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Drogarias e cosméticos têm expansão em BH

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Os aspectos conjunturais da economia não interferem diretamente nas vendas de medicamentos/Alisson J. Silva Mesmo num cenário de crise econômica e instabilidade política, o segmento de drogarias e cosméticos vem atingindo bons resultados em Belo Horizonte. O setor foi o único do comércio varejista da Capital a apresentar indicadores positivos no mês de maio, em todas as bases comparativas, segundo o termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). Envelhecimento da população, caráter essencial dos medicamentos, diversidade cada vez maior de produtos oferecidos e tíquete médio de menor valor de algumas mercadorias são citados como responsáveis pelo bom desempenho.

Segundo a pesquisa da CDL-BH, na comparação de maio de 2017 com igual mês do ano passado, houve crescimento de 1,97% nas vendas do segmento de drogarias e cosméticos. Na relação maio/abril, o aumento foi de 0,47%. Já no acumulado de janeiro a maio de 2017, no comparativo com igual período de 2016, houve avanço de 1,25%. No acumulado de 12 meses, o acréscimo foi de 1,33%.

Em maio, no geral, os resultados do comércio de BH foram os seguintes: no comparativo de maio de 2017/maio de 2016, houve crescimento de 0,68% nas vendas, enquanto em relação a abril o aumento foi de 0,59%. Houve queda nas vendas de 0,05% no acumulado de janeiro a maio em relação a igual período de 2016. Nos últimos 12 meses houve redução de 1,29%.

O economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Guilherme Almeida, explica que, como as drogarias comercializam itens de primeira necessidade, mesmo num cenário de crise as vendas tendem a ficar estáveis ou até melhores. “No caso dos medicamentos, é um setor com pouca sensibilidade a aspectos conjunturais”, disse.

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Imagem – No caso dos cosméticos, ele cita dois fatores que podem tem contribuído para o bom desempenho. Um deles, sazonal, é o Dia das Mães, comemorado em maio. O outro é comportamental. Segundo ele, há pesquisas que apontam que o brasileiro é muito preocupado com a imagem que passa aos demais, alavancando o setor de cuidados pessoais.

Na divulgação do termômetro de vendas, a economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, disse que o bom desempenho do segmento drogarias e cosméticos pode estar ligado ao fato de o setor oferecer produtos com tíquete médio mais baixo. “Nossas pesquisas apontam que o consumidor está preferindo pagar à vista, evitando crédito por temer o desemprego. Há ainda aqueles que estão inadimplentes”, explica.

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) informa que, nos cinco primeiros meses deste ano, o faturamento com a venda de produtos (medicamentos e não medicamentos) nas 27 redes de farmácias afiliadas chegou a R$ 17,06 bilhões. No comparativo com igual período de 2016, houve aumento de 7,88%.

De acordo com a Abrafarma, o avanço maior foi registrado no faturamento com a venda de medicamentos, que passou de R$ 10,5 bilhões, de janeiro a maio de 2016, para R$ 11,6 bilhões em igual período deste ano, crescimento de cerca de 10%. Já o faturamento com as vendas de não medicamentos passou de R$ 5,3 bilhões em 2016 para 5,5 bilhões este ano, avanço de cerca de 4%.

A Droga Raia, rede nacional que tem 27 lojas em Belo Horizonte, atribui os bons resultados do varejo farmacêutico ao aumento da expectativa de vida do brasileiro e à busca por mais qualidade de vida, segundo a assessoria de imprensa do grupo. Além disso, é citada a ampla gama de produtos ofertados pela rede.

A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) não tem dados deste ano. O faturamento do setor em 2016, no País, foi de R$ 45 bilhões, apresentando queda real de 6% no comparativo com o ano anterior.

Empresário do setor de cosméticos, Alcino Bicalho Neto disse que ainda está sentindo os efeitos da crise e que no acumulado deste ano já amarga queda de 12% no faturamento no comparativo com 2016. Ele é proprietário da Celle Perfumaria, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, e da RAF Distribuidora de Cosméticos. “Em alguns meses sentimos melhora, mas ainda é muito instável”, pondera. Experiente no mercado, ele mantém equipe de vendas e comercializa principalmente para profissionais de salão de beleza. “Os salões estão comprando exatamente o necessário”, ressalta

Fonte: O diário do Comércio

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