Liberação de Sputnik V está à espera de documentação do fabricante, diz Barra Torres à CPI
Sputnik V – A segunda semana de depoimentos na CPI da Pandemia começou nesta terça-feira (11) com o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. Durante quase seis horas ele foi questionado pelos senadores principalmente sobre o processo de aprovação de vacinas no Brasil. Os parlamentares demonstraram especial interesse nas negativas da agência reguladora para o uso dos imunizantes Sputnik V, da Rússia; e Covaxin, de origem indiana.
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Em relação à vacina russa, a Anvisa está com a análise parada, segundo Barra Torres, para que o fornecedor, por meio de seu representante, a União Química, forneça uma série de informações que estão faltando.
– É muito importante que se entenda que esse processo de interrupção ou de negativa da autorização excepcional de importação não deve somar a esta marca Sputnik V um pensamento negativo. Isso faz parte do processo […] O que conclamo é que, tão logo essa situação seja resolvida, não se credite a essa vacina nenhuma característica ruim. Nossa preocupação é que, amanhã ou depois, a nossa população tenha receios. Não é essa a nossa intenção – afirmou, lembrando que não cabe à Anvisa fazer a análise laboratorial de imunizantes, mas da documentação apresentada pelo desenvolvedor.
O presidente da Anvisa negou que tenha sofrido algum tipo de pressão do governo sobre o assunto e ressaltou que se trata de uma situação puramente regulatória, que não pode e nem deve prejudicar a boa relação entre Brasil e Rússia.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou que a vacinação segue normalmente na Argentina, sem que se tenha notícias de maiores efeitos adversos. Ele disse esperar que a Anvisa possa liberar a Sputnik V o quanto antes. Além dele, outros representantes do Nordeste, como os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE), questionaram o panorama apresentado pela testemunha em relação ao uso da Sputnik V em outros países. O Consórcio do Nordeste tem estado à frente da busca de autorização da Sputnik V para aquisição e imunização da população. Rogério Carvalho chegou a levantar a hipótese de um preconceito contra o imunizante pelo fato de ser russo.
Fonte: Jornal do Dia