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Dólar e setor em alta atraem novos investimentos de laboratórios

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A Sanofi tem a preferência de compra da linha Buscopan, cuja venda pode ser concretizada ainda neste ano

A valorização do dólar e a perspectiva de crescimento do mercado farmacêutico na casa dos dois dígitos fazem do Brasil um polo atrativo para novos investimentos de indústrias nacionais e estrangeiras. Um dos negócios mais próximos de se concretizar é a venda da linha Buscopan pela Boehringer Ingelheim, cuja disputa final está entre a Procter & Gamble (P&G) e a Sanofi – que tem a preferência de compra. Até a última semana, a União Química figurava entre as candidatas, mas desistiu após fazer uma oferta de R$ 500 milhões e não cobrir propostas maiores da concorrência. A transação estaria avaliada entre R$ 750 milhões e R$ 1 bilhão.

A GSK também iniciou conversações com laboratórios e empresas de cosméticos para viabilizar a venda de sua divisão de dermocosméticos, que reúne marcas como Acne-Aid, Clindo, Fisiogel, Spectraban e Sunmax. A expectativa é movimentar R$ 1 bilhão. Fontes do mercado coloca entre as concorrentes EMS, Hypera Pharma, Grupo Boticário e Natura.

Fabricante do Neosaldina, a japonesa Takeda planejava negociar suas linhas de OTC por US$ 1 bilhão, mas as ofertas beiram os US$ 700 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões). Essa redução de expectativas está relacionada a perda de duas licenças de medicamentos na América Latina – o Alektos e o Noripurum.

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente executivo da Sindusfarma, Nelson Mussolini, projeta que esse movimento tende a perdurar em 2020 e vai ao encontro do esforço das multinacionais em investir nos chamados remédios inovadores. Segundo o dirigente, esse cenário “deixa espaço para o crescimento de atuação das nacionais ou de companhias menores em medicamentos maduros”.

Fim da linha

Na direção contrária, a superfarmacêutica Orygen encerrou as operações sete anos após ser criada, por meio de uma joint venture entre Biolab e Eurofarma. Focada na produção de medicamentos biossimilares, a companhia iniciou atividades com o apoio do governo de Dilma Rousseff e foi concebida para atuar em parceria com laboratórios públicos, valendo-se da transferência de tecnologia de uma multinacional dona da patente.

A empresa começou a ser desmontada neste semestre, com saída de nove dos 11 funcionários. Cristália e Libbs, que fizeram parte da joint venture em um primeiro momento, saíram meses depois para assumir operações próprias de biossimilares. A suspensão de 18 contratos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) pelo Ministério da Saúde, por conta de acusações de irregularidades em sete laboratórios públicos, prejudicou por extensão as indústrias nacionais.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/12/13/blanver-lanca-primeiro-generico-de-prevencao-do-hiv/

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