Varejo – Encarar mudanças tecnológicas e não perder fôlego diante da concorrência são desafios do comércio varejista no Rio Grande do Sul. Para discutir os rumos do mercado, a 50ª Convenção Estadual Lojista reuniu nomes do setor ontem, em Canoas, na Região Metropolitana.
O evento, batizado de “O futuro do varejo: o movimento lojista em movimento”, foi promovido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS).
– Pequenas empresas correspondem a 98% da federação. Esses negócios vêm sofrendo com o e-commerce (comércio digital), já que grandes redes de varejo apresentam ganhos de escala. Na convenção, mostramos que é possível ao lojista ser competitivo por meio de diferentes ferramentas. É necessário ter gestão qualificada e investir em colaboração – avaliou o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
Segundo a entidade, as vendas do varejo gaúcho devem crescer de 2,5% a 3% neste ano. A estimativa inicial era de alta de até 6%, que passou por revisão em razão de indefinições políticas e dificuldades que persistem na economia, apontou Koch:
– O segundo semestre costuma ser melhor para o varejo. Tem datas festivas como o Natal, o 13° salário e, neste ano, a liberação de saques do FGTS.
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Comunicação
CEO do Grupo RBS, Claudio Toigo Filho foi um dos palestrantes do evento. Em sua apresentação, sublinhou que a comunicação tem o poder de beneficiar os negócios e aproximar as marcas de seus públicos. Toigo destacou que as empresas precisam olhar para mudanças tecnológicas como novas oportunidades de crescimento.
– Temos desafios digitais, mas a evolução é mais do que isso. É entender como o comportamento do consumidor afeta as empresas – ressaltou. – No Grupo RBS, vivemos da conexão local e das necessidades do nosso público em relação à comunicação e ao entretenimento – acrescentou.
Uma das atrações da convenção deste ano foi o formato das palestras. Cada um dos convidados teve cerca de 30 minutos para expor suas ideias, em um espaço montado como uma espécie de arena. Isso permitiu que os palestrantes ficassem no centro da área, cercado pelas cadeiras do público. A convenção ocorreu no Centro de Eventos do ParkShopping Canoas.
Outro palestrante foi o publicitário Eduardo Cheffe. Em sua fala, detalhou processos de colaboração que podem ocorrer nas empresas para beneficiar os negócios. Na avaliação de Cheffe, o Estado e o país ainda engatinham nessa área.
– O movimento colaborativo deve fazer parte das pessoas que compõem as organizações. Isso potencializa a inteligência nas empresas, onde as conversas ainda fazem falta – pontuou o publicitário.
Fonte: Jornal Zero Hora
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