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Ecossistema de Beleza deve gerar mais de 1 mil novas vagas de emprego

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Beleza – A posição estratégica, o potencial do mercado consumidor e os incentivos fiscais dizem muito sobre os atributos que são capazes de atrair novos investimentos para um estado. No caso do Grupo Boticário, a mão-de-obra baiana foi uma das principais responsáveis para concretizar o projeto de transformar Camaçari em um Polo de Beleza. E o profissional nascido e criado na Bahia, conquistou mesmo a indústria de cosmética. Até 2023, a expectativa é de que com a expansão do ecossistema, mais de 1 mil novas vagas de emprego diretas e indiretas sejam criadas. É o que revela o vice-presidente do Conselho do Boticário, Artur Grynbaum, em entrevista durante o lançamento do centro, que passa a integrar a cadeia produtiva de cosméticos do grupo, na unidade instalada em Camaçari.

‘Na Bahia, você tem profissionais altamente engajados e comprometidos com o seu trabalho que, ou foram bem preparados ou tem uma vontade muito grande de aprender novos ofícios e novas atividades, o que facilita a introdução de novas temáticas e rápida aplicação prática’.

Uma das experiências que reforçam a preferência do Boticário pela força de trabalho local é a experiência do centro de distribuição instalado em São Gonçalo dos Campos, responsável por atender alguns dos mercados mais expressivos do país.

‘Na verdade, esse é um dos centros mais modernos do mundo, operado por gente local. Os baianos provam que se der oportunidade, as pessoas agarram e conseguem fazer as entregas e se engajar, cada vez mais, no desenvolvimento de suas carreiras’, comenta.

Ao todo, são 1.105 postos de trabalho gerados na fábrica e no centro de distribuição. ‘Isso é mais do que simplesmente você chegar com uma fábrica bonita num lugar que precisava. O que isso traz de resultado é muito além da questão econômica para a empresa’. Confira a entrevista:

Quem é – Artur Grynbaum é vice-presidente do Conselho do Grupo Boticário, empresa brasileira multicanal e multimarcas presente em 15 países. É dona de marcas O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?; BeautyBox, Multi B, Vult, Beleza na Web e O.u.i. Na Bahia estão instaladas a fábrica do Grupo em Camaçari e Centro de Distribuição no município de São Gonçalo dos Campos que distribui para 17 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Quais os principais atributos da mão de obra baiana que fortaleceram a instalação do Polo da Beleza no estado?

Normalmente buscamos pessoas que sejam comprometidas, que tenham o desejo de crescer, uma boa capacidade de desaprender e aprender, ou seja, que possa se adaptar as dinâmicas que precisamos executar e uma boa parte dessa qualificação nós oferecemos aqui dentro. Obviamente que apostamos em pessoas que possam se tornar líderes, ser influência, que tenham uma visão não só de contexto econômico, mas também, ambiental e social. As pessoas aqui tem muito apreço por uma companhia que vem e consegue estabelecer uma relação positiva para as duas partes.

Por que transformar Camaçari em um ecossistema voltado para esse mercado?

Decidimos ampliar nossa presença tanto em ganho de flexibilidade, quanto em competitividade. Lá em 2014, o nosso grupo escolheu o estado por uma questão geográfica e sua importância territorial para atender o Norte e o Nordeste do país através dela. A gente acredita muito que beleza e Bahia tem tudo haver. Na realidade, beleza, Boticário e Bahia é o nosso ‘BBB’. A excelente entrada que fizemos aqui e com todo o avanço que trouxemos no ponto de vista de sistemas e automação fez com que quase que por uma seleção natural, Camaçari fosse escolhida para trazer nossos fornecedores. Queremos construir um polo que permita, não só o avanço do Boticário, mas também de outras empresas que querem se instalar na região. Isso vai ficar mais fácil com uma base forte, já vão contar com um grande cliente no seu portfólio. Além disso tem também o aspecto social, de ofertar mais oportunidades de trabalho para mulheres. Camaçari era um polo de poucas oportunidades para a mão de obra feminina. Hoje, na operação do grupo na Bahia 47% da nossa força de trabalho é feminina e 53% masculina. Cada investimento que a gente faz tem a questão financeira, mas também esse outro viés.

Que fatores foram determinantes na hora de trazer essas novas empresas para o polo?

Quando escolhemos as empresas parceiras, a gente procurou olhar para verticais importantes na constituição no nosso processo de fabricação. Então, buscamos alguém que nos auxiliasse na questão do vidro, embalagens, berços duros e válvulas, com a Aptar, Box Print, Vitro e Tritec. São verticais estratégicas para o nosso produto que aceitaram participar desse projeto na Bahia. E eu acredito ainda que novas empresas possam se integrar a esse polo. Sua própria constituição, somada ao investimento fará com que outras fornecedoras e potenciais venham participar conosco. Essa realidade pode se tornar ainda mais potente. As primeiras ajudaram a desbravar e as que devem chegar vão entrar em um caminho um pouco a frente e com a visualização do que vai ocorrer no futuro.

Quem é o consumidor baiano de produtos de higiene e beleza? Qual a participação da Bahia e importância do estado para a marca?

Não tem muita distinção entre o consumidor baiano e o restante do Nordeste. As características são muito semelhantes. Eles estão voltados, obviamente, pela questão climática, então, há uma frequência maior de vários banhos ao dia, o que aumenta o contato com vários produtos de beleza e higiene. São consumidores que gostam de usar esses produtos e que tem a beleza muito presente no dia a dia, no ato de se cuidar, de estar perfumado, o que tornam grandes usuários desses produtos. Tanto que q o Nordeste tem uma participação muito importante no consumo de perfumaria nacional. É o sentir, o prazer de usar e a questão de que, a cada banho que eu tomo, eu reforço todos os produtos que eu tenho utilizado no meu portfólio. Então, é mais uma questão de um gostar de estar bem consigo. Diversos produtos que a gente acaba lançando têm uma aceitação bem importante na Bahia pelo fato das pessoas estarem abertas a receberem essas novidades.

E com relação a sustentabilidade, que iniciativas o Boticário tem adotado para tornar esses produtos cada vez mais ecológicos?

Posso começar com o exemplo de que nós temos o maior programa de coletas de embalagem no Brasil e eu diria que um dos maiores do mundo. Hoje, nossas 4 mil lojas são habilitadas a receber as embalagens de produtos utilizados e com isso nós fazemos uma destinação para as cooperativas que trabalham conosco. São quase 800 cooperados que fazem esse trabalho conjunto dando não só a destinação correta das embalagens, mas proporcionado que essas pessoas tenham uma condição de vida melhor. Só para se ter uma ideia, 97% dos nossos produtos nos últimos dois anos vieram com atributos de sustentabilidade. Em termos de embalagens, 75% delas já apresentam material pós-consumo e isso faz com que a gente tenha uma mudança muito importante na cadeia que trabalhando junto aos nossos fornecedores que isso seja viabilizado. Além disso, um outro aspecto importante de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) diz respeito a diversidade. Para a gente também, não existe melhor lugar no Brasil para falar disso do que a Bahia. É um estado que reúne todos os povos, tipos, formas, cores e diferenças entre as pessoas. A beleza, o cuidado ele se traduz nessa relação com a Bahia pelas suas cores, sua música, sua cultura e os nossos produtos também se conectam com isso. Então, por isso que a gente apoia o Afro Fashion Day, promovido pelo CORREIO, para fomentar a cultura local, ligada a diversidade e a equidade que é algo muito importante para a gente. É essa materialização de desafios que temos que trazer.

Fonte: The World News – Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/retail-farma-brasil-discute-advento-dos-servicos-clinicos-no-varejo-2/

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