CPI da Covid ouve servidora da Saúde que autorizou compra da Covaxin

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve, na manhã desta terça-feira (6/7), o depoimento da servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira. A funcionária pública é a responsável por autorizar a compra da vacina indiana Covaxin.

Regina Célia foi nomeada em 2018 pelo então ministro Ricardo Barros (PP-PR). O líder do governo na Câmara dos Deputados é pivô das denúncias de irregularidades nas aquisições do imunizante indiano pelo Executivo. Na pasta, ela atua como fiscal de contratos.

O nome da servidora foi citado durante o depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do irmão Luis Ricardo Miranda, que chefia a divisão de importação do Departamento de Logística da Saúde.

Miranda relatou aos senadores do colegiado que a servidora ‘atropelou’ o processo de importação do imunizante. Os irmãos Miranda estiveram na comissão para denunciar pressões internas no ministério para dar celeridade à liberação da vacina Covaxin. Na oitiva, o servidor disse ainda que Regina Célia ignorou problemas na fatura gerada para compra das doses.

A expectativa dos senadores, portanto, é de que a servidora seja questionada sobre estas pressões internas e de quem partiu a ordem para acelerar a importação da Covaxin.

Requerimentos

Em uma outra parte da sessão, os senadores devem se debruçar sobre requerimentos de convocação, quebra de sigilo e pedidos por novas informações. Entre os itens na pauta, está, por exemplo, a transferência dos dados telefônicos, telemáticos, fiscais e bancários de Barros.

Há, ainda, expectativa pela aprovação da reconvocação do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. O militar informou, em ofício enviado à Saúde, que estava recebendo e-mails diretamente da empresa Precisa, representante do laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil, para viabilizar a aprovação da vacina Covaxin.

Os senadores também devem aprovar a convocação de Cristiano Alberto Hossri Carvalho, procurador da Davati Medical Supply no Brasil. A ida do representante será para explicar denúncia de cobrança de propina por servidores do Ministério da Saúde sobre doses de imunizantes ofertadas pela empresa.

Fonte: Metrópoles

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