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Brasileiras entram na Justiça contra a Bayer

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Os graves efeitos colaterais em mulheres brasileiras após o uso do Essure, dispositivo de esterilização da Bayer, devem chega até os tribunais na Europa. As informações são do Valor Econômico.

De acordo com as denúncias, as usuárias do medicamento passaram a conviver com sangramentos genitais constantes, dores abdominais intensas, perda de cabelo e depressão, entre outros sintomas. É um quadro semelhante ao que foi relatado na Europa e nos Estados Unidos.

O escritório que prepara a ação é o PGMBM, que tem como uma das sócias a brasileira Gabriella Bianchini. Segundo ela, o escritório protocolou uma ação na Holanda e fará o mesmo na Inglaterra nos próximos dias. Cerca de 300 clientes do Brasil integram esse processo.

Em agosto, a farmacêutica alemã concordou em assinar um acordo de US$ 1,6 bilhão com vítimas do medicamento nos Estados Unidos. Cerca de 39 mil ações corriam no país à época.

Posicionamento da Bayer

Em resposta a essa situação, a Bayer emitiu a seguinte nota oficial:

Essure® é um dispositivo médico que foi aprovado pela ANVISA em 2009, e sua aplicação se dava por meio de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, inserido nas tubas uterinas, causando uma obstrução irreversível por meio do processo cicatricial, sem liberação de hormônios. É diferente dos dispositivos intrauterinos (DIUs), que além de serem inseridos ambulatorialmente no útero, liberam hormônios localmente e são reversíveis. A segurança do Essure® é comprovada por um corpo robusto de dados de estudos científicos, que inclui os resultados de 10 ensaios clínicos e mais de 60 estudos observacionais, conduzidos pela Bayer e pesquisadores independentes nos últimos 20 anos, envolvendo mais de 270.000 mulheres. Todos os produtos e procedimentos para controle de natalidade têm riscos, e a totalidade de evidências científicas demonstram que o perfil de segurança de Essure® é consistente com os riscos identificados no momento de sua aprovação e é comparável a outras opções de controle de natalidade permanente.

A Bayer reforça que a ANVISA jamais proibiu a comercialização do dispositivo Essure® no país por questões de segurança ou eficácia. Uma breve suspensão temporária ocorreu por uma questão administrativa causada pelo atraso na apresentação de documentos por parte da COMMED (Comercial Commed Produtos Hospitalares Ltda), detentora do registro do produto no Brasil e responsável pela distribuição exclusiva na época. Após essa questão ter sido resolvida, a comercialização de Essure® no Brasil foi liberada pela ANVISA. Em 2017 e 2018, a Bayer decidiu interromper a venda e distribuição do dispositivo por motivos comerciais e estratégicos de negócios, sem relação com a segurança e eficácia do anticoncepcional.

As mulheres que possuem o Essure® podem continuar confiando no dispositivo para sua saúde reprodutiva, e em caso de dúvidas ou preocupações, elas devem discuti-las com seu médico. A Bayer vê com preocupação o incentivo contínuo para a remoção de Essure®, incluindo informações imprecisas ou enganosas disseminadas por terceiros, que podem levar as mulheres a buscarem uma cirurgia de remoção invasiva e injustificada, o que pode causar novos problemas de saúde.

Com relação à ação coletiva mencionada, a Bayer Brasil não foi notificada e desconhece seu teor, e, portanto, não consegue se manifestar a respeito do caso específico. A companhia permanece comprometida com suas obrigações médicas e regulatórias, coletando informações de segurança, qualidade e desempenho, e cumprindo a legislação aplicável.

A Bayer apoia a segurança e a saúde das mulheres no Brasil e em todo o mundo, como líder da indústria no desenvolvimento e fornecimento de uma variedade de opções de anticoncepcionais, permitindo que as mulheres escolham o método de planejamento familiar que melhor funciona para elas. Há 60 anos a Bayer foi pioneira no desenvolvimento da pílula anticoncepcional, e desde então é uma parceira das mulheres no que diz respeito ao planejamento familiar e empoderamento feminino. Por mais de 50 anos, a empresa tem apoiado programas de planejamento familiar em mais de 130 países, com foco na cooperação com organizações de ajuda humanitária privadas e públicas, como o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Mais de 200 milhões de mulheres em países de baixa e média renda ainda não têm acesso aos contraceptivos modernos, e estamos comprometidos em fornecê-los para pelo menos 100 milhões de mulheres entre 2020 e 2030. Apoiar o seu planejamento familiar significa também capacitar as mulheres para exercerem os seus direitos e realizarem o seu potencial, o que é extremamente importante para o desenvolvimento socioeconômico.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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