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Ecossistemas do varejo chinês podem inspirar o Brasil

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Para entender o sucesso do ecossistema de negócio da China é preciso compreender o conceito de centralidade no usuário, baseado no que ele gosta e quer. Esse é o grande diferencial apresentado pela especialista em ecossistemas de inovação e CEO da consultoria GSL Innovation, Wei Wei, durante o Seminário Digital China Pós Covid-19: o papel da inovação e ecossistemas, promovido pela BTR-Varese.

Segundo a executiva, os ecossistemas reúnem diversas empresas absolutamente independentes e especializadas nas suas atividades. Esse modelo viabiliza o surgimento de super aplicativos. “Como consumidora, posso fazer qualquer coisa com um app em mãos e satisfazer minhas necessidades de compra. Isso me faz ser fiel à marca”, ressalta.

Para Alberto Serrentino, fundador da BTR-Varese, o que os ecossistemas chineses entenderam muito bem foi o papel preponderante da tecnologia e que as fronteiras do negócio têm de ser ampliadas. “Você cresce com ativos de terceiros. Essa é a grande chave do modelo. Criar atmosferas de colaboração e incentivar terceiros a trabalhar em prol do ecossistema”, explica.

Exemplos de sucesso na China

O Alibaba, maior e-commerce e varejista do mundo, é um caso de ecossistema de negócio. E ele está intimamente ligado ao Alipay, aplicativo para pagamentos digitais que também pode ser usado para pagar contas domésticas, serviços de transporte, ingressos de cinema, fazer reserva de viagens e até compra de itens relacionados à Covid-19. A ferramenta disponibiliza, inclusive, um QR Code capaz de indicar se a pessoa está ou não saudável.

Com mais de 500 milhões de consumidores e 2 milhões de lojas, o Alibaba também oferece serviços de logística e uma agência de marketing digital, que auxilia outros vendedores e lojas na plataforma a comercializar suas mercadorias ou serviços online. “A plataforma investiu em mais de 400 empresas de cerca de 20 setores diferentes, emergentes e de crescimento rápido”, ressalta Wei.

Outro exemplo é a Ping An, segunda maior seguradora do mundo, que teve receita superior a US$ 170 bilhões em 2019. “Hoje, a holding atua em diversos braços, como a Ping An Good Doctor, app lançado em 2015 e que em três anos entrou para a Bolsa de Valores de Hong Kong”, acrescenta a executiva.

Com cerca de 300 milhões de usuários, trata-se da maior plataforma de saúde digital da China em termos de escala, com 60 milhões de clientes ativos. O app fornece uma gestão de saúde em tempo real e mantém parcerias com 15 mil farmácias para compra de medicamentos de venda livre ou de prescrição, por meio de receita digital.

Em 2019, a Ping An lançou a One-minute Clinic – uma espécie de cabine com uma pequena farmácia de um lado e um consultório médico de outro. “A organização por meio de um ecosssistema de negócio permite às empresas criar e até mesmo prosperar em tempos de crise”, finaliza Wei.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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