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Bharat Biotech diz que Brasil teve melhores condições de compra da Covaxin

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A Bharat Biotech disse nesta 4ª feira (30.jun.2021) que a venda da vacina Covaxin ao Brasil teve melhores condições do que para outros países. A declaração foi feita por meio de um comunicado. Eis a íntegra, em inglês (185 KB)

Veja também: Bharat Biotech admite prática de cobrar pagamento antecipado para Covaxin

De acordo com a Bharat, o preço das doses oferecidas ao Brasil estava menor quando comparado a faixa praticada em todo o mundo, entre US$ 15 e US$ 20. A fabricante já havia afirmado que o Brasil pagaria o mesmo que outros países pela Covaxin. Além disso, segundo o comunicado, o governo brasileiro não pagou os valores de forma antecipada ‘como ocorreu com outros mercados’.

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A empresa falou que o imunizante precisa de transporte e armazenamento de longo prazo, entre 2ºC e 8ºC, sem a necessidade, portanto, de condições de armazenamento congelado. Segundo a nota, essas características reduzem os custos locais de infraestrutura, distribuição e logística.

De acordo com o comunicado, desde as primeiras reuniões com o Brasil, que ocorreram de novembro de 2020 até 29 de junho de 2021, houve uma abordagem para contratos e aprovações regulatórias semelhante ao que foi feito com outros contratantes.

No comunicado, a multinacional indiana também diz que a parceria com a Precisa Medicamentos segue o mesmo modelo adotado em todos os países onde suas vacinas são fornecidas e nos quais não possui escritórios próprios.

Em relação ao pagamento dos imunizantes, a farmacêutica acrescenta que a Madison Biotech é integrante da Bharat Biotech e foi criada com o propósito de Pesquisa & Desenvolvimento externo, vendas e marketing de vacinas globalmente.

O CASO

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, apresentaram aos senadores da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado suspeitas de irregularidades no contrato da Covaxin. Afirmaram que houve pressões internas no Ministério da Saúde para que a vacina fosse aprovada.

Miranda afirma ter alertado Bolsonaro em janeiro sobre as suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana. Em 20 de março, o deputado e seu irmão reuniram-se com o presidente. Luis Miranda disse que Bolsonaro suspeitou de Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do Governo na Câmara, e teria dito que pediria um inquérito na Polícia Federal sobre o contrato. Não há informações sobre um inquérito do tipo em andamento.

O contrato prevê entrega das doses no valor de R$ 1,6 bilhão. Documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo indica que o governo federal foi informado em agosto de 2020 que a Bharat Biotech estimava o preço de 100 rúpias por dose da vacina (cerca de US$ 1,34). O valor acordado de US$ 15 é 1.019% superior.

O MPF (Ministério Público Federal) pede investigação na esfera criminal contra o Ministério da Saúde por identificar indícios de crime de improbidade administrativa no contrato do órgão com a Precisa Medicamentos.

Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu nesta 4ª feira (30.jun.2021) o prazo para concluir a análise do pedido emergencial da vacina indiana contra a covid-19 Covaxin por falta de documentos obrigatórios.

Segundo o órgão, sem essas informações -que são consideradas essenciais-, não é possível atestar a segurança nem a eficácia do imunizante.

Fonte: Poder 360

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