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Entenda por que aprovação de vacina da Pfizer no Canadá pode impedir início da imunização no Brasil ainda este ano

A afirmação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que a Pfizer poderia começar a vacinar contra a Covid-19 no Brasil ainda em dezembro, caso consiga uma autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dificilmente se concretizará, mesmo que o governo federal assine acordo com a farmacêutica americana nesta semana, como está previsto. Isso porque outros países largaram na frente e já garantiram doses do imunizante, comprometendo grande parte do estoque do produto.

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O Canadá aprovou nesta quarta-feira (9) a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19, tornando-se o terceiro país a autorizá-la, dias após a Inglaterra e o Bahrein. E nesta quinta-feira o imunizante poderá ser aprovado também nos Estados Unidos.

Um dia após dizer que a Anvisa levaria até dois meses para aprovar uma vacina contra a Covid-19, Pazuello mudou de tom e afirmou nesta quarta-feira que a imunização no país pode começar ainda em dezembro, em pequena escala.

— Se a Pfizer conseguir a autorização emergencial e nos adiantar alguma entrega, isso (o início da vacinação) pode acontecer no final de dezembro ou em janeiro. Isso em quantidades pequenas, de uso emergencial — afirmou o ministro à CNN Brasil, um dia depois de sofrer intensa pressão de governadores e prefeitos. — Isso pode acontecer com a Pfizer, com o Butantan (referindo-se à vacina CoronaVac), com AstraZeneca (vacina de Oxford), mas é foro íntimo da desenvolvedora, não é uma campanha de vacinação.

No caso da Pfizer, disse Pazuello, o primeiro passo é fechar o contrato com o governo, ainda em negociação. Depois, a farmacêutica precisa obter registro para uso na Anvisa e adiantar a entrega de sua vacina. Segundo o ministro, 500 mil doses chegariam em janeiro. O contrato em negociação prevê a aquisição de 70 milhões de doses pelo Brasil.

A Pfizer, no entanto, afirmou que só consegue entregar o produto ao Brasil em janeiro — já que países como Inglaterra e Canadá fecharam antes a compra e por isso levaram o imunizante mais cedo. E a Anvisa afirmou ao EXTRA que, “até o momento, não houve pedido de uso emergencial de vacina pela Pfizer” e, por isso, “não é possível falar em prazos”.

A Inglaterra já está vacinando idosos e profissionais da saúde contra a Covid-19 com a fórmula da Pfizer desde a última terça-feira (8). No Canadá, a previsão é que a imunização comece nos próximos dias.

Fonte: Yahoo Brasil 

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