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Com serviço por assinatura a partir de R$ 19,90, Filóo Saúde quer crescer na base da pirâmide da população

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Nascida em Florença, na Itália, há dois séculos, a enfermeira Florence Nightingale começou a fazer sua fama durante a Guerra da Crimeia. Em 1854, foi enviada ao front da batalha que colocou Inglaterra, França e Turquia contra os russos para ajudar na saúde das tropas britânicas.

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Doenças, desorganização, frio e fome estavam contribuindo para a derrocada do exército inglês. A enfermeira percebeu que a falta de higiene matava um grande número de soldados hospitalizados, e então desenvolveu um projeto de assistência aos feridos e de gestão da infra-estrutura hospitalar.

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Com medidas como lavagem das feridas dos soldados e das mãos dos profissionais de saúde, reduziu a taxa de mortalidade dos feridos de 43% para apenas 2%.

Aplicou também a análise de dados e gráficos para, segundo ela, mostrar aos outros como salvar vidas.

Quando voltou, recebeu um prêmio do governo inglês e, mais tarde, fundou a escola de enfermagem do Hospital St Thomas, em Londres. É, por isso, considerada uma das enfermeiras mais conhecidas da história.

A mulher que abdicou de sua vida abastada para ajudar a salvar a vida das pessoas é uma das inspirações de um egresso do mercado financeiro na criação de sua healthtech, a Filóo Saúde .

‘O nome vem também de ‘filos’, que significa amigo em grego e nos remete à filantropia’, explica Rubem Ariano, que deixou uma carreira consolidada de 18 anos para, em 2012, investir no setor de saúde com o intuito de ajudar as camadas mais necessitadas da população e promover impacto social.

A EVOLUÇÃO DE UMA PLATAFORMA DE AGENDAMENTO MÉDICO

Inicialmente, a Filóo Saúde tinha seu foco voltado principalmente ao profissional de saúde. Eles, por meio de uma assinatura, postavam seus horários na plataforma para receber pacientes para consultas particulares.

Durante os primeiros anos, a companhia passou por uma série de dificuldades, inclusive com risco de fechar.

‘Mas, com austeridade orçamentária, disciplina tática, humildade e flexibilidade para admitir que o modelo de negócio precisava ser alterado, e que o mercado ainda não estava pronto para os tipos de serviços que proporcionávamos, superamos as adversidades’, lembra o CEO.

Foi preciso, como se diz no universo da inovação, pivotar. A empresa resolveu mudar sua forma de atuar e passou ao modelo clássico de marketplace.

‘Mantivemos o paciente no centro [do negócio]. A porta de entrada da Filóo é um cartão de saúde que dá acesso a vários benefícios’, conta Rubem.

‘Entre eles, consultas acessíveis, agendamento online, prontuário digital com histórico do paciente, ferramenta de telemedicina, descontos em exames, em medicamentos, régua de comunicação de incentivo à saúde e seguros, entre outros’, enumera.

A empresa atua hoje no modelo de assinatura e também com produtos, ou serviços adicionais, que podem ser customizados e agregados aos planos tanto para os clientes B2B quanto para os B2C.

Os planos custam a partir de R$ 19,90 e oferecem orientação de saúde 24 horas, até 85% de descontos em medicamentos, até 20% de descontos em exames e vacinas, agendamento online de consultas e telemedicina, entre outros serviços.

É possível fazer uma analogia, guardadas as proporções, aos serviços de streamings a que estamos tão acostumados.

Nesse tipo de contrato, o cliente paga para acessar os serviços oferecidos pela companhia. Com a Filóo é bem parecido.

‘Sempre enfatizamos que não somos um plano de saúde e, sim, uma alternativa a ele. Mas que podemos, por meio de parcerias, também conectar os clientes da saúde suplementar a esse tipo de serviço, como os planos odontológicos, por exemplo’, afirma o CEO.

Ainda de acordo com o fundador, a Filóo faz parte do grupo de soluções que vem desobstruir os canais de conexão no sistema de saúde.

‘Com tecnologia, e atuando na base da pirâmide, portanto com os mais desassistidos, permitimos a conexão rápida e facilitada com os atores da saúde, a preços acessíveis e com informações concentradas em uma única plataforma’, diz Rubem. ‘Isso é algo que veio para ficar e vai crescer dentro e fora do país’, acredita.

ESTAMOS CONTRATANDO

Além do aporte inicial de Rubem, ainda em 2012, a Filóo passou por mais duas rodadas de investidores, uma em 2013 e outra em 2018.

Nos dois anos, os aportes foram feitos via investidores-anjo. Segundo o CEO, a empresa se encontra em um momento de ganho de escala.

Após o início da pandemia, a Filóo vem fazendo uma série de mudanças, com grandes investimentos em time, tecnologia e marketing.

No time, a startup anunciou recentemente contratações de peso, como a do novo COO, Pedro Guerra, que chega com mais de 10 anos de experiência em mercado financeiro, consultoria e tecnologia em empresas como 99, Accenture e BR Consulting.

Para comandar as iniciativas de tecnologia, chamou para o cargo de CTO Pedro Leme Fleury, com mais de 20 anos de mercado e que traz no currículo prêmios como o GM Corporation CIO Award e o Unilever Golden Award.

Agora em agosto, anunciou outro talento em seu time: Ana Beatriz Basso, com passagens por empresas como Ernst & Young, MetLife e Multiplus, é nova CMO e comanda a área de Marketing e Comunicação da healthtech.

A Filóo vai iniciar, neste segundo semestre, uma nova rodada para atrair investidores, desta vez principalmente institucionais, notadamente fundos de venture capital para acelerar seus planos e o ganho de escala.

Segundo Rubem Ariano, a chegada do vírus Sars-CoV-2 aqui no Brasil foi um momento bastante desafiador para a companhia. Mas, rapidamente, eles conseguiram se adaptar, com a ajuda da tecnologia – inclusive com o desenvolvimento de uma solução própria de telemedicina.

‘Através do nosso site e aplicativo, o usuário tem uma experiência fluida e com excelente resolução para a realização da consulta, mesmo com limitação de conexão de rede’, afirma.

‘Do lado do médico, na plataforma direcionada aos profissionais da saúde, ele consegue acessar de forma integrada o prontuário eletrônico, o que otimiza o atendimento e fluxo de trabalho.’

PARCERIAS COM GRANDES LABORATÓRIOS E 13 MIL FARMÁCIAS

Além de redes de laboratórios como Dasa, Fleury, Labi Exames e Sabin, atualmente a Filóo conta com mais de 13 mil farmácias espalhadas em todo país, nas principais redes, além da parceria com os hospitais Santa Catarina e Oswaldo Cruz, ambos em São Paulo.

A healthtech tem também uma parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein para, por meio da plataforma Einstein Conecta, oferecer orientação médica a distância da equipe do hospital por R$ 39,90.

‘Do lado dos clientes, duas das principais parcerias são o governo do estado do Mato Grosso do Sul e a AF Sebrae’, fala o CEO, mencionando a Associação dos Funcionários do Sebrae.

Este ano, a estimativa é fechar dezembro com 50 mil assinantes e, em 2022, com 300 mil. Para Rubem, os próximos passos da Filóo devem seguir a mesma linha de investimentos e crescimento. ‘Além de lançamento de produtos novos, ainda em fase de planejamento.’ Vem mais novidade por aí.

Fonte: Future Health

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