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Ernesto Araújo e Wajngarten são convocados para a CPI

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Senadores que compõem a CPI da Covid aprovaram em bloco nesta quarta (5) requerimentos de convocação do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, de autoridades estaduais e representantes de laboratórios. Os dois serão ouvidos na próxima semana. A CPI também aprovou a convocação do secretário de Saúde do Amazonas, Marcelo Scampello, mas o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), não informou quando será o depoimento.

Na próxima terça (11), os senadores vão ouvir Wajngarten e a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez. Os depoimentos previstos para o dia seguinte são dos representantes da Fiocruz e do Instituto Butantan, respectivamente Nísia Trindade Lima e Dimas Covas. Na quinta-feira (13), serão ouvidos Araújo e o representante da União Química, responsável pela vacina Sputnik V no Brasil, Fernando de Castro Marques.

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Já hoje, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, será ouvido a partir das 10h, enquanto o presidente da Agência de Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, vai prestar depoimento às 14h. A intenção dos senadores que integram a CPI é montar uma linha do tempo com os fatos ocorridos ao longo da pandemia por parte das diferentes gestões do Ministério da Saúde, ouvindo um a um em ordem cronológica, mas o ex-ministro Eduardo Pazuello informou que não poderá comparecer devido a suspeita de covid-19, por ter tido contato com infectados. A presidência da CPI, então, determinou o adiamento do depoimento do ex-ministro para o dia 19 de maio.

Nesta quarta-feira, outros requerimentos também foram aprovados. Na terça-feira (11), além de Fabio Wajngarten, a CPI ouvirá Marta Dias, atual presidente da Pfizer no Brasil, e Carlos Murilo, que já ocupou esse mesmo cargo. Na quarta-feira (12), serão ouvidos Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, e Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Já na quinta-feira (13), além de Ernesto Araújo, a CPI agendou o depoimento do presidente da União Química, Fernando Marques – a União Química representa a vacina russa Sputnik V no Brasil, que teve sua aplicação negada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Também foram aprovadas audiências com Marcellus Campêlo, secretário de Saúde do Amazonas, e João Paulo Marques dos Santos, que foi secretário-executivo dessa mesma pasta. As datas destes depoimentos ainda serão agendadas pelo presidente Omar Aziz.

Teich

Nesta quarta, quem deu depoimento aos senadores da CPI foi o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, que respondeu às perguntas dos parlamentares por seis horas. Ele repetiu várias vezes que deixou o governo quando percebeu que não teria autonomia para fazer o que ele achava ser necessário para atravessar a crise, situação que se refletiu na discordância com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à cloroquina.

‘Essa falta de autonomia ficou mais evidente em relação às divergências quanto à eficácia e extensão do uso da cloroquina. Enquanto a minha convicção pessoal, baseada em estudos, era de que naquele momento não existia evidência para liberar, existia um entendimento diferente por parte do presidente, que era amparado na opinião de outros profissionais, até do Conselho Federal de Medicina. Isso aí foi o que motivou a minha saída. Sem a liberdade para conduzir o ministério conforme as minhas convicções, optei por deixar o cargo’, explicou.

Ainda sobre a cloroquina, após pergunta do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Teich disse não ter conhecimento sobre a fabricação do medicamento em laboratórios do Exército. Ele também negou ter distribuído a substância para comunidades indígenas e ter recebido ordem expressa do presidente da República para adoção do medicamento em todo o País. O relator insistiu, querendo saber se houve a distribuição do produto a partir do Ministério da Saúde. ‘Pode ter acontecido, mas nunca sob minha orientação, que era contrária. Estou falando isso porque sempre é possível acontecer alguma coisa. É uma máquina muito grande. Mas não era do meu conhecimento e, se tivesse sabido, não deixaria fazer’, garantiu. (Com informações da Agência Senado)

Fonte: O Estado CE Online

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