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Aumenta o número de pacientes com Doença de Chagas em Pernambuco

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Dos 77 participantes do evento onde possivelmente ocorreu a contaminação que gerou o surto de Doença de Chagas Aguda no Sertão de Pernambuco, 62 já fizeram coleta de sangue para análise. Até o momento, 22 resultados positivaram para Chagas. Do total de pessoas que estiveram no evento, 27 estão sendo tratados para doença de Chagas, cinco deles porque apresentaram critérios clínicos-epidemiológicos para a doença, isto é, não tiveram confirmação por exames, mas por sintomatologia.

O material tem sido analisado pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), no Recife, e pelo Laboratório da 6ª Gerência Regional de Saúde (Geres), com  sede em Arcoverde. As 27 pessoas estão sendo tratadas com o medicamento Benzonidazol. Dos nove que foram internados no Hospital Oswaldo Cruz (Huoc), três receberam alta altas e os outros seis permanecem internados. O quadro deles é estável.

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Por enquanto, a Secretaria Estadual de Saúde vem realizando busca ativa dos participantes do evento e organizado o fluxo de atendimento dessa população. Todos os envolvidos no episódio estão inseridos na investigação. Eles serão acompanhados por tempo indeterminado, já que a Doença de Chagas pode se manifestar na fase crônica, por meio de complicações cardiológicas e digestivas.

Foi realizada visita ao local do ocorrido, uma escola na cidade de Ibimirim, e às casas do entorno, num raio de 150 metros. Contudo, não foi encontrado nem o barbeiro (vetor da doença) nem vestígio do inseto. Também estão sendo visitados os locais que forneceram alimentação para o evento. Em nota, a SES reiterou que o trabalho de investigação tem o objetivo de descobrir a provável forma de transmissão da doença, que ainda está sendo investigada. A principal suspeita é que a contaminação tenha sido por via oral, por meio da ingestão de algum alimento contaminado com as fezes do barbeiro.

Confira, abaixo, a lista com os municípios que identificaram barbeiro positivo em 2018. Salientando que, sobre pessoas infectadas, não havia registro de Chagas aguda nos últimos

anos em Pernambuco.

*Municípios com triatomíneos infectados

(2018)*

Afogados da Ingazeira, Afrânio, Águas Belas, Belém de São Francisco, Bodocó, Brejinho, Cabrobó

Calumbi, Canhotinho, Capoeiras, Carnaíba, Carnaubeira da Penha, Caruaru, Cupira, Flores, Floresta, Garanhuns, Ibimirim, Iguaraci, Ingazeira, Itacuruba, Itapetim, Jucati, Mirandiba, Orocó

Pedra, Petrolândia, Petrolina, Salgueiro, Santa Cruz, Santa Maria da Boa Vista, São Bento do Una

São José do Egito, Serra Talhada, Serrita, Terezinha, Terra Nova, Tuparetama, Venturosa e Verdejante

Entenda o caso

Um surto de doença de Chagas está sendo investigado no município de Ibirimim, no Sertão de Pernambuco, desde o fim de maio. A primeira notificação chegou ao estado no dia 20 de maio e, desde então, foi iniciada uma investigação para identificar as causas dos sintomas apresentados por participantes de um encontro religioso que ocorreu durante a Semana Santa. Houve suspeita de leptospirose e até foram realizados testes rápidos de malária, que deram positivo em alguns pacientes. Porém, depois de estudos no sangue, foi identificada em alguns pacientes a presença do protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. Entre as pessoas que estão sendo acompanhadas, há uma grávida e oito crianças.

Esse está sendo considerado o possível maior surto de Chagas aguda do Brasil e o maior já registrado em Pernambuco. Entre 2010 e 2011, o estado chegou a registrar 14 ocorrências, em cinco cidades: Ibimirim, Pombos, Riacho das Almas, Salgueiro e Vertentes. Em Pernambuco, 22 municípios são considerados prioritários no monitoramento da doença e um total de 40 cidades têm registro do triatomíneo (barbeiro) infectados, de acordo com o programa de enfrentamento às doenças negligenciadas, o Sanar.

A Doença de Chagas

A enfermidade é causada pelo protozoário Tripanossoma cruzi, cujo vetor é o triatomíneo (conhecido como barbeiro). Outra forma de transmissão é por meio de alimentos contaminados pelo Tripanossoma cruzi. Entre os sintomas, estão: febre contínua, intermitente e prolongada por cerca de 7 dias; edema de face ou de membros, exantema (manchas vermelhas na pele), adenomegalia (inchaço de gânglios), hepatomegalia (inflamação do fígado), esplenomegalia (inflamação no baço), cardiopatia aguda, manifestações hemorrágicas, icterícia, náusea, astenia (perda ou diminuição de força física), mialgia (dor nas articulações) sinal de Romanã (edema inflamatório nas pálpebras) ou chagoma de inoculação (edema inflamatório na pele); dor epigástrica (abdominal).

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Fonte: Portal R7

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