O Estadão entrou em contato com farmacêuticas que trabalham com essas medicações e solicitou posicionamento sobre o uso das substâncias. Vitamedic e EMS não se posicionaram sobre a ivermectina, assim como a Eurofarma, que preferiu não comentar sobre o uso da azitromicina. Em nota, o laboratório Aché, que tem azitromicina em seu portfólio, informou que “valoriza e respeita a prescrição médica, recomendando que nenhum medicamento seja administrado pelo paciente sem a orientação do médico”.
Veja também: Nutriex adquire PharmaScience e reforça portfólio de vitaminas
Sobre a nitazoxanida, a FQM Farmoquímica, detentora do registro do medicamento Annita, também recomenda que o medicamento seja tomado só com indicação médica. Em relação aos estudos, disse ter apoiado iniciativas que seguem formalidades científicas e que em uma 1ª fase, “dados bastante positivos comprovaram a ação antiviral da nitazoxanida contra o vírus SARS-Cov2 (amostras do vírus circulante no Brasil) em estudos in vitro”.
Siga nosso Instagram
A farmacêutica disse que “os ensaios clínicos ainda não foram disponibilizados para conhecimento público por formalidades éticas”. Também informou que apoiou um estudo de fase 2 que foi concluído recentemente e que foi submetido para publicação em uma revista científica internacional, mas que os dados ainda estão em sigilo e serão divulgados quando a revista permitir.
“A FQM nesse momento está concentrando todos os seus esforços para a aprovação, execução e conclusão da fase 3, que permitirá às autoridades regulatórias e comunidade médica, as evidências científicas necessárias para disponibilizar o medicamento para tratamento da população com covid-19”. A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde e o da Ciência, Tecnologia e Inovações também solicitando um posicionamento, mas as pastas não responderam. (AE)
Fonte: Tribuna do Norte