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Estudo sugere marco estratégico para desenvolvimento do Amazonas

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MANAUS – Um estudo denominado Marco Estratégico para o Desenvolvimento, apresentado na quinta-feira (19) pelo coordenador da Cinf (Coordenadoria do Sistema de Transporte e Logística, Infraestrutura, Energia e Telecomunicações) da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Augusto César Barreto Rocha, aponta que o desenvolvimento do estado do Amazonas passa por eixos estratégicos ramificados em ações voltadas para infraestrutura, produção e ciência e tecnologia.

O estudo foi apresentado em reunião de diretoria da Fieam, com a participação do secretário Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Jório Veiga.

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Augusto Rocha assinala que é preciso criar estratégias de desenvolvimento para o estado como saída do conformismo existente no cenário atual.

Ele cita como um dos desafios, por conta da Zona Franca de Manaus, o interior do estado carente de infraestrutura e com os custos logísticos e operacionais inviabilizados, junto com o conjunto expressivo de licenças e reservas ambientais, que dificultam os investimentos na produção do interior, sendo necessária para isso a delimitação de eixos estratégicos.

“Grande parte da problemática é que o interior está isolado do ponto de vista da infraestrutura e, com isso, existe um isolamento econômico, que é parte da reflexão. Entendemos que isso gera em todos nós uma inquietude que precisa ser transformada em ação, porque nós sabemos que não há solução, mas um conjunto de soluções que não será uma pessoa ou um projeto como esse que irá mudar, mas um conjunto de ações ao longo de muito tempo é preciso para gerar essa transformação”, afirmou o estudioso.

Rocha destaca ainda que, mesmo com os eixos estratégicos traçados, é preciso ter prioridades, senão os recursos serão dissipados.

O estudo foi realizado em parceria com o professor da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Sandro Breval. Augusto Rocha, que também é professor da Ufam, e Beval fizeram a compilação por meio de modelos matemáticos de toda a produção intelectual e científica já produzida em artigos sobre a região amazônica e, a partir de cada grande tema citado na literatura, foram delineadas prioridades para o desenvolvimento do estado.

Augusto Barreto Rocha é um dos autores do estudo apresentado ao secretário da Seplancti e empresários (Foto: Divulgação)

“Não fomos nós que escolhemos os temas. A literatura científica produzida sobre a região verificou que existem essas preocupações. Com isso, delineamos possíveis caminhos que a literatura científica aplicou para a região, porque existe uma discussão muito grande se a academia produz algo sobre Amazônia, e existe a produção sim, de maneira muito expressiva, mas existe uma dificuldade de fazer uma transição entre o pensamento científico e a execução no mercado, isso é um problema do nosso país”, explicou Rocha.

Faz parte da reflexão sobre o desenvolvimento da Amazônia a lógica da floresta em pé. Segundo o coordenador da Cinf, é necessária a criação de uma indústria vinculada com a biodiversidade local, com a produção de alimentos, fitoterápicos e fito cosméticos, fruticultura, artesanato, mineração, culinária regional e tudo o que é mais possível com a floresta e com seu subsolo é fundamental.

Para Rocha, a culpa não está centralizada nos empresários, governo e nas universidades, mas em todos que, por falta de diálogo, métodos e marcos legais, não deixam essas interações fluírem.

“Temos que começar a nos mover para mudar a realidade, porque sem estratégia de mudança nós continuaremos da mesma forma, esperando que alguém de Brasília mude uma lei do jeito que gostaríamos ou fazendo pressão política para que não reduza tanto incentivo”, ressaltou Rocha,

Estudo x governo

Na ocasião, o secretário Jório Veiga confirmou a necessidade de se investir nos projetos apresentados por Rocha, alguns dos quais em andamento na Seplancti para o desenvolvimento do Estado. Mas afirmou que a secretaria que ele dirige não prevê, nem tem recursos para obra de infraestrutura.

De acordo com Veiga, há necessidade de ser seletivo na questão de infraestrutura, porque os recursos tanto do Brasil quanto dos Estados, pelo menos na sua grande maioria, são muito escassos.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/09/04/proposta-de-reforma-tributaria-do-senado-pode-incluir-duplo-iva/

“Os desmandos cometidos ao longo da maioria dos governos, as prioridades que foram dadas chegaram a um ponto que não temos nem 1%, 1,5% do PIB para investir no País ou no estado, pelo contrário, temos um déficit anual que se acumula e, enquanto não se reverter isso, vai ser muito difícil melhorar a infraestrutura como a gente precisa, nós precisaríamos ter três vezes o que está sendo investido para poder começar a trabalhar de uma maneira adequada na infraestrutura”, disse Veiga.

O diretor adjunto da Fieam, Newton Viguetti, também citou a necessidade do desenvolvimento da matriz energética como fundamental para os três pilares do desenvolvimento.

“Temos grandes poços de gás natural aqui, então, se houvesse um projeto de precificação do gás, geração de energia elétrica por meio de termelétricas e a queima de gás natural, poderíamos até classificar em algumas situações tecnológicas como uma energia limpa subsidiada dentro do próprio Estado com os recursos, e aí teríamos condições de alavancar a infraestrutura em produção, ciência e tecnologia”, observou Vighetti.

Fonte: Amazonas Atual

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