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Bahia receberá 300 mil doses da vacina russa Sputnik V em julho

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A Bahia receberá no mês de julho as 300 mil doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V com importação autorizada pela Anvisa. Já as cidades baianas que vão receber as doses serão definidas nesta semana, de acordo com o governador da Bahia, Rui Costa. Ele fez os anúncios nas redes sociais.

“A previsão é que as doses da vacina #SputnikV cheguem ao Brasil no início de julho. Hoje pela manhã tivemos uma reunião com o Fundo Russo, para detalhar os 28 pontos exigidos pela Anvisa. Essa semana vamos definir os municípios onde vamos aplicar as vacinas”, escreveu.

A previsão é que as doses da vacina #SputnikV cheguem ao Brasil no início de julho. Hoje pela manhã tivemos uma reunião com o Fundo Russo, para detalhar os 28 pontos exigidos pela Anvisa. Essa semana vamos definir os municípios onde vamos aplicar as vacinas.

– Rui Costa (@costa_rui) June 15, 2021

Em seguida, no Papo Correria, transmissão online semanal do governador, Rui detalhou o planejamento de uso das doses e falou sobre o encontro entre governadores e o Fundo Russo. Segundo ele, quatro ou cinco cidades do estado vão receber o imunizante russo.

‘Aplicando as duas doses, teremos 150 mil pessoas imunizadas. Ainda nesta semana, nós vamos definir quatro ou cinco cidades onde vamos aplicar essas vacinas em toda a população adulta acima de 18 anos e que ainda não foi vacinada. Resolvemos concentrar essa vacina em alguns municípios para gerar um efeito demonstração. Após a vacinação, nós vamos fazer a coleta dos dados e apresentar para o Brasil e para o mundo inteiro os resultados, mostrando a eficácia dessa vacina que já vem sendo aplicada com sucesso em vários países’, disse Rui.

Em março, o consórcio de governadores do Nordeste formalizou a compra de 37 milhões de doses da Sputnik V. Desse total, a Bahia teria direito a 9,7 milhões de doses.

Autorização excepcional e temporária

O uso da Sputnik V foi aprovado no começo de junho – assim como o da Covaxin – com condicionantes. Entre as limitações impostas está o uso exclusivo em adultos, de 18 a 60 anos, sem comorbidade e ainda não vacinados, determinou monitoramento dos resultados e restringiu o público-alvo a no máximo 1% da população, neste momento, de cada um dos seis estados do Nordeste que fizeram o pedido à Anvisa: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí.

Por conta dessa decisão da Anvisa, a importação de doses da Bahia ficou restrita inicialmente a 300 mil doses.

Logo após a autorização da importação, o Governo do Estado, através do secretário de Saúde Fábio Vilas Boas informou que os municípios baianos que vão receber a Sputnik V devem ser de médio porte, conforme cenário epidemiológico local, para melhor monitoramento.

Vacina é feita com dois adenovírus diferentes

A Sputnik V, fabricada pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa (Rússia), foi o primeiro imunizante registrado contra a covid-19 no mundo. A vacina foi lançada pela Rússia em agosto de 2020, quando ainda havia testes em andamento. A eficácia comprovada até agora é de cerca de 91%, podendo chegar até 97%, segundo o site oficial do imunizante. Até o momento, não há registro de reações adversas graves com ligação comprovada com a aplicação da Sputnik V.

A vacina deve ser aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas, podendo ser ampliado para três meses. É preciso ter atenção redobrada na aplicação, já que o conteúdo da primeira dose é diferente do da segunda. Isso porque o imunizante utiliza a tecnologia de vetor viral não replicante, com dois adenovírus diferentes, nomeados de D-26 D-5.

Como explica o site da vacina, “vetores” são portadores que podem entregar material genético de um outro vírus para uma célula. Nesse caso, o material genético do adenovírus que causa a infecção é removido e o material com um código de proteína de outro vírus (o coronavírus) é inserido. Este novo elemento é seguro para o corpo, mas ajuda o sistema imunológico a responder e produzir anticorpos que protegem contra infecções.

Na primeira dose, o D-26 leva a proteína S para dentro das células humanas, o que causará uma resposta imune do organismo, que começa a criar defesa contra a proteína e, consequentemente, anticorpos contra o coronavírus.

Na segunda dose, entra em cena o D-5, outro adenovírus que fará o mesmo papel, mas ao mesmo tempo tende a ser o diferencial mais assertivo do imunizante. Isso porque, segundo cientistas, por ter duas ‘fórmulas’ diferentes, essa vacina pode ajudar a produzir mais anticorpos contra o coronavírus e ser a responsável pela alta eficácia.

Fonte: Correio 24 Horas Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/consorcio-decide-esperar-decisao-da-anvisa-para-comprar-a-sputnik-v/

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