Um erro na interpretação de uma receita médica na rede pública de saúde de Brusque quase fez um paciente que necessitava de tratamento para alergia receber um medicamento para pressão arterial. O caso ocorreu na última quinta-feira (15).
Após mudanças alimentares, Robson Galvan, morador do Centro, buscou a Unidade Básica de Saúde (UBS) tratar dos sintomas. Para tentar controlar o problema, foi receitado para ele o medicamento Loratadina, de dez miligramas. O problema é que ele acabou recebendo Lozartana, de 50 miligramas. Ele atribuiu o problema à uma má comunicação.
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‘Quando cheguei em casa e fui olhar o remédio da sacolinha, lembrei que minha mãe toma para controlar a pressão. Olhei na internet e não tomei’, relata.
Galvan afirma que sua pressão tende a ser baixa e o medicamento poderia baixar ainda mais a pressão. ‘Se eu tomasse esse remédio, poderia ter problema ou se outra pessoa, em outra situação, poderia ter o mesmo problema ou pior’, conta.
Segundo a diretora da Secretaria de Saúde, Camila Pereira, a grafia não chegou a ser o problema. ‘A gente vê que a receita está legível, mas se percebe que houve uma dispensação incorreta, inclusive, na miligramagem. A receita tem 10 (miligramas) e foi dispensado 50 miligramas’, disse ela.
Na dúvida, afirma Camila, o paciente pode e deve procurar o farmacêutico responsável e o indicado para os casos onde a receita está ilegível é que o volte ao médico para a emissão de um novo receituário.
Hoje, a rede dos postos de saúde é informatizada, mas a emissão de receita é de escolha de cada médico. O procedimento adotado pela maioria dos postos, segundo ela, é a impressão das receitas e o uso da versão escrita como uma segurança, caso o sistema esteja fora do ar.
Em média, por mês, são distribuídos mais de 1,9 milhão de medicamentos pela rede pública, em Brusque. Casos de erros como o relatado, segundo Camila, são incomuns.
‘Este tipo de reclamação, por incrível que pareça, eu nunca tive. Até interessante que a pessoa nos procure, pare que se possa saber o que houve. Se teve uma dispensação errada, está no sistema’, finaliza.
Fonte: ASVEM-PE