e aos adolescentes vítimas de abuso sexual. No ano passado, começamos a atuar em um novo pilar, o de capacitação dos profissionais que exercem esse trabalho, como os da área da saúde e os ligados à assistência social, Justiça e segurança pública, diz Lídia Abdalla, presidente executiva do Laboratório Sabin.

Somente no ano passado foram capacitados 400 profissionais por meio de seminários e oficinas. Também passou a ser oferecido um programa de formação, com consultoria especializada, que leva em conta os desafios enfrentados pelos agentes.

Um dos assuntos trabalhados é a ludoterapia, técnica psicoterápica que usa jogos e brinquedos para aliviar o sofrimento dos jovens pacientes e ganhar sua confiança para que possam relatar a experiência traumática.

Como a criança ou o adolescente pode ter dificuldade de falar, por sentir medo ou ficar intimidado em lugares como uma delegacia, pode ser difícil para as autoridades a obtenção de informações sobre o crime. Na ludoterapia, ainda que não fale, a criança é encorajada a demonstrar o abuso por meio de bonecos. Essa e outras técnicas são desenvolvidas nas 107 ludotecas construídas pelo Sabin em dez estados e no Distrito Federal um investimento de 2,3 milhões de reais. Os espaços foram instalados em hospitais, delegacias e fóruns.

Outro projeto social mantido pelo Sabin é uma plataforma de empréstimo coletivo desenvolvida em parceria com a startup Sitawi Finanças do Bem. Por meio dessa plataforma, empreendedores sociais têm acesso a linhas de crédito com juros mais baixos. Entre os negócios já beneficiados está a UP Saúde, uma empresa do Rio Grande do Norte que criou um aplicativo para diminuir as filas no atendimento público, facilitando o agendamento de consultas e a gestão dos dados médicos.

Os resultados já estão aparecendo, com redução média de 38% no tempo de atendimento nos municípios que contrataram o serviço. O aporte inicial do Sabin na plataforma foi de 500.000 reais, valor empregado para criar a estrutura de empréstimo. O objetivo é consolidar, entre as empresas de impacto social, o financiamento coletivo como possibilidade de acesso a crédito com juros reduzidos.

Fonte: Exame

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