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Absorventes ecológicos: pano, calcinha ecológica ou copinho?

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Menstruação tem sido um tabu desde que o patriarcado ancorou nesse sistema em que vivemos. Falar que sangramos todo mês causa nojo em alguns, repulsa em outros. Mas a fase mais polêmica dos ciclos femininos merece atenção e olhar gentil. Quando olhamos para esta fase, por exemplo, podemos perceber o quanto ela pode estar envolvida em um consumo que faz mal tanto para o nosso corpo, quanto para o planeta: o uso de absorventes convencionais, compostos por diversos ingredientes, entre plástico e componentes químicos.

O absorvente comum: um vilão mensal

Estima-se que a mulher faz uso de cerca de dez mil absorventes convencionais da puberdade até a menopausa. Como no Brasil não existe reciclagem para esse tipo de resíduo, esses absorventes acabam indo parar aterros sanitários. A boa notícia é que já temos algumas boas alternativas. Quando fazemos substituições conscientes, além de impactar no meio ambiente, também colaboramos com a nossa saúde: deixamos de passar dias colocando nosso corpo em contato com um produto sintético cheio de químicas – e deixamos o ciclo acontecer de maneira orgânica.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/08/05/iniciativa-leva-sustentabilidade-a-menstruacao-com-lingeries-absorventes/

Para quem usa os absorventes internos, um alerta: “Existem vários casos comprovados de Síndrome do Choque Tóxico causada pelo uso de absorventes internos. A Síndrome do Choque Tóxico é uma reação que ocorre a partir de Stafilococcos, uma bactéria muito comum presente na flora natural de nosso organismo, mas que em determinadas circunstâncias produz uma toxina que causa um mal estar grande e repentino (dor, tontura, febre, vômitos, queda de pressão). Estudos correlacionam essa questão ao uso dos absorventes internos por conterem o Rayon, que permite seu uso de forma prolongada e causa toxidade”, afirma a ginecologista Bel Saide em seu blog Ginecologia Natural.

Testei: absorvente de pano, calcinha menstrual e coletor

Nos últimos seis anos – já não uso absorventes convencionais. Nesta jornada, experimentei todas as alternativas presentes. Abaixo, conto um pouco de cada uma delas.

Absorvente de pano

 

Antigamente, nossas avós usavam pequenas toalhinhas dobradas. A solução foi retomada e, hoje, temos absorventes de pano em formato anatômicos com tecidos coloridos e reforçados. Vantagem: são simples de usar e tem preço acessível. A apresentadora Bela Gil é uma entusiasta e, inclusive, chegou a lançar um collab com a marca Morada da Floresta. Desafio: eles podem ser usados no dia a dia no esquema sujou-lavou, feito uma peça íntima. Muitas artesãs empreendedoras tem investido no tema. Vale procurar por modelos mais modernos e tamanhos compatíveis com a intensidade do fluxo.

Calcinhas ecológicas

 

Com inovação desenvolvida e já fabricada por diversas marcas nacionais, as calcinhas menstruais são uma febre à parte: com tecido tecnológico, são ainda mais reforçadas e surgem como uma versão moderna da solução ancestral das nossas avós. Marcas nacionais capitaneadas por mulheres tem investido em design e inovação, como a Pantys, que recentemente criou versões fashionistas com a Farm, e a HerSelf. Ambas tem diversas variações de modelos e tamanhos. De todas as opções, a melhor para o dia a dia, na minha opinião.

Coletor de silicone

 

Ganhei meu primeiro coletor menstrual em 2011, durante uma reportagem sobre práticas alternativas de saúde feminina. Foram dois anos guardados na gaveta até ser instigada a usar após ler algumas reportagens sobre movimentos como o sagrado feminino. Depois de começar, fica muito simples.

O coletor é um copinho feito de silicone cirúrgico. Neste caso, a mulher introduz internamente e, a cada tempo, esvazia, lava e insere de novo. A recomendação é usar um copinho por, em média, cinco anos. Na hora da compra pode parecer mais caro, mas se olharmos o quando ele dura, vale muito à pena até pensando no bolso.

O que mais gosto nesta alternativa é que ela permite a auto-observação. A cada vez que vamos esvaziar o copinho, podemos observar a cor, quantidade e cheiro do sangue. São informações importantes para o auto-conhecimento dos nossos ciclos e até mesmo para conversar com nossos médicos.

Qual a opção é a melhor? Em seis anos deixando os absorventes de lado (imaginem o quanto de plástico evitei de colocar no mundo) usei as três alternativas. Hoje, o que faço, é justamente alternar de acordo com a realidade, estado de espírito e praticidades. Regra: absorvente convencional de plástico jamais.

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Fonte: Yahoo Brasil

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