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Grupo Tapajós investe em CX como estratégia de crescimento no Canal Farma

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As grandes redes do varejo farmacêutico brasileiro concentraram o maior faturamento do setor, principalmente após fusões e aquisições que ocorrem com frequência nos últimos anos. Daqui para frente, cada vez mais as empresas grandes liderem os rankings de vendas, segundo a pesquisa “Farmácias e Drogarias: Mercado e Tendências”, realizada pelo Mundo do Marketing. Os principais players concentram-se na região sudeste com a Raia Drogasil e Drogarias Pacheco São Paulo.

Na região Norte, no entanto, o Grupo Tapajós, surge como uma das 12 maiores redes de farmácias do país. Para se destacar ainda mais no setor, a companhia quer acelerar seus processos de transformação e se posicionar como um hub de saúde digital. E um dos alicerces desse plano é a formação de uma nova estrutura de Marketing. Mais encorpado, o departamento passa a reunir 14 profissionais dedicados a estratégias de trade marketing, mídia on e off-line e gerenciamento de categorias.

A iniciativa é capitaneada por Fernando Ferreira, Diretor Comercial, de Marketing e Consumer Experience do grupo. “Ao reforçar essa divisão na rede, procuramos estabelecer uma mescla entre talentos internos, com profundo conhecimento do mercado onde atuamos, e profissionais com bagagem em outros segmentos do varejo”, ressalta.

Aquisições e contratações

Um dos reforços é o de Rafael Medeiros. O novo head da área acumula 18 anos de experiência no setor, dos quais 14 no Grupo DPSP – vice-líder do varejo farmacêutico nacional. O executivo integrou o processo de reorganização da divisão de Trade Marketing do grupo, depois da fusão entre Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco. A companhia também incorporou ao seu quadro de colaboradores os coordenadores Helen Correa e Erlan Bindá.

Com 23 anos de carreira, Helen tem uma ampla vivência no segmento de shopping centers, com passagens pelas gestoras brMalls, responsável por 31 estabelecimentos em 12 estados; e a JHSF, que administra complexos como o Shopping Cidade Jardim, em São Paulo (SP). Já Bindá tem pouco mais de dez anos de experiência e atuava na Bemol, tradicional rede de lojas de departamento baseada em Manaus (AM) e que também investe no varejo farmacêutico.

“A Tapajós vive um ritmo de transformação evidente, apostando em tendências como a da marca própria, parcerias com moedas digitais e aplicativos de entrega. E ter chegado ao primeiro bilhão de faturamento no ano passado ajuda a respaldar os novos projetos, que mudarão a jornada do consumidor e a dinâmica do relacionamento com fornecedores e a indústria farmacêutica”, observa.

Veja abaixo a entrevista com Fernando Ferreira, Diretor Comercial, de Marketing e Consumer Experience do Grupo Tapajós.

Mundo do Marketing – Para onde estão direcionados os esforços em Marketing da empresa?

Fernando Ferreira: Em 2022, o Grupo Tapajós planeja manter firme a sua posição de maior empresa de varejo/atacado farmacêutico na Região Norte, investindo em frentes como hub de Saúde (vacinas, atenção farmacêutica, Relacionamento com a classe médica, entre outras ações) e expandir a marca Flex Farma por meio de mais de 100 novas lojas no modelo de franquia

Mundo do Marketing – Como a Tapajós enxerga seu papel na responsabilidade social?

Fernando Ferreira: Com mais de 115 lojas  e 1,5 milhão de clientes atendidos mensalmente, a empresa sabe do seu papel na sociedade como agente de promoção de saúde e qualidade de vida. Com essa premissa, apoiamos iniciativas locais e nacionais. A empresa é ainda sinônimo de inclusão, tendo em cargos de lideranças uma diversidade de perfis

Mundo do Marketing – Como foi a atuação da empresa na pandemia?

Fernando Ferreira: Com 50% de share no mercado farmacêutico em Manaus, cidade que sofreu terrivelmente com a pandemia no primeiro trimestre de 2021, a empresa manteve sua operação funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, servindo a população no seu momento mais difícil, com a logística complicada da região. Optamos pelo modal aéreo para encurtar o tempo de abastecimento sem repassar nenhum custo para os itens de prevenção da Covid-19. Também fizemos uma doação de mais de R$ 1,5 milhão para os governos locais (máscaras , álcool em gel , medicamentos etc…) e disponiblizamos produtos aos mais de 800 clientes do atacado nas mais distantes cidades do interior do Amazonas

Mundo do Marketing – Qual é o trabalho que a Tapajós vem realizando em Consumer Experience?

Fernando Ferreira: Investimos mais de R$ 500 mil para treinamento da equipe de 1,5 mil colaboradores, de forma presencial e por meio da sua universidade coorporativa; Criamos uma loja no modelo Flag Ship, exclusivo na nossa região de atuação e com 15 mil SKUs. Ativamos parcerias com empresas de last mile como o iFood, e passamos a oferecer uma experiência diferenciada de compra para os consumidores que desejam optar pela  delivery. Em janeiro de 2022 o site da empresa passa a operar com e-commerce, tudo isso monitorado dia a dia com NPS nas lojas

Mundo do Marketing – Na questão de e-commerce como está o trabalho de vocês? Qual a maior dificuldade hoje?

Fernando Ferreira: O site demorou pra ficar pronto, escolhemos os melhores fornecedores  para que a navegabilidade fosse incrível, com uma compra ágil e que demandasse poucos cliques. A maior dificuldade é gerenciar os estoques para que tudo que ofertamos no site seja entregue sem ruptura e no menor tempo

Mundo do Marketing – Quais são os planos de expansão da Tapajós para 2022?

Fernando Ferreira: Em 2022 o grupo deve crescer organicamente mais de 15% em número de lojas na bandeira Santo Remédio; e mais de 100 lojas no modelo franquia com a bandeira Flex Farma (inicialmente focando apenas na geografia que já tem CD’s  nos estados do AM, PA, RR e RO )

Mundo do Marketing – Como a rede avalia o crescimento do setor no próximo ano?

Fernando Ferreira: 2022 será um ano com um primeiro trimestre bem menos intenso que 2021. Haverá um forte aumento de preços de medicamentos (acima de dois digítos), com a taxa Selic próxima a 10%. Os investimentos em expansão no setor devem arrefecer, as empresas devem se voltar pra ganhos na sua operação. Isso envolve melhora produtividade, reduzir custos e buscar margem com itens por exemplo de marca própria.  Algumas  drogarias que abriram durante o boom da pandemia podem passar por dificuldade, o que exige uma preocupação maior dos distribuidores com risco de inadimplência.  O crescimento deve ficar entre 10 e 12%.

Fonte: Mundo Marketing

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/vendas-de-antigripais-disparam-nas-farmacias/

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