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Com inflação, diferença entre preços de produtos chega a 196%, mostra pesquisa

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Com a inflação disparando – o IPCA acumula alta de 10,25% nos últimos 12 meses encerrados em setembro , aumenta também a dispersão de preços entre mesmos produtos. Levantamento nacional feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) com 13 itens encontrou diferenças de valores de até 196% do mesmo produto, de marcas diferentes.

Mesmo entre itens da mesma marca, a diferença de preço encontrada pela Abras chegou a 43% em diferentes pontos de venda. Na prática, o consumidor precisa retomar velhos hábitos dos tempos de inflação elevada no país, como a pesquisa de preços.

– Inflação mais alta leva à maior dispersão de preços, vários estudos mostram isso. Com inflação a 10%, é natural vermos essa dispersão aumentar – observa o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

O economista Sergio Vale lembra que, atualmente, cerca de 25% dos itens pesquisados no IPCA, excluindo alimentação, já estão subindo acima de 10% em 12 meses. E muito provavelmente esse processo de dispersão vai continuar.

Maior diferença no espaguete

A pesquisa da Abras sobre diferenças de preços começou a ser feita ha três meses. O levantamento realizado em agosto mostrou que um pacote de macarrão do tipo espaguete de meio quilo, apresentou diferenças de preços de 196%.

Foram pesquisadas 18 marcas diferentes, com preços variando de R$ 1,89 a R$ 5,59. Mesmo na comparação de preços entre a marca líder, houve variação de 43% em levantamento feito em 13 lojas no pacote de meio quilo – com preço inicial de de R$ 2,59 até R$ 3,69.

Em itens básicos da cesta de compras dos brasileiros, a diferença de preços chegou a 3%. No caso do arroz, por exemplo, entre 32 marcas pesquisadas de um pacote com 5 kg do produto, a Abras encontrou o item por R$ 15,49, o menor preço, e por R$ 29,90, o valor mais elevado.

A diferença é de 93%. Na marca líder de vendas, a diferença encontrada de preços chegou a 35% ( de R$ 17,59 até 23,79%).

Recomendação é pesquisar

No pacote de feijão de 1 kg, entre 22 marcas pesquisadas, a diferença de valores ao consumidor chegou a 60%. O menor preço encontrado foi de R$ 5,49 e o maior de R$ 8,79%. Na marca líder de feijão, a diferença de preço chegou a 25% (de R$ 6,39 a R$ 7,99).

No caso do café, que foi afetado pelas condições climáticas e já subiu 25,6% este ano, a diferença de preços chegou a 119%. Foram pesquisadas 15 marcas e o menor preço encontrado no pacote de meio quilo ficou em R$ 7,49. O maior valor encontrado foi de R$ 16,38.

– Neste momento de alta de preços o importante é pesquisar. O consumidor vai encontrar o produto certo no momento certo – disse Marcio Milan, vice-presidente da Abras.

Efeito nas vendas

Vale observa que a pesquisa digital, feita pela internet, ajuda a reduzir essa dispersão na comparação com o passado, quando a difusão das informações era menor.

A alta dos preços também impacta o crescimento das vendas nos supermercados, atacarejos, hipermercados, minimercado, loja de vizinhança. Em agosto deste ano, as vendas 2,33% em relação a julho.

Na comparação com o mesmo mês de 2020, a queda foi de 1,7%. Já no acumulado do ano, entre janeiro e agosto, na comparação com o mesmo período de 2020, as vendas mostram crescimento de 3,15%, mesmo assim, o menor índice em 12 meses.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/guedes-culpa-comida-e-energia-por-inflacao-e-diz-que-ha-alta-no-mundo-todo/

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