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Donald Trump faz tratamento com medicamento estudado por bageense

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No final da última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com coronavírus. Diante do quadro de saúde, Trump foi hospitalizado na sexta-feira e passou a fazer uso de medicamentos contra a doença. Entre eles está o Remdesivir, antiviral que teve os testes liderados pelo médico bageense André Kalil.

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A equipe de profissionais de saúde que acompanha o presidente informou à imprensa que, na noite de sexta-feira (2), ele recebeu a primeira dose do antiviral Redemsevir. Em entrevista concedida à CNN Brasil, Kalil, que é pesquisador na Universidade de Nebraska e liderou os testes com o medicamento nos Estados Unidos, avaliou que o quadro de Trump pode ter piorado ontem, já que o Redemsevir só é indicado em casos de agravamento da covid-19. “Aqui nos Estados Unidos, a indicação (para tomar Redemsevir) é para pacientes que estão infectados com covid-19, que têm a necessidade de serem hospitalizados e têm progressão da doença, ou seja, o indivíduo não está conseguindo se hidratar e comer adequadamente, está com falta de ar e muita febre”, explicou Kalil durante a entrevista. Em boletim, os médicos de Donald Trump relataram que ele não teve dificuldade para respirar, mas registrou febre e tosse. “Na noite de ontem (sexta-feira), demos a primeira dose de Redemsevir e vamos continuar no curso de cinco dias com o remédio”, informou um dos médicos integrantes da equipe que cuida de Trump, Brian Garibaldi.

Na noite de sábado (horário de Brasília), o presidente dos Estados Unidos divulgou um vídeo nas redes sociais em que agradece a equipe do Centro Médico Militar Walter Reed, onde está internado e afirma se sentir melhor. “Quando cheguei aqui, não estava me sentindo muito bem. Me sinto muito melhor agora. Estamos trabalhando para que eu volte”, disse, em trecho do vídeo.

Porém, Kalil ressaltou à CNN Brasil que o fato de Trump não ter apresentado febre alta após a administração do Remdesivir não indica que ele está em processo de cura. “O fato dele não ter tido febre nas últimas 24 horas (até o domingo) não significa nada. Eu tenho pacientes que sentem febre num dia, mas não tem no outro. A ausência de febre significa simplesmente parte do processo natural da doença. As pessoas na idade dele, entre 70 e 80 anos, têm um sistema imunológico que não tem aquela capacidade de produzir febre alta”, alertou o médico.

Segundo divulgação do governo norte-americano, além do Remdesivir, Trump recebeu outro tratamento em fase experimental com anticorpos monoclonais neutralizantes. O tratamento consiste em inserir linfócitos B, células que produzem anticorpos, de pacientes que já tiveram a doença naqueles que estão com o vírus ativo para combatê-la. Ele também teria recebido zinco, vitamina D, famotidina, melatonina e aspirina.

Remdesivir

O bageense André Kalil, de 53 anos, está à frente de um ensaio clínico que testa o Remdesivir, antiviral considerado de maior potencial para curar a covid-19, doença que é causada pelo novo coronavírus.

Kalil mora nos Estados Unidos há 20 anos e trabalha no centro médico da Universidade do Nebraska. O hospital em que o bageense trabalha é especializado em contenção biológica e foi uma das poucas unidades médicas no mundo que recebeu pacientes de ebola, por exemplo, quando também foi administrado o Remdesivir. O bageense lidera uma equipe de profissionais que testa a eficácia do Remdesivir, que atualmente é considerada a terapia mais promissora para tratar a infecção. Os ensaios clínicos são financiados pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH, em inglês), um órgão federal americano. “É um medicamento que tem capacidade de cancelar a replicação da covid-19. Nesse momento, usamos essa medicação com o objetivo de reduzir os sintomas, o tempo de hospitalização e a mortalidade desses pacientes”, afirmou o médico à CNN Brasil.

Inicialmente, o Remdesivir foi desenvolvido para o tratamento da hepatite C e utilizado de forma experimental contra o ebola. Laboratórios de outros países chegaram a testar o antiviral contra o coronavírus, porém os resultados dos estudos foram desconsiderados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já que não obedeceram os protocolos estabelecidos pela organização. O único estudo reconhecido pela OMS é o do bageense André Kalil.

De acordo com o Portal R7, nos Estados Unidos, o uso do remédio foi autorizado pelo Food and Drug Administration (FDS), órgão que regulamenta alimentos e medicamentos, em casos graves. No Brasil, o remédio está entre os 32 tratamentos liberados para teste contra a covid-19 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: Jornal Folha do Sul

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/05/novo-ceo-na-extrafarma/

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