A Fiocruz anunciou que está realizando, nesta terça-feira, a entrega de 1,7 milhão de doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. Segundo o órgão, 50 mil unidades do imunizante serão repassados diretamente ao estado do Rio, enquanto as restantes ficarão sob responsabilidade do Ministério da Saúde, que fará a distribuição para os outros estados. Esse é o primeiro repasse da vacina feito pela fundação em duas semanas, o que levou pelo menos cinco capitais a registrarem falta do imunizante, incluindo a cidade do Rio.
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De acordo com a Fiocruz, novas entregas de doses serão realizadas ainda esta semana. A entidade, contudo, não confirmou o montante que será encaminhado aos estados nos próximos dias. “Os quantitativos e datas serão informados à medida em que forem concluídas as análises do controle de qualidade”, informou a fundação, acrescentando que já disponibilizou 93,6 milhões de doses de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A Fiocruz afirmou ainda que os repasses semanais estão garantidos pelo menos até o fim do mês. Para prosseguir com o cronograma, entretanto, o órgão depende da chegada de novas remessas do chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), utilizado na produção do imunizante.
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“A instituição realiza a liberação das vacinas ao Ministério da Saúde, que as distribui para os estados e estes aos municípios, cabendo aos gestores a decisão sobre o uso das doses”, concluiu a Fiocruz.
A falta de doses da Astrazeneca em estoque levou a Secretaria municipal de Saúde do Rio a adotar a intercambialidade vacinal, com a segunda dose sendo substituída por aplicações da Pfizer. Essa estratégia, porém, afetou o calendário de vacinação de adolescentes, já que a única marca liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para menores de idade é justamente a da Pfizer.
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A escassez de AstraZeneca também foi sentida nas polícias Civil e Militar, que, apesar de uma decisão da Secretaria estadual de Saúde que autorizar a combinação, comunicaram a seus agentes que a imunização com a segunda dose da vacina realizada nos batalhões está suspensa no momento. A informação consta nos boletins internos das corporações desta última quinta-feira, sem previsão de retomada.
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Segundo o informativo da PM, a paralisação se dá “devido à não chegada dos insumos na Secretaria Estadual de Saúde”. A corporação diz que os agentes que já estiverem na data para completar o esquema vacinal podem buscar por atendimento em postos de saúde fora dos batalhões, apresentando o comprovante na corporação.
Fonte: Extra online
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