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Dólar deve superar R$ 6 no curto prazo com polarização entre Lula e Bolsonaro, diz MB Associados, que revisa projeções

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Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava-Jato, a polarização da disputa entre o petista e Jair Bolsonaro deve aumentar, gerando um fator de incerteza para a economia.

Com isso, a MB Associados revisou as suas projeções para a atividade econômica, mudando a projeção para o índice oficial da inflação, o IPCA, para 2021 de 4% para 4,3%, enquanto a expectativa para a Selic passou de 4% para 5,5%, com alta de 0,5 ponto percentual a partir da próxima reunião, a ser concluída em 17 de março. Para o dólar, a estimativa ao final deste ano passou de R$ 5,40 para R$ 5,60: no curto prazo, inclusive, a previsão é de que a moeda americana deva ultrapassar o patamar dos R$ 6. Nesta terça, o dólar à vista chegou aos R$ 5,88, mas fechou com alta menos expressiva, de 0,24%, a R$ 5,7927.

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Em relatório assinado por Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, com a decisão de Fachin, de imediato, a polarização entre esquerda e direita tende a se elevar, asfixiando as chances da criação de um centro-democrático que já mostrava incertezas sobre a sua formação. Na avaliação da casa, Bolsonaro tem dois pontos de sustentação no momento: a cadeira de presidente que lhe dá o poder da caneta e as pesquisas que ainda o colocam na dianteira frente demais candidatos.

‘De um lado, o presidente Bolsonaro ja? sem o falso ve?u do liberalismo enfrentara? nos pro?ximos dois anos as conseque?ncias econômicas de seus atos em conjunto com os riscos criados por Lula. Em um grau menor, na?o seria muito diferente da percepça?o de risco de 2002, quando a candidatura de Lula causava stress nos mercados’, destaca o relatório.

A expectativa é de uma economia mais pressionada com maior inflação e juros elevados, afetando por sequência a recuperaça?o mais forte que poderia haver em 2022 com a saída da pandemia do coronavírus. O presidente tende a entregar o segundo pior primeiro mandato em crescimento econômico desde a redemocratizaça?o, so? perdendo para o ex-presidente Fernando Collor.

‘A pressa?o para entregar algum resultado sera? enorme e com o centra?o aliado nessa batalha, sera? difícil vermos ajustes fiscais que signifiquem consolidaça?o discal. A pressa?o sera? por ampliar gastos como for possível ou evitar ajustes para na?o se comprometer com nenhum grupo eleitoral. Nesse sentido, [Paulo] Guedes [ministro da Economia] ate? sai fortalecido porque ele se torna o u?nico bastia?o de fato liberal que diferencia este governo do Lula‘, avalia a MB Associados.

Por outro lado, aponta , fica a pergunta sobre que tipo de candidato sera? Lula, mas a avaliação é de que há menos espaço para um movimento como o expresso pela Carta aos Brasileiros em 2002, que na ocasião foi entendida como uma indicação de dar mais tranquilidade ao setor econômico financeiro.

De acordo com a consultoria, a pergunta que o mercado passará a fazer de forma cada vez mais constante e? que país saira? da eleiça?o em 2022. ‘O pro?ximo mandato promete ser dirigido por algue?m na?o muito afeito a?s reformas necessa?rias, seja Lula, seja Bolsonaro. Essa sera? a visa?o do mercado, mesmo que eventualmente apareça algum candidato de centro que fure o bloqueio. Ate? lá, o mercado na?o vai pagar para ver e ja? começamos a ver o que isso significa: o risco de dois candidatos com potencial de voto que na?o prezam como deveriam pelas reformas.’

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/10/raia-drogasil-cresce-dois-digitos-e-supera-r-20-bilhoes-de-receita/

Desta forma, a consequência já aparece nos números, com a MB já revisando alguns. ‘O cena?rio de atividade certamente fica bastante afetado, mas reforça nosso cena?rio mais pessimista de crescimento de PIB este ano de 2,6%, que na?o mudaremos por enquanto. A ideia de um segundo semestre livre de problemas com a vacinaça?o se perde com as conseque?ncias do

stress de mercado gerados agora’, aponta o economista-chefe da consultoria.

Fonte: Pagina do Estado

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