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Coronavírus: Brasil tem 77 mortes, mas o que acontece com os corpos?

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Coronavírus – O Brasil chegou ao primeiro mês da pandemia do novo coronavírus com um balanço de 2.915 casos confirmados e 77 mortes em decorrência da Covid-19, segundo informou o Ministério da Saúde, em coletiva na tarde desta quinta-feira (26).

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Mas quais são as recomendações e orientações sobre os procedimentos a serem feitos com os corpos dessas vítimas?

O Ministério da Saúde publicou, nesta quarta-feira (25) – quando já eram 59 os óbitos confirmados – o manual de manejo dos corpos no contexto da Covid-19, com as diretrizes, passos e precauções a serem tomadas.

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A pasta deixa claro no documento que é possível sim a contaminação através do contato com os corpos de vítimas da doença por exposição a sangue e fluidos corporais infectados, objetos ou outras superfícies ambientais contaminadas, sobretudo nos hospitais e unidades de saúde.

O ministério chega a recomendar que profissionais de saúde que integrem o grupo de risco para a Covid-19 não sejam expostos às atividades relacionadas ao manejo de corpos de casos confirmados ou sequer suspeitos.

Para evitar o contágio, é recomendado que os profissionais de saúde façam uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) como gorro; óculos de proteção ou protetor facial; avental impermeável de manga comprida; máscara cirúrgica; luvas e botas impermeáveis.

Uma vez o corpo limpo e com orifícios naturais (boca, nariz, ouvido e etc.) tampados para evitar a emissão de gases – também possivelmente contaminados -, é preciso requisitar um, e apenas um único, familiar a fazer o reconhecimento do corpo.

A pessoa deverá manter uma distância mínima de 2 metros do familiar vítima da Covid-19 e de maneira nenhuma poderá fazer contato desprotegido com o corpo. Caso seja preciso, a pasta orienta a fornecer EPIs para que a pessoa toque no ente. Dependendo da estrutura do local, recomenda-se que o reconhecimento seja feito por meio de fotografias, evitando contato ou exposição.

Após o reconhecido, o corpo recebe três camadas de proteção: um lençol, um saco impermeável próprio para evitar vazamento de líquidos e secreções, e um segundo saco externo, que deverá, ao final do processo, ser limpo e desinfetado. Nesse último saco, é afixada a informação relativa ao risco biológico: COVID-19, agente biológico classe de risco 3.

Na chegada ao necrotério, o funcionário deverá alocar o corpo em compartimento refrigerado e sinalizado como COVID-19 para, em seguida, lacrar o corpo em uma urna que será entregue aos familiares ou responsáveis. Após lacrada, a urna não deverá ser aberta.

O transporte do serviço funerário deverá, segundo o ministério, ser avisado que trata-se de um paciente vítima do novo coronavírus para que possa adotar as medidas de precaução. Não é necessário um veículo especial para transporte do corpo, nem o uso de EPIs pelos motoristas desde que os mesmos não tenham contato com o corpo.

ÓBITOS EM CASA OU LOCAIS PÚBLICOS

O ministério também elaborou recomendações em casos de mortes de pacientes – com casos confirmados ou suspeitos – em residências ou casas de acolhimento. O primeiro passo é avisar aos familiares para não manipularem o corpo e evitarem o contato direto.

Diante de um caso suspeito, a equipe de vigilância em saúde deverá fazer a coleta de amostras para o estabelecimento da causa do óbito. A retirada do corpo da residência deverá ser feita apenas por equipe de saúde, orientada a usar os mesmos EPIs que seriam utilizados em uma unidade de saúde.

De maneira nenhuma a vítima da Covid-19 deverá ser retirada ou transportada por familiares ou vizinhos. Após a remoção, será preciso desinfectar os ambientes e objetos da casa. Após o corpo ser transportado até o necrotério, o veículo deve ser sanitizado e desinfectado.

Para mortes em vias ou locais públicos, como ruas ou praças, a pasta recomenda que as autoridades locais orientem para que ninguém realize manipulação ou o contato com os corpos, e que sejam seguidas as mesmas observações de segurança e procedimentos dos óbitos em casas.

VELÓRIOS E FUNERAIS

Os velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos da Covid-19 não são recomendados devido à aglomeração de pessoas em ambientes fechados. Nesse caso, o risco de transmissão também está associado ao contato entre familiares e amigos. Essa recomendação deverá ser observada durante os períodos com indicação de isolamento social e quarentena, segundo o Ministério da Saúde.

Caso seja vontade da família realizar, a pasta recomenda manter a urna funerária fechada durante todo o velório e funeral, evitando qualquer contato como toque ou beijo com o corpo. O caixão deverá ser disposto em um local aberto e ventilado, e com água, sabão, papel toalha e álcool em gel a 70% para higienização das mãos durante todo o velório.

A presença de pessoas do grupo de risco para a Covid-19 no funeral é severamente contraindicado pelo ministério, assim como de pessoas que estejam apresentando sintomas da infecção pelo Sars-CoV-2.

É proibido a disposição de alimentos no velório. No caso de bebidas, deve-se atentar para o não compartilhamento de copos. Recomenda-se que o enterro ocorra com no máximo 10 pessoas, não pelo risco biológico do corpo, mas sim pela contraindicação de aglomerações, lembrando ainda de respeitar a distância de 2 metros entre os presentes.

Os corpos das vítimas poderão tanto serem enterrados quanto cremados.

A Prefeitura de São Paulo tem orientado os familiares das vítimas da Covid-19 a não realizar velório. Caso queiram realizá-lo, são informados de que o acesso às salas está restrito a até 10 pessoas, com 1 hora de duração e em urna fechada. Para casos suspeitos ou confirmados, há salas de velório específicas em cada necrópole e os velórios noturnos foram suspensos.

Em 4 dias, as mortes por coronavírus no estado de São Paulo crescem 164%, saltando de 22 para 58, das quais somente uma vítima era do interior. As outras 57 são de municípios da Grande São Paulo.

QUEM SÃO OS MORTOS POR COVID-19 NO BRASIL?

Dados divulgados pela pasta do ministro Luiz Henrique Mandetta indicam que, até agora, os óbitos concentram-se na população com idades entre 70 e 99 anos, mas com ocorrências fatais em vítimas na casa dos 30 aos 59. Do total, 68% das vítimas fatais eram homens, enquanto a porcentagem de vítimas mulheres é de 32%.

As comorbidades mais presentes entre os mortos pelo novo coronavírus no Brasil são cardiopatia, diabetes, pneumopatia e alguma forma de imunodepressão, seguido de doença renal crônica.

Fonte: Yahoo Brasil

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