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Dores nas costas estão cada vez mais comuns

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Dores nas costas – Com o passar dos anos e o uso das estruturas corporais, é comum que ocorra o desgaste da coluna e até o surgimento de dores após os 35 ou 40 anos de idade.

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Entretanto, as doenças de coluna relacionadas ao envelhecimento estão cada vez mais precoces, principalmente devido ao sedentarismo e à ergonomia inadequada, aponta o ortopedista, traumatologista e cirurgião, professor doutor Luiz Cláudio Lacerda Rodrigues.

“Hoje temos pacientes com 25 a 30 anos de idade com a coluna em processo degenerativo bastante evoluído. São situações que costumam ser irreversíveis e temos que tratar os pacientes de maneira muito intensa, porque a chance desses jovens precisarem fazer uma cirurgia é maior”, revela.

Apesar disto, Rodrigues contesta a ideia de que a hérnia de disco, causada pelo envelhecimento, desgaste ou deslocamento de disco intervertebral, seja uma doença de pessoas com idade avançada, já que a faixa etária predominante é entre 20 e 45 anos.

FATOR GENÉTICO
Para o ortopedista e traumatologista André Melotti, que atua em Americana, o desenvolvimento precoce de doenças na coluna também pode estar relacionado a fatores genéticos, que propiciam o desgaste mais cedo. “Normalmente os pais, tios ou irmãos mais velhos apresentam também problemas de coluna”, resume Melotti.

Quando o assunto passa a ser o tratamento da coluna, a maioria absoluta dos casos demanda cuidados clínicos, medicação, reabilitação e, principalmente, mudanças de hábitos.

“Sem dúvida, a cirurgia de coluna é um procedimento de exceção. O que é importante para esses pacientes, de maneira geral, primeiro é se conscientizarem de que têm uma doença e de que a doença da coluna é degenerativa, como a pressão alta ou o diabetes”, aponta Rodrigues.

Os tratamentos costumam ser multifatoriais, uma vez que os pacientes costumam precisar de reabilitação, fortalecimento, alongamento, melhora de condicionamento, perda de peso e até melhora no sono para uma boa evolução.

Com relação aos cuidados para evitar problemas na coluna, Melotti cita a ergonomia diária adequada e a prática equilibrada de atividades físicas como essencial.

“O excesso de atividade física, com carga e impacto, também pode machucar as estruturas da coluna. Por isso recomenda-se sempre a prática com supervisão dos profissionais como educadores físicos e fisioterapeutas”, indica.

O mal da pandemia
Que a pandemia mudou drasticamente a rotina de muita gente já não é novidade. Enquanto aguarda o fim da crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), grande parte da população foi trabalhar em casa, em home office, e outros até perderam seus postos de trabalho, passando a se dedicar mais intensamente às tarefas domésticas.

Já com relação às atividades físicas, houve quem sentisse dificuldade em continuar a frequência ideal, caindo em sedentarismo. E, por outro lado, também teve quem se arriscou em casa e intensificou os treinos como pôde, o que também tem potencial para causar sobrecargas na coluna.

Segundo os especialistas ouvidos pelo LIBERAL, a mudança repentina trouxe diversos problemas que certamente resultam em dores nas costas e doenças na coluna – motivo pelo qual a procura pelos consultórios médicos com tais queixas aumentou nos últimos meses.

“Mesas não são adequadas, alturas de telas não são adequadas, e todo esse conjunto de situações desfavoráveis fez com que as pessoas tivessem que trabalhar em situações não ergonômicas, aumentando em muito a incidência de dor nas costas”, explica o professor doutor Luiz Cláudio Lacerda Rodrigues.

O vício postural devido às falhas ergonômicas, além de acarretar em dores cervicais, dorsais e lombares, tanto musculares quanto tensionais, também pode ocasionar uma hérnia de disco, segundo o doutor André Melotti.

“Com o vício postural ocorre uma sobrecarga nas peças estruturais da coluna, aumenta a pressão no disco, que vai comprimir a raiz, tecido nervoso, e acarreta o sintoma de dor, irradiação e formigamento”, afirma.

“Com exame clínico e de imagem fizemos muito diagnósticos de hérnia de disco, sendo que antes deste período de pandemia, com atividade física adequada e posição ergonômica diária, as pessoas não tinham esses sintomas”, opina ele.

Além disso, Rodrigues lembra que as dores nas costas também podem estar relacionadas a quadros de ansiedade ou depressão, que tiveram alta no período de isolamento social.

“Além dos componentes relacionados aos distúrbios mecânicos, degenerativos e inflamatórios, muitas pessoas também têm dores relacionadas a quadros de ansiedade, depressão, insatisfação. As dores nas costas, de maneira geral, são decorrentes de muitas doenças e situações”, defende.

Toda dor deve ser investigada
Estima-se que 80% das pessoas tiveram ou terão um episódio de lombalgia na vida, principalmente após os 40 anos. Segundo o médico André Melotti, a principal causa de dores nas costas não está ligada a problemas sérios na coluna, tendo origem muscular ou tensional, com dores caracterizadas pela contratura do músculo, que fica endurecido.

Apesar de ser um sintoma bastante comum, o médico lembra sobre a importância de investigar as causas das dores e evitar a automedicação. “A forma que o corpo tem para conversar com a gente e mostrar que algo está errado é o aparecimento de dor, e toda dor deve ser investigada”, afirma Melotti.

“No caso de uma dor muscular você pode tomar um analgésico, mas não recorra a outra medicação, que pode inibir e esconder os sintomas”, recomenda ainda.

Precisam ser investigadas dores constantes, frequentes ou sazonais, com irradiação para os membros (pernas ou braços), alteração de sensibilidade e força ou sensação de formigamento.

Além disso, dores na região torácica podem estar ligadas a uma pneumonia, com a possibilidade de febre, enquanto dores na região lombar podem ser provenientes dos rins.

“Dores nas costas estão relacionadas a problemas específicos na coluna, como processos de envelhecimento, fraturas, infecções, hérnias de disco, entre outras. Porém, a coluna também sofre a influência de doenças orgânicas”, ressalta doutor Luiz Cláudio Lacerda Rodrigues, citando como exemplos o cálculo renal, problemas de estômago, vesícula, pâncreas, relacionados aos ovários ou útero, sempre caracterizando quadros clínicos diferentes.

“Quem tem dores nas costas precisa investigar detalhadamente. Recomendamos que qualquer sintoma que não se cure em mais de três dias precisa de uma avaliação médica especializada”, conclui.

GLOSSÁRIO DAS DORES NAS COSTAS

A coluna vertebral é constituída por uma série de ossos, chamados de vértebras, divididos em quatro regiões de cima para baixo: cervical, com sete vértebras; torácica, com doze vértebras; lombar, com cinco vértebras; sacro, com cinco vértebras fundidas; e cóccix, com quatro a cinco vértebras, também fundidas.

A partir disso, podemos dizer que:
• Cervicalgia é uma dor na região cervical, na região do pescoço;
• Dorsalgia é a dor na região torácica, na parte superior das costas;
• Lombalgia é uma dor na região lombar da coluna, a parte inferior das costas;
• Sacralgia é a dor no sacro, na região dos quadris;
• Cocciodinea é a dor ou pressão na região do cóccix.

Fonte: O Liberal

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/01/pouso-alegre-ganha-empreendimento-industrial-para-atender-o-setor-farmaceutico/

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