Levantamento do portal Fierce Pharma elencou os cinco CEOs mais influentes da indústria farmacêutica, segundo indicações de leitores e além de profissionais atuantes no mercado.
O ranking traçou o perfil dos executivos que moldam a indústria biofarmacêutica na atualidade e explica o motivo pelo qual eles são players importantes em seus respectivos campos.
Confira o ranking dos CEOs mais influentes
1 – Albert Bourla
Pfizer
Com o desenvolvimento da Comirnaty, a vacina contra a Covid-19, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, tornou-se uma das estrelas da indústria farmacêutica. O executivo chegou ao topo da companhia em 2019, um ano antes da pandemia.
A farmacêutica rapidamente uniu-se à startup alemã BioNTech em abril de 2020, e os dois passaram a fazer “a vacina da Pfizer”, como é comumente conhecida. As vendas da Comirnaty movimentaram US$ 36 bilhões no ano passado. Em 2022, juntamente com seu antiviral Paxlovid, a Pfizer deverá arrecadar cerca de US$ 54 bilhões apenas com esses dois produtos.
2 – Christi Shaw
Kite Pharma (empresa da Gilead Sciences)
A Kite Pharma, que pertence à Gilead Sciences, é líder mundial no campo emergente da terapia celular. As vendas da empresa em 2021, de US$ 871 milhões, foram as mais altas do setor e espera-se que o mercado global de terapia CAR-T atinja US$ 21,8 bilhões em 2030, de acordo com uma análise da Frost & Sullivan.
A influência da CEO Christi Shaw estende-se além do mundo da terapia celular como uma das poucas profissionais biofarmacêuticas do sexo feminino. Em 2016, ela decidiu deixar o comando da Novartis nos EUA para cuidar de sua irmã mais velha com câncer no sangue. Shaw não sabia se voltaria à indústria até que a Eli Lilly a recrutou como chefe de biomedicina, em 2017. Dois anos depois, a Gilead a nomeou CEO da Kite.
3 – Emma Walmsley
GlaxoSmithKline (GSK)
Administrar uma empresa multibilionária de ciências da vida é um papel bastante difícil. E com investidor ativista pressionando publicamente por mudanças em meio a uma pandemia e realizando uma das maiores cisões da história da Europa, o desafio aumenta na mesma proporção.
Este é o ambiente em que a executiva-chefe da GlaxoSmithKline (GSK), Emma Walmsley se encontra. Sua decisão mais notável foi dividir os negócios de consumo da empresa e transformá-lo na joint venture Haleon, o que ocorreu após a executiva rejeitar uma oferta de US$ 50 bilhões pela cisão da Unilever.
4 – Michel Vounatsos, Biogen
Em 2021, a Biogen tornou-se a primeira farmacêutica em duas décadas a lançar um medicamento para a doença de Alzheimer, com a aprovação do Aduhelm. Entretanto, o laboratório sofreu uma série de reveses em relação à cobertura e fontes pagadoras. A empresa estimou que 50 mil pacientes poderiam iniciar o tratamento em 2022, mas já reduziu essas projeções.
Mas a influência do CEO Michel Vounatsos não deixa de ser curiosa. O Aduhelm provou que o lançamento de um medicamento pode prejudicar mais uma empresa do que ajudá-la. Com esse precedente, farmacêuticas de qualquer porte podem pensar duas vezes antes de buscar uma aprovação da FDA para terapias ainda não comprovadas. Em vez disso, as empresas podem querer se autorregular e ser mais deliberadas sobre seus planos comerciais e de desenvolvimento.
5 – Robert Davis, MSD
A MSD registrou uma das maiores aquisições de 2021, quando injetou US$ 11,5 bilhões na compra da Acceleron. A transação também provou ser um teste inicial das proezas do novo CEO da companhia, Robert Davis.
A aquisição prepara o cenário para uma ressurreição da farmacêutica na área cardiovascular, antes da extinção da patente do medicamento oncológico Keytruda.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico