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As receitas para a Black Friday brilhar ou ruir no varejo brasileiro

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A Associação Brasileira do Comércio Eletrônico estima que as vendas online na Black Friday movimentarão R$ 6,9 bilhões neste ano, 77% a mais do que em 2019. O número, porém, ainda é muito distante de versões estrangeiras como a dos Estados Unidos, cuja perspectiva é faturar quase R$ 200 bilhões. Mas o que setores como o varejo farmacêutico podem fazer para realmente impulsionar os resultados dessa data?

Alberto Serrentino, sócio-fundador da Varese Retail, avalia que essa edição será mais morna em função de dois impactos da Covid-19 – a pressão inflacionária e as dificuldades de abastecimento. “Nesse contexto, a tendência é que tenhamos ofertas mais moderadas e uma menor percepção de grandes negócios por parte do consumidor. E o apelo promocional no ponto de venda também deve ser reduzido este ano, justamente para afastar a possibilidade de aglomerações”, projeta.

A Black Friday nas lojas físicas, aliás, deve gerar ainda mais preocupações com a reputação das marcas. É o que alerta Eduardo Prange, diretor da consultoria de marketing digital Zeeng. “Uma rede de farmácias pode ver sua imagem associada a uma loja lotada em plena pandemia. Em vez de bons resultados de vendas, ela ficará marcada por memes e comentários negativos nas redes sociais”, aponta.

Por essa razão, ele entende que o discurso da Black Friday deve transcender o preço e apostar na lógica de construção da experiência. “As empresas que fizeram lives e eventos digitais para divulgar as promoções deste ano certamente saíram na frente. A qualidade da entrega e o apuro nas embalagens serão outras variáveis importantes”, comenta.

Pré e pós-venda

“O pré e o pós-venda ainda precisam ser mais bem trabalhados para que o volume de clientes e transações se converta em resultados efetivos”, pontua Ricardo Pomeranz, sócio-diretor da Inroots. Ele fala com a experiência de quem, há mais de 20 anos, desenvolve campanhas de publicidade e marketing digital para companhias de varejo e bens de consumo. Um dos atuais clientes é a Poupafarma, que apostou em uma Black Month com promoções ao longo do mês de novembro.

“Os custos de mídia têm uma elevação substancial no dia ou na semana da Black Friday. Não são raros os casos de varejistas que bombam nas vendas, mas têm como saldo um ROI negativo por conta das despesas no período”, adverte. Ao diluir a campanha por todo o mês e reter a base de dados dos clientes, a farmácia amplia sua exposição e ganha subsídio para realizar ações de vendas posteriores. “Isso reforça a importância de anunciar ofertas mais segmentadas e impedir erros comuns nas plataformas de e-commerce, como produtos que não figuram no site ou que aparecem esgotados”, complementa.

Para Leandro Ruggero, diretor da vertical Farma na Linx, a jornada do consumidor é a receita do sucesso da Black Friday. “Os modelos de cashback, pagamentos por aproximação e até mesmo a inclusão de serviços farmacêuticos nas promoções podem colaborar para uma experiência positiva e reter o cliente”, afirma.

Foco nos serviços e não no preço

Para Adriano Tavollassi, diretor de digital e omnichannel do Grupo DPSP, a Black Friday deste ano está centrada em experiência multicanal e customização de serviços. A rede também investiu em promoções durante todo o mês, com facilidades de parcelamento em até 12 vezes iguais. “Em 2019 as ações foram muito mais pontuais e focadas nas lojas. Neste ano, a maioria das ofertas é nacional e vale tanto para o e-commerce como para as lojas físicas e televendas”, revela.

Outra aposta é o serviço Clique e Retire para os clientes que não desejam esperar pelo produto em casa, o que diminui o risco de frustrações. Além disso, contamos com o serviço de entrega de raio curto, em que os consumidores podem fazer suas compras por telefone na loja mais próxima de sua casa”, acrescenta.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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