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Capital oferece tratamentos complementares para esclerose múltipla na rede pública

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A atriz e humorista Claudia Rodrigues, luta contra a esclerose múltipla desde 2000 (Imagem: Ricardo Matsukawa)

A esclerose múltipla (EM) é uma doença do sistema imunológico, não infectocontagiosa e crônica, que afeta a mielina (substância responsável pela proteção dos impulsos nervosos dos neurônios) afetando cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal. A desmielinização é um processo inflamatório que causa escleroses (cicatrizes), comprometendo a função de proteção do tecido e gerando incapacitações neurológicas gradativas.

No Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento para EM preconizado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para atendimento inicial. Na sequência, os pacientes são encaminhados para um dos quatro centros de referência especializados em esclerose múltipla na capital, os hospitais da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo e Santa Marcelina.

Focado na reabilitação dos pacientes, o munícipio dispõe também dos 32 Centros Especializados em Reabilitação (CER), sendo que 30 deles contemplam a modalidade reabilitação física. A equipe de amparo é formada por neurologistas, fisiatras, ortopedistas, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais.

Os medicamentos utilizados no tratamento agem para diminuir as inflamações e os surtos ao longo dos anos, combatendo o acúmulo de incapacidades físicas e cognitivas, proporcionando melhora na qualidade de vida do paciente. O tratamento medicamentoso é realizado com corticoide e o preventivo com imunomoduladores, imunossupressores e anticorpos monoclonais (dependendo do estágio da doença). Após prescrição médica, os remédios podem ser adquiridos por meio das farmácias de alto custo, administradas pelo Estado.

Saiba mais sobre a EM

A causa da esclerose múltipla ainda é desconhecida, embora existam estudos ligados a fatores genéticos associados ao estilo de vida e questões ambientais que podem contribuir para a sua manifestação.

Considerada uma doença rara, é diagnosticada por meio de acompanhamento com neurologista e exames clínicos e laboratoriais. Os principais sintomas incluem fadiga intensa desproporcional à atividade realizada, alterações auditivas, na fala e deglutição, visão dupla ou embaçada em um dos olhos, sensação de formigamento, perda de equilíbrio, transtornos cognitivos como perda leve de memória e comprometimento do desempenho sexual.

Os pacientes podem se recuperar clinicamente total ou parcialmente dos ataques individuais de desmielinização, causando o curso clássico da doença, ou seja, os surtos (períodos em que a enfermidade se manifesta intercalados com fases sem manifestação) e remissões.

Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) aproximadamente 35 mil brasileiros têm EM, em sua maioria mulheres, brancas, com idades entre 20 e 50 anos. Uma enfermidade sem cura, suscetível de prevenção e com tratamento que permite a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Fonte: Jennifer Cláudia Drumond

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