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Covid: municípios de SP negociam vacina com empresa suspeita de fraude

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Prefeitos ligados à União dos Municípios da Média Sorocabana (Ummes), de São Paulo, estão negociando a compra de vacinas contra a Covid-19 de uma empresa turca, que vem sendo acusada de fraude pelo fabricante dos imunizantes de Oxford/AstraZeneca.

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O grupo pretende comprar 500 mil doses por U$ 4,875 milhões – a soma total equivale a cerca de R$ 27 milhões. As informações constam em um pré-contrato, com vigência a partir de 16 de abril, obtido pelo jornal Folha de S.Paulo.

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No pré-contrato, a venda tem como comprador o prefeito de São Pedro do Turvo, Marco Aurélio Oliveira Pinheiro (PSDB). Ele havia anunciado em abril que as tratativas para a compra da vacina estavam avançando.

A empresa Hilial Group, que assina o acordo, tem sede em Instambul, na Turquia. O documento tem apoio da organização Akers Nanotechnology, acusada pela própria AstraZeneca de fraude.

Em nota enviada à Folha de S.Paulo, AstraZeneca disse que não realiza vendas para empresas privadas, apenas para ‘governos e organizações internacionais’.

‘Qualquer pessoa abordada por uma empresa privada que oferece a venda da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 deve considerar isso uma tentativa de fraude e recusar a oferta. Qualquer produto que seja oferecido dessa maneira não está autorizado pela AstraZeneca e deve ser considerado uma falsificação e inseguro para os pacientes’, disse o laboratório.

Ummes

Ao jornal Folha de S.Paulo, Marco Pinheiro, presidente da Ummes, disse que levaria o posicionamento de possível fraude para uma reunião do grupo. No entanto, ele garantiu que o documento de pré-contrato não firma nenhuma compra, oficialmente, apenas a intenção de aquisição.

Em nota publicada no site da Ummes, o grupo ressalta que o pagamento pelas doses só ocorrerá após aprovação da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

‘A segurança jurídica aludida se reafirma quanto ao pagamento, o qual será realizado apenas e tão somente quando da entrega das vacinas em solo brasileiro, conferidas pela autoridade alfandegária e ainda Receita Federal e Anvisa. Afastando desse modo qualquer possibilidade de eventual prejuízo ao erário dos Municípios’, pontua o grupo.

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