EMS elaborou painéis com dicas de higienização e Aché promoveu doações para a Prefeitura de Guarulhos
Por meio de doações, pesquisas e campanhas, algumas farmacêuticas nacionais vêm realizando ações filantrópicas ainda tímidas no combate os impactos do novo coronavírus. Já os laboratórios estrangeiros aqui sediados, até o momento, não contemplam o Brasil em suas iniciativas ou mantêm ações muito tímidas. O Brasil é o sexto mercado mundial em vendas de medicamentos, de acordo com a IQVIA.
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Para ajudar os pacientes na continuidade do tratamento, as norte-americanas Eli Lilly e Bristol Myers Squibb (BMS) lançaram projetos para oferecer aos clientes dos Estados Unidos remédios a baixo custo ou gratuitos. A Lilly disponibiliza insulina ao custo de apenas US$ 35 mensais, mas a iniciativa permanece restrita ao mercado local. No ano passado, o laboratório posicionou o Brasil como alvo estratégico do programa de expansão na América Latina, com vendas superiores a US$ 200 milhões.
A BMS garante acesso gratuito a qualquer um de seus medicamentos de marca a pacientes que perderam recentemente emprego e seguro de saúde. O programa também inclui vouchers de cuidados contínuos para vários medicamentos auto-administrados. Nenhuma ação em prol do Brasil foi anunciada até o momento, embora o país tenha propiciado à farmacêutica a quinta posição no ranking Great Place to Work – que reconhece as melhores empresas para se trabalhar. Entre as representantes do canal farma, a empresa foi a mais bem colocada.
Já a dinamarquesa Novo Nordisk decidiu expandir seu programa de assistência ao paciente, para incluir profissionais afetados pela Covid-19. A companhia fornecerá um suprimento de insulina por 90 dias sem custo para quem perdeu o direito à assistência médica durante a pandemia. Por meio desse programa, mais de 50 mil pacientes nos Estados Unidos receberam insulina gratuita no ano passado. Mas o Brasil, onde a farmacêutica ultrapassou a casa de R$ 1 bilhão em faturamento, não é contemplado.
Brasileiras
Por aqui, algumas empresas nacionais estão fazendo sua parte. O Aché efetuou a doação de medicamentos – dipirona e paracetamol – para a organização filantrópica Amigos do Bem e para a Prefeitura Municipal de Guarulhos, que recebeu 33,9 mil unidades a serem distribuídas para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Essas doações fazem parte da primeira remessa e novos envios já estão programados.
Já a EMS lançou uma campanha de conscientização da população com foco na prevenção do novo coronavírus (foto), nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O laboratório também apoia o Hospital Israelita Albert Einstein na realização de dois estudos clínicos para checar a eficácia do uso de hidroxicloroquina isolada e de hidroxicloroquina associada à azitromicina no tratamento de pacientes voluntários diagnosticados com a Covid-19 e com pneumonia moderada ou grave. A empresa está fornecendo os medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina, além de destinar até R$ 1 milhão para projetos de pesquisa. A companhia decidiu ainda doar R$ 1 milhão ao Governo do Estado de São Paulo, para a aquisição de respiradores, monitores e insumos.
A Hypera Pharma, proprietária da Brainfarma, localizada do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), doou 20 ventiladores pulmonares para a prefeitura da cidade.
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