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Anvisa forma maioria para liberar CoronaVac a partir de 6 anos

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A diretoria da Anvisa formou maioria para liberar o uso da CoronaVac a partir de 6 anos para crianças e adolescentes não imunocomprometidos. A agência vota sobre o tema na manhã desta 5ª feira (20.jan.2022).

A CoronaVac é a 2ª vacina contra a covid-19 autorizada para menores de idade no Brasil. A 1ª foi a Pfizer. A expectativa é que o novo imunizante acelere a vacinação de crianças, que começou na semana passada.

O Instituto Butantan solicitou o uso do produto a partir dos 3 anos. A relatora do pedido, diretora Meiruze Freitas, recomendou a aprovação a partir dos 6 anos. Foi acompanha pelos diretores Alex Machado Campos e Rômison Rodrigues Mota. Eis a íntegra (537 KB) do voto de Meiruze.

‘Os benefícios conhecidos e potenciais da vacina superam os riscos conhecidos e potenciais’, afirmou Meiruze. Ela disse estar convicta que a CoronaVac atende aos critérios necessários de qualidade, segurança e eficácia para uso emergencial.

A maioria também foi a favor de determinar que o Butantan apresente dados complementares de imunogenicidade e de acompanhamento da população adulta e pediátrica vacinada.

Em agosto de 2021, a Anvisa rejeitou o 1º pedido de uso em menores de idade por considerar os dados clínicos insuficientes. Em dezembro, o instituto pediu novamente a liberação.

A CoronaVac é uma vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac. É produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.

Parecer das áreas técnicas

As áreas técnicas da Anvisa defenderam o uso da CoronaVac a partir de 6 anos para crianças e adolescentes não imunocomprometidos.

O parecer técnico foi apresentado pelas Gerência Geral de Medicamentos e Gerência de Farmacovigilância. Eis as íntegras das apresentações: aqui (3 MB) e aqui (3 MB), na sequência.

Ambas as gerências recomendam que a CoronaVac não seja aplicada em menores de idade imunocomprometidos. Essas pessoas possuem mecanismos de defesa contra infecções comprometidos. Por isso, precisam de um cuidado extra.

CoronaVac deve alavancar vacinação de crianças

Antes, a vacina da Pfizer era a única liberada para menores de idade. Pode ser aplicada a partir de 5 anos -independentemente da criança ou adolescente ser imunocomprometida. Mas a imunização das crianças abaixo de 12 anos dependia da chegada de doses pediátricas da farmacêutica vindas do exterior. Já a CoronaVac, tem estoques no Brasil, que devem ser usados para acelerar o processo.

O governo federal afirma ter 5,5 milhões de vacinas da CoronaVac. Estados e municípios também têm reserva e querem usá-las nas crianças.

O Ministério da Saúde pretende usar a vacina nos menores de 12 anos. O Poder360 apurou que, caso seja necessário, a pasta irá comprar mais doses da CoronaVac. Isso dependerá de quantas doses estão em estoque e dos acordos com a Pfizer. O órgão já pediu informações aos governos estaduais sobre as reservas do imunizante.

O Brasil precisa de 45 milhões de doses para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos com duas doses -considerando 10% de reserva técnica. O governo comprou 30 milhões da Pfizer. Precisa de mais 15 milhões -que poderiam ser as doses em estoques da CoronaVac ou de novos acordos com os fornecedores.

A vacina para crianças da CoronaVac é a mesma usada em adultos. Já a Pfizer tem 2 imunizantes diferentes: uma para crianças de 5 a 11 anos e outra para pessoas a partir de 12 anos. Isso dificulta a imunização com a Pfizer, porque depende da chegada de doses vindas do exterior. O Brasil deve receber 4,3 milhões de unidades em janeiro. Até março, o total será de 30 milhões.

O Instituto Butantan tem 15 milhões de doses disponíveis para compra. A entidade tem mantido diálogo com o ministério e governadores, mas não recebeu pedidos. Os chefes estaduais não querem empenhar recursos próprios. Esperam decisão do Ministério da Saúde.

São Paulo deve vacinar nesta 5ª

O governador João Doria (PSDB) diz que a vacinação com a CoronaVac começará em São Paulo 15 minutos depois de a Anvisa aprovar. O Estado já distribuiu seringas infantis e agulhas por toda a rede pública de saúde.

A projeção interna é que até o meio de fevereiro todas as crianças já tenham sido vacinadas com a 1ª dose.

Fonte: Poder 360


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