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Cientistas desenvolvem nova vacina promissora para HIV

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Uma potencial candidata a vacina para o HIV estimulou uma poderosa resposta de anticorpos em animais, de acordo com um artigo publicado no periódico Science Advances, na sexta-feira (23).

Até agora, cientistas tiveram problemas em produzir uma imunização eficaz ao vírus por conta de uma proteína que protege o HIV e que muda de forma para entrar no corpo do hospedeiro. Mas dessa vez os pesquisadores conseguiram estabilizar essas moléculas complexas na forma desejada e fazer com que os anticorpos anti-HIV respondam com eficácia. Os testes foram feitos em camundongos e coelhos e agora as vacinas candidatas baseadas nessa estratégia estão sendo testadas em macacos.

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Env, como é chamada essa proteína “protetora”, desempenha um papel crucial na infecção pelo HIV. Sua principal função é se projetar a partir da membrana viral, “agarrar” as células do hospedeiro e penetrá-las, para iniciar a contaminação. Uma vez que Env desempenha este papel crucial na infecção e é a estrutura viral com maior exposição ao sistema imunológico de um hospedeiro infectado, ele tem sido o alvo principal dos esforços de vacinação contra o HIV.

A ideia tem sido inocular pessoas com a Env ou subunidades dela para estimular a produção de anticorpos ligantes a essa proteína, na esperança de que eles impeçam o HIV de infectar células hospedeiras em futuras exposições ao vírus.

Na pesquisa atual, os cientistas conseguiram modificar a Env, deixando-a na forma da pré-infecção, ou seja, na forma “fechada”, sem que ela se modifique. Eles então ligaram as Env estabilizadas a nanopartículas que imitam a estrutura de um vírus inteiro. Desta forma, a molécula da vacina, embora artificial e sem o material genético para a replicação viral, é vista pelo sistema imunológico como algo muito parecido a um verdadeiro vírus invasor, estimulando uma reação mais forte.

Em testes em camundongos, vacinas que induziram anticorpos neutralizaram com sucesso a circulação natural do HIV em apenas oito semanas.

Também foram obtidos resultados relevantes em coelhos, demonstrando que a abordagem baseada em nanopartículas é claramente superior ao uso de proteínas Env isoladas. O novo método provoca uma resposta significativamente mais forte e faz isso muito mais rapidamente.

Mais testes estão sendo feitos em 24 macacos no Texas, nos Estados Unidos.

“Achamos que esta nova abordagem representa um verdadeiro avanço após 30 anos de pesquisa de vacinas contra o HIV“, diz Ji Li, CEO da Ufovax, que está patrocinando os testes em andamento.

Fonte: UOL

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