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CPI: Randolfe aponta mensagens de ex-secretário da Anvisa que revelam vazamento de operação da PF

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Brasília – Durante depoimento do empresário e ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Ricardo Santana, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta quinta-feira, 26, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apontou vazamento de informações da Operação Falso Negativo da Polícia Federal, em mensagens trocadas entre o depoente e o lobista Marconny Faria. A ação da PF apura fraudes na compra de testes rápidos para Covid-19 pelo Distrito Federal. José Ricardo Santana não respondeu as acusações.

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Na sequência, Randolfe afirmou que Marconny e Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, haviam trocado mensagens sobre a mesma operação às 5h16 da manhã do dia 2 de julho, antes da ação ser deflagrada. O senador questionou que poder teria Maximiano de saber com antecedência das operações da Polícia Federal.

Randolfe mostrou mensagens com o passo-a-passo do que ele chamou de ‘arquitetura do crime’. O senador disse que no dia 4 de junho de 2020, Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, encaminhou mensagem para Marconny. Este encaminhou para José Ricardo Santana, que ficou de enviar para “Bob”(Roberto Ferreira Dias), então diretor de Logística do Ministério da Saúde, que era o responsável pela operação.

O relator da Comissão, Renan Calheiros (MDB-AL) classificou o documento como “inédito” alguém descrever o caminho do crime.

A pedido de Randolfe, a Comissão Parlamentar decidiu afastar o sigilo de cinco mensagens que constam num relatório técnico encaminhado à comissão pelo Ministério Público Federal. O relatório contém documentos sobre contratos envolvendo a empresa Precisa Medicamentos e o acesso é restrito aos integrantes da CPI.

Randolfe Rodrigues mencionou dados sobre a aquisição de preservativos femininos pelo Ministério da Saúde. As duas primeiras empresas colocadas no processo de licitação no Ministério da Saúde foram desclassificadas. De acordo com o senador, a Precisa Medicamentos foi favorecida pela desclassificação da Abbott e da Bahiafarma, sendo a segunda presidida por Ronaldo Dias, primo do ex-diretor de Logística na pasta da Saúde, Roberto Ferreira Dias.

Calheiros (MDB-AL) e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), sugeriram que a CPI também ouça Ronaldo Dias para esclarecer os fatos. De acordo com Randolfe, o primo de Roberto Dias estaria em posse de um dossiê elaborado pelo ex-diretor de Logística.

Visitas ao Ministério da Saúde após exoneração

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Aziz anunciou que recebeu informações do “Fiquem Sabendo – Jornalismo de Dados” que José Ricardo Santana esteve um total de 27 vezes na sede do Ministério da Saúde.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que o nome de José Ricardo Santana estava registrado na cópia do registro da portaria de entrada do Ministério da Saúde em 2 de junho de 2020, como secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O depoente se recusou a responder se havia se apresentado como funcionário da Anvisa mesmo depois de ter sido exonerado.

“Se isso se comprovar, além de tudo, estamos falando de falsidade ideológica”, destacou a senadora.

Fonte: O Dia RJ Online

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