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Dólar supera R$ 4,38 após fala de Guedes, e BC intervém

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Após bater os R$ 4,3830 na manhã desta quinta-feira (13), a cotação do dólar cedeu com intervenção do Banco Central (BC) e fechou em queda de 0,45%, a R$ 4,3320. A moeda americana estava em trajetória de alta com a queda de juros no Brasil, movimento que foi impulsionado pela fala do ministro da Economia Paulo Guedes.

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Na noite de quarta (12), Guedes afirmou que o dólar um pouco mais alto é bom para todo mundo. Ao mencionar períodos em que o real esteve mais valorizado, disse que empregada doméstica estava indo para a Disney, “uma festa danada”.

Segundo analistas, a fala do ministro deu margem para o mercado apostar em uma cotação mais elevada. O dólar abriu em alta de 0,7% nesta quinta e foi a R$ 4,383, nova máxima durante o pregão. Também colaborou para a alta da moeda a aversão a risco do mercado com o aumento do número de infectados pelo coronavírus.

O BC, então, interveio com a oferta de 20 mil contratos de swap cambial, que totalizaram US$ 1 bilhão. Na prática, a operação promove o aumento da oferta da moeda, já que a instituição oferece contratos que remuneram o investidor pela variação cambial.

Também foram ofertados 13 mil contratos com rolagem em abril, mas apenas 10,5 mil foram arrematados.

A oferta teve efeito imediato e levou a cotação a R$ 4,31. Ao longo do pregão, porém, a moeda americana voltou a ganhar força e fechou a R$ 4,342, queda de 0,2% em relação à véspera.

“Em um momento de aversão a risco, qualquer fala mal interpretada leva a isso. O jeito do ministro falar foi ruim. Ele poderia ter explicado de uma maneira melhor o porquê do dólar alto”, diz Cristiane Quartaroli, economista da Ourinvest.

No ano, o real é a moeda que mais se desvaloriza no mundo ante o dólar, que acumula alta de 8% no Brasil, fruto dos cortes na taxa básica de juros.

A queda na Selic, hoje na mínima histórica de 4,25% ao ano, contribui para a depreciação do real por meio do carry trade, prática de investimento em que o ganho está na diferença do câmbio e do juros, pois o investidor toma dinheiro a uma taxa de juros menor em um país, no caso, os EUA, para aplicá-lo em outro, com outra moeda, onde o juro é maior, o Brasil. Com juros baixos no Brasil, essa operação deixa de ser vantajosa e estrangeiros retiram seus recursos, em dólar, do país, o que eleva a cotação da moeda.

Nesta quinta, mais um indicador econômico veio abaixo do esperado pelo mercado, o que contribui para a expectativa de novos cortes de juros. Em dezembro, o setor de serviços teve queda de 0,4% em relação ao mês anterior e encerrou o ano de 2019 com crescimento de 1%. A expectativa do mercado era que que serviços tivesse crescimento de 1,5% no ano, na projeção da Bloomberg.

Ainda de ser a primeira alta do volume de serviços no país em cinco anos, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) destacou que o Brasil ainda está longe de recuperar o que perdeu no período da recessão econômica.

“A nossa economia está engatinhando. A recuperação será bem lenta e o governo e o Congresso terão que trabalhar muito em prol das reformas para recuperar a confiança externa”, diz Bruno Madruga, responsável pela área de renda variável da Monte Bravo.

Com o número menor do que o esperado e o temor aos efeitos econômicos do coronavírus, o Ibovespa recuou 0,87%, a 115.662 pontos. O volume negociado foi de R$ 21,588 bilhões, abaixo da média diária para o ano.

Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram 0,44%, 0,16% e 0,14%, respectivamente.

Na quarta, o número de mortos e de pessoas infectadas com o coronavírus covid-19 aumentou drasticamente na China depois que as autoridades chinesas expandiram os critérios de contaminação na província de Hubei (epicentro da epidemia).

O governo anunciou 14.840 novos casos de contágio, o que elevou o total a quase 60 mil pessoas. Esse é o maior avanço diário em número de casos de infecção registrado durante o surto.

Autoridades também registraram 242 novas vítimas na província de Hubei, epicentro da epidemia, elevando para 1.370 o número de mortos na China continental.

Nesta quinta, uma mulher de 80 anos se tornou a primeira pessoa com o novo coronavírus a morrer no Japão. Não está claro, porém, se o vírus foi a causa direta da morte.

Fonte: Yahoo Brasil

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