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Farmácia de Alto Custo de Piracicaba tem falta de insulina de ação rápida há duas semanas

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Moradores de Piracicaba (SP) relatam dificuldades em encontrar Insulina Asparte na Farmácia de Alto Custo do município e que, não raramente, são instruídos por médicos para comprá-la, evitando que fiquem sem este medicamento.

Gean, um garoto de 14 anos, tem um tipo específico de diabetes e usa um medicamento de ação rápida, três vezes ao dia. Ele, que está com a glicemia alta, enfrenta problema com a falta da insulina na Farmácia de Alto Custo. ‘Sinto fadiga, muita sede e vontade de ir sempre ao banheiro’.

O pai de Gean, Denis da Silva Santos, revela que devido à situação, que dura mais de 15 dias, precisa ficar constantemente junto ao garoto para uma eventual emergência. Para contornar o problema, Santos está comprando a insulina, mas ressalta que é um custo que pode prejudicar o orçamento mensal da família.

‘Espero que seja resolvido, porque parece um descaso da parte deles. Aconselharam-me a comprar [o medicamento], mas não é toda vez que podemos’.

Outra insulina

À produção da EPTV, filiada da Rede Globo, uma atendente da Farmácia de Alto Custo de Piracicaba disse que a insulina Asparte vai ser substituída por outra, mas não informou quando isso deve acontecer.

‘A farmácia não vai mais receber a Asparte. O princípio ativo dela [da outra insulina] é diferente da Asparte, mas a ação é a mesma, nós estamos pedindo aos pacientes verem com os médicos se autorizam esta insulina, se o médico autorizar, você tem que vir até a farmácia com a receita e fazer a troca’, disse ao telefone.

O medicamento

A Asparte é utilizada por pessoas que tem diabetes 1 e 2, ajuda a controlar a glicemia, que é a quantidade de açúcar no sangue, explica o médico endocrinologista Fernando Sebastianes.

‘A Asparte abaixa a glicemia de forma mais rápida do que a insulina regular, além de ser mais cômoda para ser utilizada, porque não precisa ser aplicada com um intervalo muito grande antes da refeição’.

Sebastianes alerta, ainda, que os pacientes precisam ficar atentos se esta troca de insulina não vai levar a episódios de hipoglicemia.

O que diz o Estado e Governo Federal

A Secretaria de Estado da Saúde disse que a insulina, que apesar de fazer parte dos medicamentos de alto custo do Estado, sua aquisição e distribuição é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

A pasta disse, também, que atualmente não tem a Asparte com validade adequada para o consumo dos pacientes e que as válidas já foram distribuídas em maio.

Ressaltou, ainda, que cobra o reabastecimento ao Governo Federal, no entanto, o ministério não deu data para uma nova entrega. A reportagem cobrou uma posição do Ministério da Saúde, que não retornou o questionamento até o fechamento desta matéria.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/sp-amplia-suprimento-em-farmacia-de-alto-custo-para-proteger-vulneraveis-a-coronavirus/

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