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Em 2022, economia será a maior preocupação dos eleitores nas urnas

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economia – Se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria boas chances de vencer o pleito ainda no primeiro turno. É o que apontam boa parte das pesquisas de opinião. Num eventual segundo turno, a folga de Lula sobre os outros candidatos se mantém expressiva.

E isso depois dos escândalos do mensalão, do petrolão e de 580 dias na cadeia acusado de corrupção. Para boa parte da elite, que não simpatiza com o ex-presidente, parece algo difícil de entender. Mas, na verdade, é um fenômeno simples de analisar e consequência direta da Covid-19.

A pandemia, que já matou mais de 600 mil brasileiros, deixou um legado de inflação alta, miséria e desemprego. Embora o mercado de trabalho esteja se recuperando, o Brasil ainda tem 13 milhões de pessoas sem trabalho. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar o ano com alta perto de 10%. E a economia não cresce há pelo menos dois trimestres, o que configura recessão técnica.

Pesquisa do Instituto Datafolha aponta que a saúde voltou ao posto de principal preocupação dos brasileiros, com 24% das citações, o que não acontecia, até as eleições passadas, desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando acabou a hiperinflação. Ainda sob impacto da Operação Lava Jato, 2018 foi o ponto fora da curva com a corrupção no topo das preocupações.

Para o pleito do ano que vem, as menções espontâneas dos brasileiros aos problemas econômicos também impressionam. Logo após a saúde, vem desemprego (14%), economia em geral (12%), fome e miséria (8%) e inflação (7%). Se somarmos tudo isso, chegamos a 41%.

Isso significa que pelo menos 4 em cada 10 brasileiros estão preocupados apenas em sobreviver – à Covid e à devastação econômica provocada pela doença. Esses dados são totalmente condizentes com o fato de que 2/3 da população brasileira ganha menos de três salários mínimos.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sempre percebeu o impacto que a pandemia teria na economia. Mas, conforme especialistas em saúde pública e economistas, errou na condução de ambas. Demorou para comprar vacinas e continua fazendo propaganda contrária ao imunizante.

O mandatário também adotou uma postura belicosa particularmente com o Poder Judiciário, o que gerou insegurança e pesou no preço dos ativos econômicos. Com apoio do Congresso, burlou as regras fiscais, o que terminou de provocar o estrago. A bolsa brasileira caiu 12% este ano na contramão dos mercados globais.

Bolsonaro instituiu agora em dezembro um programa mais robusto de transferência de renda aos mais pobres, mas ainda é incerto se as pessoas vão efetivamente associar o Auxílio Brasil ao atual governo. Não ajuda o fato de o cartão do Bolsa Família petista ainda ser utilizado para sacar o dinheiro.

E é aí que Lula entra. ‘O ex-presidente vai sofrer muitos ataques dos adversários durante a campanha e dificilmente ganha no primeiro turno. Mas ele tem um recall muito positivo, daquele que colocava comida na mesa’, disse à coluna Mauro Paulino, diretor do Datafolha.

O ex-presidente vai tentar a todo custo esconder sua sucessora, a também petista Dilma Rousseff. Foi durante o governo dela que o país engatou numa grave recessão por causa do descalabro da gestão fiscal. Mas até agora nem Bolsonaro, nem os candidatos da terceira via convenceram de que podem ajudar mais aqueles que mais necessitam.

Veja os pré-candidatos à Presidência em 2022

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Jair Bolsonaro, atual presidente da República, se filiou em 30 de novembro de 2021 ao Partido Liberal (PL). Veja outros possíveis candidatos a presidente em 2022

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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e deve se candidatar pelo PT

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Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, provável candidato a presidente pelo PDT

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Sergio Moro, ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, pode se candidatar pelo Podemos, partido ao qual se filiou

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João Doria, governador de São Paulo, ganhou as prévias do PSDB para a definição de pré-candidato e concorrerá em 2022 pelo partido

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Rodrigo Pacheco cumpre o primeiro mandato como senador por Minas, é presidente do Senado, acabou de trocar o DEM pelo PSD e pode entrar na corrida pelo Planalto

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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que seu nome continua à disposição do União Brasil para concorrer à Presidência da República

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Alessandro Vieira cumpre o primeiro mandato como senador por Sergipe e pode ser candidato a presidente pelo Cidadania

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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e foi anunciada como a pré-candidata do MDB ao Planalto no dia 8 de dezembro de 2021

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José Luiz Datena, anunciou sua migração do PSL para o PSD

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Felipe d’Avila, pré-candidato do Partido Novo, à Presidência da República

Fonte: CNN Brasil

 

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