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Kit de higiene ganha impulso no mercado com Covid-19

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Depois de três longos anos de pesquisa e desenvolvimento, o médico e empresário mineiro Helton Martins realizava, em dezembro do ano passado, o sonho de ver o seu produto nas prateleiras de drogarias e supermercados de Minas Gerais. Ele não imaginava, no entanto, que o Opclean – um kit de higiene íntima composto por luvas descartáveis, protetor de assento descartável, sabão líquido e solução de enxágue, além de uma toalha – logo depois ganharia um impulso inesperado: a pandemia do Covid-19.

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A fábrica, localizada em Belo Horizonte, tem capacidade para produzir 20 mil kits por mês e pode ampliar essa capacidade em curto espaço de tempo. A empresa tem recebido crescentes pedidos de vários estados, especialmente das regiões Nordeste e Centro-Oeste.

“A ideia do kit veio em 2016, depois de uma viagem. As pessoas passam muitas dificuldades, principalmente nas estradas, para fazer uma higiene satisfatória. Passamos muito tempo no desenvolvimento desse produto, desde a garantia da qualidade do ponto vista da higiene, da segurança do consumidor e da usabilidade dos produtos, até detalhes do negócio – como embalagem e distribuição. Participamos de vários programas de aceleração, visitamos muitos possíveis parceiros, fomos recebidos por grandes indústrias para entender o processo produtivo, mas jamais imaginamos que uma pandemia aconteceria e poderia impulsionar as vendas nessa fase de lançamento”, explica Martins.

A formulação sem álcool e dermatologicamente testada pode ser utilizada por adultos e crianças. Por não ser apenas um lenço umedecido – que muitas vezes traz álcool ou alguma substância oleosa em sua composição -, o produto, que oferece sabão e uma fórmula enxaguante, vem chamando a atenção das redes de drogarias e supermercados.

“Os lenços umedecidos cumprem uma função muito importante, mas diante de uma pandemia causada por um vírus eles não oferecem a limpeza e proteção necessárias. Não é para todas as situações, especialmente em relação às crianças, que não podemos utilizar produtos a base de álcool ou o próprio álcool em gel. Nós precisamos de água e sabão para enfrentar essa doença”, pontua o médico.

Atualmente, a linha de produção na Capital reúne seis colaboradores diretos, mas outras seis empresas participam do projeto direta ou indiretamente. Parte da produção é feita em São Paulo por terceirizados. O investimento calculado ao longo do projeto é de R$ 200 mil. Outros dois produtos já estão em fase de ideação.

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“Temos uma mão de obra muito bem formada em Minas Gerais, mas precisamos apoiar mais os novos empreendedores. Participei de muitas jornadas empreendedoras mas todo mundo quer saber de algo já estruturado. Quando o projeto ainda está na fase da ideia é muito difícil conseguir apoio. Por vezes tenho a impressão de que as empresas mineiras não têm ambição de crescer, estão satisfeitas. Mas seguimos, o empreendedorismo está no nosso sangue e temos boas pessoas para trabalhar aqui”, desabafa o empresário.

Fonte: Diário do Comércio

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