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Acúmulo de placas amiloide não explica incidência de Alzheimer

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As proteínas amiloide-beta estão entre as características fundamentais da doença de Alzheimer, mas estão se acumulando evidências de que essas proteínas pegajosas não são o único fator de risco para o desenvolvimento da doença neurodegenerativa.

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Outros fatores de risco modificáveis, como a quantidade de gorduras no sangue e a eficiência com que nosso corpo gera energia também podem desempenhar papéis importantes, sugerem novas pesquisas.

Também é sabido que pessoas com síndrome de Down têm um risco muito alto de desenvolver a doença de Alzheimer e quase todas têm as placas amiloides ao morrer. Por isso, pesquisadores decidiram estudar exclusivamente portadores de Down que também tiveram Alzheimer, para verificar se as placas amiloides fariam alguma diferença na doença neurodegenerativa.

“Acredita-se que o risco delas advém do fato de terem três cópias do cromossomo 21, onde é encontrado um gene-chave que produz amiloide. Como têm três cópias do gene, em vez de duas, elas produzem a amiloide em excesso, que é a principal patologia chave da doença de Alzheimer,” disse o professor Mark Mapstone, da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA).

A pergunta-chave era: Ter essa maior quantidade de placas amiloides aumenta o risco de desenvolvimento de Alzheimer?

“Ao estudar o risco de Alzheimer em pessoas com Síndrome de Down, podemos entender como a amiloide é importante para o desenvolvimento da doença,” acrescentou Mapstone.

Amiloide igual ao da população em geral

A resposta àquela pergunta-chave foi negativa.

“Nós descobrimos que pessoas com síndrome de Down que também têm doença de Alzheimer apresentam um déficit no metabolismo energético semelhante às pessoas com doença de Alzheimer na população em geral,” disse Mapstone.

Isto significa que, embora os portadores da Síndrome de Down produzam muito mais amiloide, isso não altera o risco de que eles venham a ter Alzheimer, que deve ocorrer por outras causas, ainda por serem elucidadas.

“Esses resultados sugerem que o acúmulo de amiloide, que ocorre desde o nascimento na síndrome de Down, pode não ser o único fator que determina o risco de Alzheimer. A interrupção da função metabólica é uma característica reconhecida da doença de Alzheimer de início tardio. Nossa descoberta pode abrir novos caminhos para prevenir esse déficit metabólico em todas as pessoas em risco para a doença,” disse Mapstone.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/05/15/impacto-da-covid-19-na-populacao-de-risco-e-tema-de-seminario-online/

Mistério

A doença de Alzheimer é um dos maiores mistérios da medicina, frequentemente envolvendo o acúmulo das proteínas beta-amiloides e outras, chamadas tau. A principal hipótese é que a doença surge de defeitos dessas duas proteínas, mas todos os candidatos a medicamentos seguindo essa linha falharam, e pesquisas recentes revelaram que as pessoas podem ter placas amiloides sem ter a demência. Mesmo a perda de neurônios no início do Alzheimer pode ser uma defesa do cérebro.

Fonte: Informa Paraíba

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