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Coronavírus: estudos preveem queda de até 6% do PIB brasileiro em 2020

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O Brasil pode ter uma queda de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, devido aos impactos do coronavírus na economia, de acordo com uma projeção divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Santander. Outro estudo, da The Economist Intelligence Unit, que comparou as estimativas de crescimento de vários países de antes e depois da pandemia, prevê que o PIB brasileiro pode cair 5,5% no ano. Inicialmente, a expectativa era de que a economia do país crescesse 2,4% em 2020.

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De acordo com o estudo da The Economist Intelligence Unit, o Brasil seria um dos países mais afetados economicamente pela Covid-19. O mais prejudicado seria a Itália, que tem o maior número de mortes pela doença no mundo, onde é estimada uma queda de 7% no PIB. Antes da pandemia, a previsão era que o país crescesse 0,4% neste ano.

Alemanha e Argentina também podem ter retrações superiores a 6% na economia neste ano. Nos Estados Unidos, a queda prevista é de 2,8% do PIB, e, na China, onde a expectativa era de crescimento de 5,9% neste ano, a previsão passou a ser de alta de 1%.

Já a projeção do Santander é de queda de 2,2% no PIB braileiro em 2020, ante um crescimento de 1% calculado há três semanas. O banco traçou diferentes cenários de comportamentos da economia. O mais otimista e menos provável deles aponta para uma recessão de 0,4% da economia, enquanto o mais negativo, que considera mais tempo de isolameto, prevê recuo de 6% da economia.

Na avaliação do coordenador de alocação da XP Investimentos, Felipe Dexheimer, é um momento muito difícil para qualquer previsão, contudo, ele aposta em uma queda menor do PIB. “Fizemos nossa última revisão no dia 27 de março e aumentamos a queda de 1,8% para 1,9%”, afirma. “Ao mesmo tempo, aumentamos a expectativa de crescimento para 2021 de 2,5% para 2,6%, pois, ao contrário da crise de 2008, quando muitos bancos quebraram e precisaram ser socorridos pelos governos, entendemos que essa crise tem uma natureza diferente, e a recuperação será mais rápida”, analisa Dexheimer.

Segundo ele, a diferença é que, agora, os governos e os bancos centrais do mundo inteiro estão agindo de forma mais rápida. “Tantos os estímulos fiscais como os monetários, com corte de juros, serão muito importantes para manter a economia funcionando Quando isso começar a fazer efeito e a curva de contaminação começar a cair, como já temos visto em algumas regiões da Europa e da Ásia, o mercado vai responder rápido”, pontua Dexheimer.

No relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, o mercado passou a prever queda de 1,18% do PIB em 2020. No último boletim, publicado em 30 de março, a previsão era de redução de 0,48%.

Essa foi a oitava queda consecutiva do indicador. Em janeiro, o mercado chegou a projetar crescimento de 2,31% da economia. Para 2021, a estimativa de crescimento de 2,50% do PIB está mantida.

“A contração do PIB, que é a expectativa para 2020, significa que vamos ter menos oportunidade para empresas, menos oportunidade de emprego para as pessoas, menor fluxo de renda disponível e, com isso, o consumo tende a diminuir, assim como o bem-estar da população”, afirma o professor do Ibmec, Glauber Silveira. “Quanto mais se alongar a questão do coronavírus, maior será a retração do PIB. Quanto mais tempo a gente passar com a atividade econômica praticamente parada, mais a gente deixa de produzir”, explica.

O mercado também prevê um novo corte na Selic, a taxa básica de juros da economia, que atualmente está na mínima histórica de 3,75% ao ano. De acordo com o boletim Focus, a projeção das instituições é que a taxa seja reduzida em 0,50 ponto percentual, para 3,25% ao ano. No relatório anterior, a expectativa era de que a Selic ficasse em 3,50% em 2020.

“Ao diminuir a taxa de juros, se possibilita um maior consumo de crédito. E, nesse momento, é preciso disponibilizar mais crédito para as pessoas, para aumentar a demanda e, com isso, reaquecer a economia. A política de redução de juros visa aquecer a economia, num momento em que ocorre o contrário com o efeito coronavírus”, avalia o professor. “Essa é uma tendência mundial, algo que já se viu em outras crises econômicas”, completa.

O mercado também reduziu novamente a estimativa de inflação para 2020. De acordo com o relatório Focus, as instituições esperam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 2,72% no ano, em comparação com a projeção anterior, de 2,9% . A meta central de inflação neste ano, definida pelo BC, é de 4%.

Em relação à taxa de câmbio, o mercado manteve a estimativa para a cotação do dólar em 2020, em R$ 4,50. A projeção, no entanto, é maior do que há quatro semanas, quando era de R$ 4,20. Para 2021, a projeção da taxa de câmbio foi elevada de R$ 4,30, no boletim anterior, para R$ 4,40.

Fonte: O Tempo – Contagem

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/04/02/usar-fintechs-fara-ajuda-de-r-600-chegar-mais-depressa-a-quem-precisa/

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