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Atenção específica à saúde da mulher vira oportunidade para laboratórios

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Grupo Fleury criou centros especializados para o público feminino

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Com o objetivo de ampliar o portfólio de serviços e intensificar atuação em nichos estratégicos, redes de laboratórios de medicina diagnóstica apostam no público feminino para crescer. Entre os atrativos, está a frequência maior das mulheres em exames de rotina e maior chance de fidelização.

Um dos exemplos de redes de medicina diagnóstica é o laboratório Femme – voltado especificamente para o atendimento de mulheres. “Decidimos focar totalmente no público feminino, considerando a demanda crescente desses pacientes por serviços médicos. Quando iniciamos a rede, em 2000, realizávamos dois mil exames por mês. Atualmente, esse número gira em torno de 300 mil mensalmente”, diz o CEO da rede, Rogério Ramires.

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Segundo ele, a proposta de atender apenas mulheres foi um dos pilares para viabilizar a estratégia de expansão do negócio, que atualmente 14 unidades em funcionamento. “Nosso ritmo deve ser de oito [novas unidades] por ano a partir de agora. Esse posicionamento também possibilitou investimento de fundos de investimento, como o aporte feito pelo L Catterton”, argumentou o executivo.

Ainda de acordo com ele, a categoria de exames com maior demanda são os de sangue e prevenção de câncer de colo. Para Ramires, um dos desafios a serem enfrentados nos próximos anos é justamente “manter o nível de atendimento e qualidade” dos serviços do laboratório, uma vez que o movimento de expansão tem como escopo o Brasil inteiro, para além da atual presença na Região Sudeste do País. Para 2019, a previsão de faturamento da rede é de R$ 150 milhões; no ano passado, as cifras chegaram a R$ 100 milhões.

De acordo com o último balanço realizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), dos 27 milhões de pacientes registrados em exames no ano de 2017, cerca de 67% eram mulheres. Nesse mesmo período, o faturamento desse setor foi de R$ 35,4 bilhões. Ainda segundo o levantamento, em torno de 2 bilhões de exames foram realizados, sendo que 40% foi feito pelo sistema de saúde suplementar.

Nesse sentido, para o líder de Life Sciences & Health Care da consultoria Deloitte, Enrico De Vettori, a evolução da demanda do público feminino nesse segmento é um reflexo de uma mudança cultural dentro da sociedade e também da composição da carteira dos planos de saúde corporativos. “Existe uma predominância dentro dessa categoria de planos para exames para a área de ginecologia, considerando que existe a possibilidade de colocar familiares dependentes nesses planos, como por exemplo cônjuges e filhos”, afirmou Vettori.

Ainda de acordo com o consultor, o empoderamento feminino tem feito com que as mulheres priorizem, na maioria das vezes, a vida profissional do que uma gravidez no início da vida adulta. “Esses laboratórios têm investido muito no atendimento do ciclo completo da vida da mulher, não apenas no momento da gestação. Esse movimento resultou também em uma regularidade maior por parte desse público no comparecimento aos exames”, disse o consultor.

Além disso, ele explica que é “fundamental” realizar um estudo sobre a demografia do local antes das redes iniciarem o movimento de expansão de unidades. Nesse sentido, Vettori também ressalta que acredita no potencial de outras regiões do País para a chegada desse formato de laboratório. “Talvez até por uma questão cultural e social, as famílias têm a tendência de terem mais filhos em locais fora dos grandes centros urbanos. Podemos verificar também uma gravidez menos tardia”, afirmou ele.

Outro exemplo de rede laboratorial que aposta no atendimento do público feminino é o Grupo Fleury – que criou centros diagnósticos especializados. “Em 2018, cerca de 64% dos exames foram realizados por mulheres. Passamos a oferecer serviços não apenas para clientes em período de gestação, mas também no âmbito geral da saúde desse público. Um dos exemplos disso foi o oferecimento de exames específicos, para além daqueles convencionais e de rotina. Uma das preocupações que têm surgido com frequência, por exemplo, diz respeito à saúde do coração da mulher”, argumentou a diretora executiva de negócios do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui.

Para a executiva, outro aspecto interessante que a figura da mulher desempenha dentro da família atualmente. “A mulher acaba sendo um vetor de discussão de temas como saúde dentro do lar. Dessa forma, isso acaba influenciando também os centros de pediatria, por exemplo”, complementou Jeane. No ano passado, o grupo empresarial atingiu receita de R$ 2,9 bilhões e realizou um total de 75 milhões de exames médicos. Além disso, o negócio conta com 187 unidades em funcionamento espalhadas pelo território brasileiro.

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Fonte: DCI

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