O embaixador americano no Brasil, Todd Chapman, afirmou que as milhões de vacinas que sobrarem nos Estados Unidos na campanha de imunização contra o coronavírus podem ser vendidas ao governo brasileiro diretamente pelas farmacêuticas. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, ontem, o embaixador lembrou que os Estados Unidos já vacinaram mais da metade da população local com a primeira dose.
– Tem um grupo do meu governo que está trabalhando para decidir exatamente como vamos distribuir essas doses. Tem várias opções. Pode ser alguma venda direta das empresas americanas ao Brasil – disse Chapman.
Outra possibilidade, segundo Chapman, é de que as doses que sobrarem sejam destinadas ao consórcio Covax, aliança global para aquisição de vacinas e que tem 191 países sob liderança da Organização Mundial da Saúde.
Horas depois da entrevista, os Estados Unidos divulgaram que vão doar todo o estoque de vacinas de Oxford/AstraZeneca assim que o imunizante for aprovado nas análises de segurança federais, afirmou a Casa Branca. Segundo o governo, são estimadas 60 milhões de doses para exportação nos próximos meses.
Não estão definidos os locais que receberão as ampolas. A vacina de Oxford é amplamente utilizada em todo o mundo, mas ainda não foi autorizada pela agência reguladora norte-americana (FDA, na sigla em inglês).
– Dado o forte portfólio de vacinas que os Estados Unidos já possuem e que foram autorizadas pela FDA, e dado que a vacina AstraZeneca não está autorizada para uso nos Estados Unidos, não precisamos usar ela aqui – disse o coordenador do combate contra a covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients.
Fonte: Jornal Zero Hora – RS
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