Parecer inicial da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde), se posicionou contra a implementação de 2 novos tratamentos contra a covid-19 no SUS: a medicação Regn-Cov-2 e o ECMO, máquina que funciona como um pulmão artificial para pacientes com casos graves da infecção.
A Comissão, que atua como órgão consultivo do Ministério da Saúde, avaliou que o SUS ainda não dispõe de unidades com infraestrutura para a instalação do ECMO. O tratamento funciona como um ‘pulmão temporário’, a partir da oxigenação do sangue que é desviado do corpo para dentro da máquina e depois levado novamente ao paciente. O método requer estrutura hospitalar adequada e equipes treinadas. Apesar de não ser utilizado especificamente para tratar casos de covid-19, a tecnologia vem sendo utilizada em casos graves da doença.
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No caso do Regn-Cov-2, a Conitec argumentou que ainda são poucos os estudos que apontam benefícios no tratamento com a medicação. O remédio, já aprovado pela Anvisa, é composto pela associação dos anticorpos casirivimabe e imdevimabe e desenvolvido pela farmacêutica Roche.
O tratamento é indicado a pacientes com covid com casos leves ou moderados, mas que apresentem alto risco de complicações. Entram nessa lista pacientes com idade avançada, imunodepressão, obesidade e doenças cardiovasculares.
As duas propostas seguem disponíveis para consulta pública por 10 dias. Passado esse período, a comissão se reúne para avaliar um parecer final sobre os tratamentos, que é encaminhado ao Ministério da Saúde.
Fonte: Poder 360