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Efeito negativo do Covid-19 nos mercados tende a ser revertido

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Quem começou o dia ontem com R$ 100 mil depositados em 1 fundo atrelado ao Ibovespa foi dormir com R$ 12.170 a menos na conta. Se o valor estava reservado para comprar 1 carro novo, terá de abrir mão dos acessórios. É melhor que tenha aprendido a lição de que não se aplica na Bolsa dinheiro para ser usado logo.

Se a poupança é para se aposentar daqui a vários anos, a pessoa pode ficar tranquila: há boas razões para acreditar que os efeitos nefastos do Covid-19 nos mercados de capitais possam ser revertidos ao longo de 2020.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/02/28/mascaras-descartaveis-realmente-te-protegem-contra-o-coronavirus/

A venda desesperada de ações tem muito mais a ver com especulação do que com aposta estrutural. O operador busca sair do ativo antes dos outros e assim evitar prejuízo. Há também quem mire lucro, usando o dinheiro para recomprar os papéis que podem subir rapidamente depois. É uma resposta racional ao comportamento desprovido de lógica de parte de outros agentes econômicos.

As perspectivas para a produção no longo prazo no mundo não são de queda, ao contrário. O vírus tem taxa de mortalidade de 2,5% e em menos de 12 meses haverá uma vacina contra essa doença. O clima frio dura mais 2 meses na Europa, China e Estados Unidos. A chegada do calor arrefece a possibilidade de propagação da enfermidade.

O que se sabe é que o coronavírus atinge de forma especial os mais velhos, em geral aposentados, e pessoas imunodeprimidas por terem alguma outra doença. Em termos puramente econômicos a maior parte dessas pessoas representa custo. Não impactariam na criação de riqueza.

Outro fator decorrente da epidemia, a queda de braço entre Rússia e Arábia Saudita para estabelecer o preço do petróleo, também tem poucas chances de durar muito tempo. Mostrar poder faz parte da negociação, mas ninguém gosta de perder dinheiro por muito tempo.

De volta à situação específica do mercado brasileiro, uma consideração a ser feita é se os ativos estavam com preços altos demais, que agora estariam sendo corrigidos. Não voltarão, portanto, ao patamar anterior. Isso pode ser verdadeiro para o caso de alguns papéis. Mas essa correção seria feita de qualquer maneira, com ou sem a presença do pânico, apenas ao longo de 1 período maior.

A recuperação nos mercados poderá se dar até mesmo de forma acelerada uma vez que a transmissão se estabilize e comece a cair. São razoáveis as chances de que isso se dê dentro de poucos meses.

A reversão dos efeitos econômicos não será igual para todos. Algumas empresas perderam dinheiro que não mais poderá ser recuperado. É o caso de companhias aéreas, de hotéis e de quem organiza eventos empresariais.

Mas há também quem sairá ganhando. Em situações assim, executivos percebem custos desnecessários. Incorporam mudanças que trazem ganhos de produtividade.

Algumas companhias que mandaram funcionários trabalhar em casa para evitar contágio cogitam tornar essa medida permanente para ao menos parte da equipe, relata a revista Economist (leia, para assinantes). O custo de aluguel empresarial na área central de uma cidade como Londres é altíssimo. A fração do espaço ocupado por 1 único funcionário chega a US$ 5.000.

E há ainda, em meio à crise, espaço para inovação. Na China, serviços de medicina on-line têm crescido durante a epidemia, transformando 1 setor dos mais refratários a mudanças.

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Fonte: Poder 360

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