Fuja do álcool em gel caseiro: mistura pode ser perigosa

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álcool em gelÁlcool em gel – A população está apostando alto para se ver livre do novo coronavírus. E, com a falta do álcool em gel e máscaras nos supermercados e farmácias, começaram a surgir receitas caseiras – e perigosos. Ontem, a atriz Maitê Proença postou em seu Instagram um vídeo em que ensina a fazer um suposto um álcool em gel caseiro. O Estado de Minas ouviu dois especialistas para tirar dúvidas sobre o tema. E eles são enfáticos: receita caseira para reproduzir álcool em gel não funciona e ainda pode ser perigosa. O vírus é desconhecido e o uso inadequado do álcool pode deixar de ser uma arma de proteção contra ele e causar efeito contrário, como a potencialização infecções, alergias e erupções cutâneas.

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“Esse não é o da rua, do camelô, que não se sabe como foi feito. Esse será feito por você, usado vasilhas limpas e os melhores ingredientes que você tiver à mão. E, por favor, leia bem as observações que seguem a receita.”, escreveu Maitê. Os ingredientes usados são: uma porção gel transparente de cabelo e quatro a seis porções de álcool. Em apenas duas horas, o vídeo tinha 25,1 mil visualizações. E aí? Dá certo?

O professor titular da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Gerson Pianetti, é enfático na resposta: não funciona e não é recomendado repetir a fórmula indicada pela atriz. “O álcool em gel se tornou a estrela da temporada, mas acontece o seguinte: o vírus tem uma capa de gordura. E, para matá-lo, é necessário ‘furar’ essa capa de gordura. Quando você lava as mãos com o sabonete líquido, com o sabonete embarra e até com shampoo, o vírus é eliminado. O mesmo funciona com o álcool em gel”, disse o professor. O especialista explica que o álcool em gel é manipulado em um espaço isento da contaminação de qualquer micro-organismo e que nenhuma receita caseira deve ser reproduzida. “É completamente irresponsável publicar esse tipo de vídeo. Imagine o quanto esse material de cozinha dela pode estar contaminado”, disse.

professor Márcio de Matos Coelho, que também trabalha na Faculdade de Farmácia da UFMG, explica que agências regulatórias não trazem orientações nem recomendam que a população faça o produto em casa. “As substâncias gelificantes geralmente só são encontradas em distribuidoras de produtos químicos e não no mercado tradicional. O preparo do álcool gel deve ser feito de forma correta para que a atividade antimicrobiana aconteça”, disse.

Já o médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Lucas Miranda afirma que o grande problema na manufatura caseira desses produtos se apoia em duas questões: “Primeiro, pode causar algum dano à pele, como dermatites irritativas. E, segundo, pode não propiciar defesa adequada aos microrganismos. A concentração de álcool, a estabilidade química, o tempo de evaporação do ativo são variáveis que impactam diretamente na eficácia do produto. Estamos em uma época crítica e seria arriscado demais usar substâncias não comprovadas para evitar propagação da epidemia”, disse. Ainda de acordo com ele, a mistura apresentada pela atriz além de ser potencialmente ineficaz, pode causar incidentes como irritação da pele e mucosas e queimaduras de diversos graus.

Também viralizou nas redes sociais uma receita usada com gelatina transparente. O farmacêutico Gerson afirma: “A gelatina é apenas uma das maiores fontes de contaminação de micro-organismos” E receitas usando vinagre de álcool e vinagre de maçã? Gargarejos com chá de erva cidreira? Limão com vinagre e bicarbonato para lavar as mãos? Nada disso é recomendado pelos especialistas. “Não temos nenhuma comprovação científica. Trata-se de vírus novo, não se sabe se pode causar algum problema”, disse Gilson. Especialistas ainda atentam que o álcool em gel caseiro em vez de ser uma arma de proteção contra o coronavírus e pode causar efeito contrário, potencializando infecções, alergias e erupções cutâneas. “O efeito, em vez de positivo, pode ser totalmente reverso, causando irritações, inflamações, queimaduras, dentre outros. Às vezes, pode acontecer de não apresentar nenhum efeito colateral, mas não culminará em uma proteção efetiva contra o coronavírus”, acrescentou o dermatologista.

Dicas

Muito ainda se perguntam sobre o uso do álcool líquido. Segundo o dermatologista, ele não deve ser aplicado nas mãos, mas usados na higienização dos ambientes, como também a água sanitária, desinfetantes em geral, limpadores multiuso com cloro, detergente e sabão. “O álcool em gel reduz o número de micro-organismos em nossas mãos. Contudo, a água e o sabão, além de atuarem nesse processo, são essenciais para retirar a sujeira visível. A recomendação é a seguinte: há sujeira visível nas mãos? A conduta é sempre lavar com água e sabão. Não há sujeira visível nas mãos? A melhor opção é água e sabão. Caso não esteja disponível, use álcool em gel”, afirma o dermatologista Lucas.

Mas, e se não tiver álcool para desinfetar um corrimão, por exemplo? Água sanitária, desinfetantes em geral, limpadores multiuso com cloro, detergente e sabão são ótimas pedidas para a realização da limpeza de ambientes. “O Ministério da Saúde recomenda, no caso da água sanitária, a solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies”, acrescentou o dermatologista.

Confira o rótulo

Ana Raquel Lelles*
A maneira mais eficaz de combater o coronavírus todos já sabem: lavar as mãos com água e sabão. Entretanto, o uso do álcool para se proteger é muito comum. Afinal, você sabe como usar o produto para evitar a contaminação por coronavírus?   Ao comprar a mercadoria contendo álcool, é importante ficar atento à quantidade de álcool na composição. Segundo o professor da Faculdade de Farmácia da UFMG, Márcio de Matos Coelho, o item com a porcentagem entre 60% e 70% é o mais indicado no combate ao coronavírus. Uma quantidade menor pode não ser efetiva e maior pode causar irritações na pele. “É importante que uma parte da mistura seja composta de água para que a seja facilitada a entrada do álcool nos micro-organismos e a desnaturação de suas proteínas e para que a volatilização (evaporação) seja menos rápida, permitindo maior contato”, afirma o professor.
Há duas maneiras de calcular a quantidade de álcool no produto: °GL e %INPM. O primeiro é uma abreviação de Gay Lussac e aponta a quantidade, em graus, de álcool por volume. Já o segundo é a forma reduzida para Instituto Nacional de Pesos e Medidas e mostra a porcentagem desse componente por gramas. “A diferença é pequena entre as duas formas de indicação da proporção. Por exemplo: álcool 90 °GL corresponde a aproximadamente álcool 87,8 %INPM”, afirma o farmacêutico. Além disso,é comum os rótulos mostrarem a quantidade de álcool no produto nas duas versões. *Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho

 

Fonte: Estado de Minas

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Falta de medicamento no SUS para artrite reumatoide grave preocupa portadores da doença

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A previsão do próprio Ministério da Saúde de que 57 mil pacientes poderiam ficar sem o medicamento Adalimumabe se confirmou. O remédio utilizado no tratamento para doenças reumatológicas, dermatológicas e inflamatórias intestinais é mais um dos medicamentos em falta no Sistema Único de Saúde.

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A aposentada Rosilene Fernandes, de 57 anos, relata a falta do medicamento e teme o retorno das dores no corpo. Segundo ela, uma caixa com duas ampolas custa R$ 8 mil.

“Eu tenho que tomar essa injeção de 14 em 14 dias, eu esperei um pouco além, a partir do momento que eu comecei a sentir os sintomas de novo eu tomei injeção. Eu tenho doença auto imune e isso gera em mim dores terríveis, são dores incapacitantes e eu tomo essa medicação para eu ter uma melhor qualidade de vida. Só de imaginar ficar sem essa medicação eu entro em pânico.”

O Ministério da Saúde já comunicou que não realizou a compra do medicamento por questões administrativas e que a regularização no abastecimento está prevista para acontecer em outubro deste ano. Ainda de acordo com a pasta, eles conseguiram uma doação de 2.002 unidades e assinaram um contrato aditivo, que garante o abastecimento neste primeiro semestre.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informa que aguarda a entrega do medicamento pelo Ministério da Saúde e orienta que os pacientes informem ao médico a indisponibilidade do medicamento em âmbito nacional para que seja avaliada a possibilidade de tratamento com outros medicamentos.

“Quanto ao Adalimumabe 40MG (frasco ampola), em março e abril de 2021, a SES-MG recebeu do Ministério da Saúde o quantitativo suficiente para atendimento a 100% da demanda do estado. A distribuição do mês de abril para as Farmácias Regionais do Estado já foi autorizada pela SES-MG e os pacientes podem acompanhar as informações atualizadas quanto à disponibilidade do item nas unidades por meio do Aplicativo MGAPP”, completou em nota.

Fonte: Itatiaia

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Siglas dos medicamentos de A a Z

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Medicamentos – Em meio à rotina atribulada da farmácia, memorizar as siglas dos medicamentos pode se tornar uma tarefa bem indigesta e comprometer o atendimento. Mas o que acha de registrá-las em um papel ou no seu celular para garantir uma dispensação rápida e sem riscos?

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A indústria farmacêutica utiliza boa parte das siglas para designar como o remédio vai agir no organismo. Alguns medicamentos liberam o princípio ativo diretamente no intestino, enquanto outros são desenvolvidos para permitir um intervalo maior entre as doses e facilitar a adesão ao tratamento. Confira as principais abreviações e faça sua colinha!

  • AP (Ação Prolongada)
  • CD (Controlled Diffusion): controle da liberação do princípio ativo.
  • CLR (Crono-Liberação Regulada)
  • CRT (Controlled Release Tablet): Comprimido de Liberação Controlada
  • DEPOT: Ação Prolongada
  • DI (Desintegração Instantânea
  • DL: Desagregação Lenta
  • DURILES: Desintegração Equilibrada
  • HFA: sistema de aerossol ou spray (bombinha) que utiliza hidrofluoroalcano como gás propelente
  • LA (Long Acting): Ação Longa
  • LP (Liberação Prolongada)
  • ODT (Orally Disintegrating Tablet or Orally Dissolving Tablet): Comprimido de Desintegração Oral
  • OROS: Sistema Oral de Liberação Osmótica
  • PLUS: Algo Mais ou Dosagem Mais Forte
  • REPETABS: Tablete Duplo de Repetição
  • RETARD: Ação Retardada
  • SA (Sustained Action): Ação Mantida
  • SL (Sub-Lingual): Feldene SL®
  • SPANDETS: Comprimido Especial de Liberação Controlada
  • SR (Sustained Release): Liberação Sustentada/Prolongada
  • SRO (Sustained Release Oral)
  • TTS (Transdermal Therapeutic System): Sistema Terapêutico Transdérmico
  • UD (Única Dose)
  • XR (eXtended Release): Liberação Estendida

Fonte: Assistência Farmacêutica Avançada

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Grupo de Médicos bolsonaristas espalha outdoors sobre “cura” da Covid-19

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Covid – Apoiadores de Jair Bolsonaro (Sem partido), o grupo Médicos pela Vida, que prega o uso de cloroquina, espalhou cerca de 30 outdoors em Feira de Santana, na Bahia, dizendo que a “Covid tem cura”.

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“Procure seu médico e peça tratamento precoce”, diz a peça publicitária, que ressalta ainda “milhões de pessoas curadas”.

O tratamento precoce com o chamado “kit Covid”, que inclui além da cloroquina o vermicida ivermectina, não tem comprovação científicia e, mesmo sem ser usado em lugar algum do mundo, é uma das principais bandeiras de Bolsonaro.

Segundo reportagem do portal Uol, os outdoors na cidade baiana teriam sido financiados pelo médico Eduardo Leite, que foi candidato a vereador em 2020 pelo Patriota.

Leite é um dos coordenadores do grupo de médicos que já foi recebido por Bolsonaro no Planalto e é cortejado pelo presidente. À reportagem, ele negou que tenha sido o responsável pela ação publicitária, mas confessou que fez um cartão idêntico ao outdoor que é distribuído pela cidade.

“Um empresário me ligou perguntando se eu autorizava fazer outdoor com o cartão. Eu disse que não tinha problema nenhum”, conta. “Então ele fez um grupo de WhatsApp chamado Unidos pelo Tratamento Precoce e me colocou lá com vários empresários. Uns 30% deles já foram tratados por mim.”

Funtrab oferta 256 vagas na capital

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A Fundação do Trabalho está com 256 vagas de emprego disponíveis nesta terça-feira (27). A maioria das vagas está destinada para atuação na área da construção civil e serviços gerais.

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Ajudante de serralheiro, camareira de hotel, costureira em geral, frentista, mecânico, motorista de carreta, operador de caixa, vidraceiro, estágio para engenharia elétrica e farmacêutico estão entre as vagas disponíveis.

Uma vaga para assistente de vendas está disponível para pessoa com deficiência (PcD). A orientação da Funtrab é que esses candidatos entrem em contato com o setor de serviço social de segunda a sexta, das 7h30 às 13h30 pelo telefone 3320-1385.

Para os candidatos às vagas convencionais a recomendação é  realizar o agendamento via aplicativo MS Contrata +.

O objetivo de agendar previamente é evitar aglomerações e prevenir o contágio da Covid-19.

Confira o detalhamento de todas as vagas aqui.

Fonte: Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

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PJF convoca 34 farmacêuticos

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Farmacêuticos – A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulgou mais uma lista de convocação para a contratação imediata e temporária de profissionais da saúde em virtude da pandemia da Covid-19. Desta vez, foram chamados 34 farmacêuticos aprovados no concurso público regulamentado pelo edital nº 04/2016. O documento foi publicado nos Atos do Governo desta terça-feira (27) e está disponível para consulta no site da PJF.

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Os convocados deverão comparecer à sede da PJF (Avenida Brasil 2001, 8º andar, Centro) nesta quarta-feira (28). Eles foram divididos em grupos e deverão se apresentar no horário indicado pelo documento: 9h30, 10h ou 10h30. Na ocasião será necessário apresentar documento de identificação com foto.

De acordo com a PJF, os candidatos manterão a classificação no concurso independente de assumirem ou não a vaga temporária.

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Fonte: Tribuna de Minas

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Zambon diversifica áreas terapêuticas para crescer no Brasil

Zambon diversifica áreas terapêuticas para crescer no BrasilEnquanto outros players da indústria farmacêutica entraram na corrida por medicamentos e vacinas contra a Covid-19, a Zambon decidiu olhar para o que considera o futuro do setor. A companhia italiana, presente há mais de seis décadas no Brasil, apostou no caminho da diversificação de áreas terapêuticas, com foco em medicamentos especiais. Além disso, deu início a um plano de transformação digital para reorientar o relacionamento com farmácias, médicos e provedores de saúde.

E a pandemia serviu de aprendizado para acelerar essas mudanças. Depois de ampliar o faturamento acumulado em 65% nos últimos cinco anos, a farmacêutica adiou a meta de crescer 25% em 2020. Conviveu ainda com a queda de 40% em algumas classes do sistema respiratório, que totaliza 35% dos negócios com apoio de produtos como o Fluimucil®. Quarto maior mercado global da Zambon até o ano passado, o Brasil caiu para a sexta posição.

“Mais do que renovar o portfólio, entendemos a necessidade de mudar o modelo operacional e de atendimento aos nossos canais, investindo em ferramentas de contato virtual e em um formato de trabalho híbrido da nossa força de vendas, hoje em torno de 160 colaboradores”, comenta o CEO Rogério Frabetti.

Como parte dessa disrupção, a farmacêutica destinou R$ 25 milhões para o desenvolvimento e comercialização de quatro medicamentos, lançados nesses últimos três meses. A primeira novidade foi o Fisiogen Fort, linha de suplementos à base de ferro. A companhia também incrementou o segmento respiratória com o Filtrair, um pó de celulose que, aplicado no nariz, produz uma barreira protetora contra vírus, bactérias e alérgenos. “É um sucesso na Rússia, onde as vendas saltaram 226% durante a pandemia”, ressalta. Neste mês de abril, chegou ao mercado a Reform, que reúne suplementos alimentares para o tratamento de osteoporose e osteosarcopenia.

Doenças raras

Com uma participação consistente no segmento de Primary Care e 60% das vendas concentradas no varejo farmacêutico, a Zambon lança um olhar especial para as doenças raras e de alta complexidade. “Hoje, esses medicamentos respondem por 35% da operação, mas boa parte é reservada para as compras públicas. Nosso intuito é diversificar os públicos-alvo”, conta Frabetti.

O carro-chefe dessa estratégia é o Xadago (mesilato de safinamida), voltado ao tratamento do Mal de Parkinson e que propõe também combater os sintomas que dificultam a qualidade de vida do paciente. O novo fármaco será disponibilizado a partir de julho nas apresentações de 50 mg e 100 mg, e embalagens de 14 e 30 comprimidos. “Temos no radar mais dois lançamentos neste ano para doenças raras ligadas ao sistema nervoso central”, antecipa. Com esse ritmo, a empresa almeja crescer 20% em 2021.

Covid-19

A mobilização contra o coronavírus, no entanto, não passa despercebida. Em linha com seu modelo de inovação, a Zambon decidiu apoiar a Missão Covid, uma startup que conecta gratuitamente médicos voluntários e pessoas com sintomas da Covid-19. “Todo esse cenário exigiu uma completa reinvenção da indústria farmacêutica, um setor essencialmente conservador. Estamos mirando esse futuro, tanto que contratamos consultorias externas para nos ajudar nesse processo”, conclui.

Sobre a Zambo

Fundação: 1906
Chegada ao Brasil: 1960
Fábrica: planta em Barueri (SP)
Produção: 20 milhões de unidades/ano
Marcas: 13, em cinco áreas terapêuticas (dor, respiratória, saúde feminina, neurologia e distúrbios gástricos)
Colaboradores no país: 380

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Indústrias incentivam Fiocruz a abrir nova unidade e acelerar produção de vacina nacional

Com a promessa de governos estaduais e federal de produzir vacinas contra o coronavírus 100% brasileiras ainda neste ano, só podemos esperar que todas as fases necessárias para que isso se torne realidade sejam cumpridas com a maior presteza.

Veja também: Ambipar explica a logística reversa e o novo desafio das indústrias farmacêuticas

Para que isso ocorra, é fundamental a manutenção do prazo que prevê para agosto a fabricação do insumo farmacêutico ativo (IFA) nacional. Este é o grande gargalo, que nos torna dependentes de remessas chinesas e indianas e tem tornado o calendário de vacinação tão instável.

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São 17 vacinas em estudo atualmente no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. As maiores esperanças recaem sobre o Instituto Butantan, em São Paulo, e a Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Nesta última organização, a aposta é a nova planta, que já conta com todo o maquinário, mas ainda demanda uma série de adequações e manutenções, já que estava parada há algum tempo. Ali, fabricantes de equipamentos e diversos outros insumos aguardam o sinal verde para fornecer tudo de que a nova unidade precisa para colocá-la em funcionamento o mais rápido possível.

Outra possibilidade cogitada no país é a utilização de plantas veterinárias para acelerar a produção de vacinas contra o coronavírus. Se, para algumas pessoas, isso causa espanto, é preciso explicar que hoje a indústria de medicamentos para animais é tão exigente quanto aquela voltada para a produção farmacêutica em prol da saúde humana. Não haveria ‘contaminação’ alguma na produção de vacinas humanas nesses locais – até porque ambos os produtos requerem certificação do FDA norte-americano, que representa uma chancela de qualidade inquestionável.

O que existe, seja em plantas farmacêuticas para humanos ou animais, é a necessidade de equipamentos adequados, calibrados e que passem por manutenção frequente.

As válvulas pelas quais passam os diversos fluidos, por exemplo, devem ter capacidade de não reter acúmulo de microrganismos, o que exige rugosidade mínima do material. As especificações ideais para alguns equipamentos a serem usados em novas plantas passam pelo desenho de toda a linha de produção (projeto isométrico), com as respectivas linhas de água PW, WFI, CIP, vapor, produto, e ainda os tanques, bombas, filtros, entre outros.

A partir dessas decisões, são escolhidas as melhores especificação de válvulas, medidores de vazão, termostatos, entre outros sistemas de medição e controle. Inclusive, a análise tanto de engenheiros quanto de farmacêuticos ajuda a economizar e aumentar a segurança contra contaminações.

Uma das opções é o uso de blocos de válvulas, que integram diversos equipamentos em um único conjunto. Sua principal vantagem é eliminar qualquer milímetro de espaço entre peças – conhecidos como ‘área morta’ – que representam um grave problema, pois permitem a proliferação de microrganismos que podem levar à degeneração do produto.

Outra necessidade é a rastreabilidade dos lotes produzidos nessas unidades, o que pode ser obtido com sistemas de chips instalados em cada um dos equipamentos, que permitam o controle de quando, quanto e como foi produzida cada gota de medicamento. Uma das opções de manejo do sistema é o uso de radiofrequência na leitura das informações contidas nos chips.

Por fim, vejo que não adianta reclamar das condições de produção brasileira. Se fosse tão fácil produzir vacinas contra o coronavírus em quantidades continentais, muitos países o estariam fazendo. Mas são apenas alguns – e o Brasil logo estará entre eles.

Fonte: Saúde Business

Ambipar explica a logística reversa e o novo desafio das indústrias farmacêuticas

Há como citar alguns riscos ambientais importantes que ocorrem quando esse tipo de resíduo não é destinado de forma correta. O descarte de alguns tipos de medicamentos por parte do consumidor final pode causar a contaminação de solo e dos recursos hídricos por ser destinado juntamente com os resíduos domésticos ou pelo despejo na pia, chegando às estações de tratamento de água.

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Pensando no impacto à saúde pública e ao meio ambiente, o Ministério da Saúde e do Meio Ambiente propuseram o decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020, que passa a vigorar 180 dias após a publicação. Ele determina que as indústrias de fármacos realizem a logística reversa de medicamentos vencidos ou em desuso após o descarte realizado pelo consumidor final.

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“Esse é o novo desafio que as indústrias passam a enfrentar neste ano: investir em um sistema de logística reversa para se adequar à lei. As companhias do setor fármaco terão que definir os pontos de coleta em que os consumidores podem fazer o descarte dos medicamentos. Além disso, fica responsável por transportar, armazenar, segregar adequadamente cada tipo de resíduo e fazer a destinação correta”, comenta Camila Martucci, Superintendente de Valorização de Residuos da Ambipar.

Com o novo decreto, as indústrias de fármacos enfrentam grandes desafios, pois são vários pontos que precisam ser pensados de forma cautelosa para garantir a eficiência da logística reversa dos medicamentos, entre eles:

1.Conscientizar

Um dos pontos principais que deve ser mencionado é o fator de conscientização do consumidor final. As pessoas precisam ser informadas sobre os novos pontos de coleta de medicamentos vencidos ou em desuso para que os resíduos possam retornar às indústrias de fármacos e serem destinados de forma ambientalmente correta.

Esse é um processo complexo que precisa ser pensado de forma estratégica. É necessário conscientizar a população sobre os riscos de jogar medicamentos na pia ou destiná-los junto aos resíduos domésticos. Através de um trabalho de comunicação será possível coletar os medicamentos de forma eficiente para realizar a logística reversa garantindo a correta destinação deste tipo de resíduo.

2.Estabelecer um sistema de coleta

Será necessário estabelecer pontos de coleta específicos para garantir que os medicamentos tenham a destinação correta. Para isso, é preciso fazer um estudo estratégico que defina um sistema de coleta eficiente, pensando no local de recebimento, seja por meio do comércio das drogarias ou caminhões que realizem esse trabalho e levem até os pontos de armazenamento temporário. Junta-se a isto a necessidade de possuir veículos apropriados de empresa especializada para coletar e transportar os resíduos, já que determinados medicamentos são considerados resíduos perigosos.

3.Segregar os materiais

Ao receber os resíduos de medicamentos coletados pela logística reversa, as indústrias responsáveis devem promover a destinação ambientalmente adequada destes resíduos, observando a legislação aplicável que determina ainda a obrigatoriedade e rigor de tratar as embalagens de contato primário com o resíduo e bulas, como se fosse o próprio medicamento.

4.Investir

O decreto exige diversas ações das indústrias de fármacos para a realização da logística reversa de materiais. Todas as especificações requerem investimentos altos para as companhias. É exatamente por isso que as empresas estão buscando terceirizar o serviço. Ao contratar uma empresa especializada, as indústrias de fármacos deixam de se preocupar com a gestão de resíduos e continuam com foco total em seu core business. Além disso, o gerenciamento de resíduos é um serviço complexo que exige know-how, expertise e equipamentos específicos para realizar a logística reversa e destinação final de forma eficiente.

5.Fiscalizar

A questão é que não basta apenas fazer a logística reversa dos medicamentos como manda a lei. Também é essencial documentar todo o processo para apresentá-los aos órgãos competentes em caso de fiscalização. Para isso, é preciso fazer o rastreamento do material e ter softwares que documentam cada processo realizado com o resíduo.

A contratação de uma empresa especializada, nesse caso, entra em jogo novamente. Caso contrário, as companhias precisarão criar novos departamentos para fazer a logística reversa dos medicamentos e investir em sistemas de controle para compliance legal e ambiental.

A Ambipar é uma multinacional brasileira líder em gestão ambiental. Possui expertise em logística reversa para atender as novas demandas da indústria de fármacos. Além disso, adquiriu, recentemente, duas companhias de softwares de compliance legal e ambiental voltados à inteligência artificial que auxiliam com a documentação e rastreabilidade dos resíduos. Além disso, conta com cerca de 36 câmeras de monitoramento para acompanhar o processo, garantindo 100% de rastreabilidade.

Fonte: Saúde Business

Granado vem desde 1870 resgatando a tradição com novos produtos

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Em 1994, o consultor inglês Christopher Freeman recebeu a tarefa de encontrar um comprador para a farmacêutica Granado, que era administrada pela terceira geração do fundador da companhia, o imigrante português José Antônio Coxito Granado. Seu neto, o empresário Carlos Granado, não tinha herdeiros nem um plano de sucessão e decidiu vender a companhia criada em 1870, no Rio de Janeiro.

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Freeman não conseguiu achar nenhum interessado em adquirir 100% da empresa e resolveu ele mesmo ficar com o negócio. Juntou suas economias, fez alguns empréstimos e comprou a Granado por US$ 8 milhões.. Era o início de uma nova fase para a empresa que começou como uma pequena botica.

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A Granado cultivava suas próprias plantas medicinais em uma chácara em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Dali saíam as ervas e as flores usadas como matéria-prima para a produção de águas de colônia, cremes e talcos que caíram no gosto da nobreza da época: D. Pedro 2º concedeu à Granado o título de ‘Pharmacia Oficial da Família Imperial Brasileira’.

Nas décadas seguintes, a botica cresceu e tornou-se a maior empresa farmacêutica do Brasil. No início dos anos 1990, porém, se encontrava em declínio, sofrendo com a hiperinflaçãoe a falta de investimentos.

‘A Granado estava parada no tempo. Não tinha nem sequer um computador e fazia toda a contabilidade manualmente’, lembra Freeman, 74.

Depois de analisar os balanços durante meses, o inglês concluiu que valia a pena apostar no negócio. ‘A empresa era relativamente sólida, sem dívidas e tinha marcas e produtos que realmente funcionavam e que agradavam aos consumidores.’

Entre esses produtos se destacava o polvilho antisséptico, um talco para pés criado em 1903 e que até hoje é um dos carros-chefes da Granado.

A sorte esteve ao lado de Freeman no início de sua gestão. Ele fechou a compra da Granado no dia 15 de junho de 1994. Duas semanas depois, em 1º de julho, entrou em vigor o Plano Real.

Na época, a inflação passava de 70% ao mês. As redes de varejo vendiam os produtos da Granado e pagavam somente 45 dias depois, o que corroía os lucros. Com a estabilização da economia propiciada pela nova moeda, a Granado conseguiu gradualmente recuperar sua margem de lucros.

Com o caixa reforçado, Freeman pôde ampliar seus negócios. Em 2004 adquiriu outra marca brasileira tradicional de cosméticos, a Phebo, criada em 1930, no Pará. O inglês passou a trabalhar com duas marcas complementares: a Granado, com produtos de tratamento, e a Phebo, voltada para cosméticos e beleza.

Nessa época, a Granado iniciou um trabalho de revitalização da marca. Quem liderou a iniciativa foi Sissi Freeman, filha de Christopher e hoje diretora de marketing e vendas da companhia. Ela convenceu o pai a renovar e padronizar as embalagens para valorizar o lado ‘vintage’ da marca. O logotipo ganhou a palavra ‘Pharmácias’ para remeter ao português usado na época da fundação da empresa.

‘A Granado nasceu como uma farmácia e seus produtos sempre têm uma fórmula com um ingrediente natural, que promove um tratamento’, diz Sissi. ‘Com a renovação, procuramos mostrar a tradição e a história por trás dos nossos produtos. Qualquer empresa pode ser uma farmácia, mas poucas com ‘ph’.’

O mercado brasileiro de cosméticos e beleza apresenta algumas características sem paralelo no mundo, segundo o consultor Alberto Serrentino, da Varese Retail, especializada em varejo. Uma delas é o domínio de marcas locais, uma liderança construída em torno de estruturas de distribuição que não se veem em outros países.

Em nenhum outro mercado maduro a comercialização porta a porta atingiu o grau de penetração que se observa aqui. A brasileira Natura se tornou a maior empresa de vendas diretas do mundo ao concluir a aquisição da americana Avon, no início de 2020.

Diante da inexistência de lojas de departamentos -o principal canal de marcas de prestígio lá fora-, o mercado brasileiro permitiu a expansão também de empresas como o Boticário, a maior rede de franquias em cosméticos do planeta, com mais de 3.800 pontos de venda no país.

Diante dessas gigantes, a Granado tem uma fatia minúscula do mercado. De acordo com a provedora de pesquisa de mercado Euromonitor International, a liderança do mercado brasileiro de beleza e cuidados pessoais é disputada pelo trio Natura (com uma fatia de 11,9%), Boticário (11,8%) e Unilever (11,5%), segundo dados de 2019.

A Granado detinha uma participação de 0,3%, ocupando o 25º lugar entre as 53 empresas pesquisadas.

Para não bater de frente com as líderes do setor, a Granado optou por trilhar um caminho próprio. Até há alguns anos, a distribuição de seus produtos era feita por meio de farmácias e supermercados. Para valorizar sua marca, decidiu investir em lojas próprias. A primeira foi aberta em 2005, no mesmo endereço onde funcionou sua primeira farmácia, no centro do Rio.

A loja ganhou decoração retrô, com móveis clássicos, quadros antigos e peças publicitárias originais, recriando o ambiente de uma botica do início do século passado. Foi a primeira de muitas: hoje são 82 unidades próprias no mercado brasileiro, responsáveis por 25% do faturamento da empresa.

Todos os pontos de venda seguem o mesmo conceito e se localizam em bairros nobres, atraindo um público mais sofisticado.

A ampliação da rede permitiu à Granado escoar sua crescente linha de produtos.

‘Com mais lojas próprias, passamos a oferecer produtos que não conseguiríamos vender em grande volume em farmácias e supermercados, como velas perfumadas e kits de presentes’, diz Sissi.

Em 2005, a Granado vendia cerca de 60 itens de produtos. Hoje são mais de 800, incluindo linhas exclusivas para bebês, para mulheres e até para animais de estimação.

Serrentino considera ‘brilhante’ o trabalho de reposicionamento feito pela Granado, que conseguiu explorar as características de seus produtos, resgatar a tradição da marca e fazer a curadoria do legado acumulado em 150 anos.

‘As lojas tiveram um papel importantíssimo na qualificação da distribuição, pois permitiram contar a história que existe por trás da marca’, diz o consultor. ‘A Granado continua sendo distribuída em farmácias e supermercados, mas, dentro do varejo massificado do mercado de cosméticos, virou uma marca mais premium e aspiracional.’

A pandemia do coronavírus atrapalhou o desempenho das lojas físicas em 2020, o que foi em parte compensado pelo aumento das vendas no canal online, que cresceu mais de 1.000% em relação ao ano anterior. Entre perdas e ganhos, a Granado fechou o balanço do ano passado com uma receita líquida de pouco mais de R$ 600 milhões, 5% a mais que no ano anterior.

Levando-se em conta o ano atípico por causa da Covid-19, foi um crescimento expressivo, embora abaixo da média dos anos anteriores. ‘Nos últimos 15 anos, crescemos sempre a uma taxa de dois dígitos, ano após ano’, afirma Sissi.

Ainda que o controle da pandemia permaneça nebuloso, a Granado está otimista. ‘Em 2021, queremos recuperar as vendas que deixamos de fazer no ano passado e voltar a crescer dois dígitos’, diz Freeman.

Até o fim deste ano, a empresa planeja abrir mais oito lojas, ampliando sua rede para 90 unidades. Pretende retomar também o plano de expansão da marca no exterior.

A venda de uma participação minoritária de 35% da empresa para a espanhola Puig, dona de marcas de perfumes como Carolina Herrera e Paco Rabanne, em 2016, injetou cerca de R$ 500 milhões na Granado, que ganhou fôlego para dar os primeiros passos para se tornar uma marca global.

A empresa já tem três lojas em Paris, escolhida como base para a distribuição de produtos em toda a Europa.

Um velho sonho de Freeman é abrir uma loja na Inglaterra, seu país de origem. Ele se mostra atento às oportunidades. ‘O aluguel de imóveis em Londres era um absurdo, mas, com a pandemia, muitas lojas fecharam e os preços estão caindo bastante’.

Raio-x

Atual líder da empresa

O inglês Christopher Freeman chegou ao Brasil no fim dos anos 1970, após uma transferência de trabalho. Tornou-se consultou independente e, em 1994, adquiriu a Granado

Contexto histórico

No fim do século 19, as precárias condições sanitárias no Rio de Janeiro propiciaram o surgimento de muitas boticas para manipular medicamentos e bálsamos para aliviar os males da população. A Granado foi uma delas

Visão de negócio

O imigrante português José Antônio Coxito Granado fundou a Pharmácia Granado com o objetivo de produzir medicamentos que competissem com importados da Europa. Hoje os novos produtos mantêm elementos que remetem à sua história

Receita de longevidade

Modernizar sem abrir mão da tradição. A Granado procura aproveitar o legado acumulado em 150 anos de história, lançando produtos e abrindo lojas que remetem ao seu passado

Fonte: O Noroeste