Conheça 4 tipos de mancha na pele

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mancha na pele

As manchas ou hipercromias acontecem quando há produção excessiva de melanina (pigmento que dá cor à pele), o que confere à região afetada uma coloração mais escura que o restante do tom da pele ao redor. “Essa coloração pode ser resultado de fatores externos, como a exposição solar excessiva, traumas na superfície cutânea ou até mesmo a utilização de certos medicamentos e uso de cosméticos inadequados”, explica Isabel Piatti, consultora executiva em Estética e Inovação Cosmética, especialista em Estética e Cosmetologia.

Segundo ela, como fatores internos, por exemplo, estão os de natureza genética, distúrbios endócrinos (hormonais), características raciais ou até mesmo fatores de fundo emocional. “As manchas, inclusive podem ser causadas pela ação de cosméticos (como os que contém parabenos, justamente pela ação estrogênica da substância, assemelhando-se aqui à causa de origem hormonal”, completa a especialista.

 

Com relação ao tipo, elas podem ser melasma (ou cloasma), efélides (ou sardas), hiperpigmentação pós-inflamatória e melanose solar (ou mancha senil).

 

Tipos de mancha na pele

 

Melasma – dermatose caracterizada por manchas escuras ou acastanhadas (e geralmente com padrão bilateral), o melasma afeta principalmente mulheres em idade fértil com peles mais morenas e que residem em países de climas quentes. Pode estar localizado em áreas como a região centro facial, mentoniana, buço, malar e até mesmo em todo o rosto.

 

“Afeta frequentemente mulheres grávidas, pessoas com propensão genética ou que usam anticoncepcionais à base de estrógeno. Essas manchas pigmentadas, em tom castanho, desenvolvem-se e aumentam de intensidade com a exposição solar que é estimulante da formação da melanina”, explica.

 

Segundo a especialista, o melasma classifica-se em epidérmico, quando o depósito de melanina ocorre nas camadas basais e suprabasais da epiderme e, ocasionalmente, entre as células da camada córnea; dérmico, quando atingem a derme superficial e profunda; e misto, quando os dois coexistem no mesmo tecido.

 

Efélides – Manchas castanho-claras que aparecem na infância, após exposição solar. “Com frequente caráter hereditário, aparece em ruivos e pessoas de pele clara”, explica Isabel.

 

Hiperpigmentação pós-inflamatória – ocorre na pele após traumas ou processos inflamatórios como acne, dermatites, picadas de insetos, queimaduras, entre outros. Também é comum esse tipo de pigmentação em pós-procedimentos com lasers ablativos e mais agressivos, explica a especialista. “Costuma ser frequente nos pós-operatórios (cicatrizes) e os fototipos mais altos são os que apresentam maior tendência de serem atingidos”, completa.

 

Melanose solar – Manchas marrons variando de claras a escuras que surgem principalmente no dorso das mãos e antebraços em indivíduos com mais de 40 anos. “Fortemente relacionadas com a exposição solar sem a devida proteção ao longo da vida e com o envelhecimento cronológico, é mais comum em pessoas de pele e olhos claros”, comenta.

 

Tratamentos

 

Isabel explica que quanto mais profunda a localização do pigmento, mais difícil será o tratamento. “Para que o diagnóstico seja o mais preciso possível, é recomendado o uso da Lâmpada de Wood, que permite a visualização desse tipo de lesão e também ajuda a definir em que camada da pele se encontra a hipercromia”, explica.

 

Para tratar as hipercromias o ideal, segundo a especialista, é combinar cosméticos que promovam a renovação celular – peelings, inclusive química (ácidos), com despigmentantes e ativos com finalidade inibidora, como os antioxidantes, sempre aplicados por profissionais especializados ou sob orientação dos mesmos. “Essa sinergia é importante porque, no caso dos ativos de renovação celular expressiva e que provocam descamação, quando você associa o despigmentante, faz com que ele consiga penetrar mais facilmente”, explica.

 

“Já o uso isolado do ácido de renovação celular remove apenas as manchas da camada superficial da pele, sem impedir que o melanócito (célula que produz melanina) continue produzindo pigmento em excesso”, conta.

Grupo Total cresce 10% acima do varejo farma

Grupo Total
Divulgação: Grupo Total

O Grupo Total, uma das 15 redes de drogarias com receita anual acima de R$ 1 bilhão, obteve crescimento de 20,43% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2002.

A performance é quase dez pontos percentuais superior à evolução geral de 10,7% no varejo farmacêutico. O faturamento entre janeiro e março totalizou R$ 385 milhões.

A companhia, que integra o associativismo, também avançou território e já mantém 567 lojas em 292 cidades do interior paulista e Região Metropolitana de São Paulo. Além disso, atua no Paraná e em Minas Gerais. A rede teve recorde de novas lojas nos três primeiros meses do ano, com 26 aberturas.

O grupo terminou 2022 com R$ 1,41 bilhão de receita e se firmou como a sétima rede com maior número de pontos de venda em todo território nacional. “E temos a meta de somar 100 inaugurações e ultrapassar 650 unidades até o fim do ano”, enfatiza o diretor executivo Samuel Pires.

Fundada em 1996, a companhia mantém as bandeiras Drogaria Total e Drogaria Total Popular, além de uma cooperativa própria. Atende mais de 23 milhões de clientes – média de 63 mil por dia.

Grupo Total pega carona no avanço do associativismo

O Grupo Total ancora seu projeto de expansão no modelo de associativismo, pelo qual prospecta farmácias independentes interessadas em converter bandeira e se associar à rede. As empresas afiliadas passam a ter respaldo total em áreas como compliance e expansão comercial, além de se integrarem a uma central de compras única, o que facilita as negociações com atacadistas de medicamentos e indústrias farmacêuticas.

A companhia também disponibiliza um conjunto de ferramentas para profissionalizar as operações da drogaria e posicioná-la como referência em saúde, bem-estar e conveniência na sua área geográfica. “A vantagem é que o proprietário da farmácia permanece à frente da operação. Aproveitamos todo o conhecimento que ele detém da região, agregando inteligência de mercado e uma gestão ainda mais profissional”, argumenta Pires.

Como diagnosticar a icterícia neonatal e como é feito o tratamento?

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icterícia neonatal

Muito frequente, a icterícia neonatal é uma condição que afeta 60% dos recém-nascidos a termo e 80% dos neonatos prematuros. Se não tratada, ela pode evoluir para problemas mais graves, como a encefalopatia bilirrubínica, também conhecida como EBA.

Para entender mais dessa doença tão comum, vem com a gente se informar sobre o assunto.

Icterícia neonatal e manifestação clínica da hiperbilirrubinemia

Estranhou esse palavrão relacionado à icterícia neonatal? Não é pra menos. A condição é exatamente a manifestação clínica desse quadro. A hiperbilirrubinemia é quando a concentração sérica de bilirrubina indireta é maior do que 1,5 mg/dL.

Outro quadro que pode causar a hiperbilirrubinemia e, por consequência, a icterícia neonatal, é quando a concentração de bilirrubina direta supera os 1,5 mg/dL, sendo ela mais do que 10% da bilirrubina total.

Agora que você entendeu que essa doença está diretamente ligada aos níveis de bilirrubina, chegou a hora de entender o que é esse pigmento.

Bilirrubina vem das hemácias

Resultado da destruição fisiológica de hemácias senescentes, a bilirrubina é um pigmento amarelo. Só que ela não surge diretamente após a destruição dessas hemácias.

Inicialmente, a destruição em questão libera o radical heme. Esse radical, quando em contato com a enzima heme oxigenasse, se decompõem e se torna a biliverdina, um pigmento intermediário.

A biliverdina passará por uma transformação e se tornará biliverdina redutase, uma enzina, e será responsável por criar a bilirrubina não conjugada. A versão não conjugada é a que conhecemos também como indireta.

Por ser lipossolúvel, ou seja, que se diluiu em gordura, ela precisa ser levada pelo plasma sanguíneo através da albumina e se tornará hidrossolúvel, ou seja, que se dilui em água, apenas quando chegar no fígado.

Essa versão indireta, quando conjugada com o ácido glicuronico, se torna a versão conjugada ou direta.

Uma vez nessa fase, é possível excretá-la junto às fezes.

Icterícia neonatal tem mais de um tipo

São basicamente quatro os tipos de icterícia neonatal existentes: a fisiológica, a colestática, a do leite materno e a do aleitamento.

O tipo mais comum é o causado pela hiperbilirrubinemia indireta, seguido pela direta. Nesses casos, o processo é fisiológico e não causa nenhum mal ao bebê. Mas é necessário acompanhar com cuidado os casos para analisar a possibilidade das causas serem outras.

Vamos conhecer mais sobre os tipos.

Icterícia fisiológica

Durante a adaptação do recém-nascido a bilirrubina, ele pode apresentar um quadro de icterícia neonatal fisiológica. Esse público é mais propenso a esses quadros pois as hemácias se degradam mais rapidamente nessa fase da vida.

Exatamente por causa dessa degradação mais acelerada, os níveis de bilirrubina indireta liberados na corrente sanguínea do bebe chegam a ser duas ou até mesmo três vezes maiores.

Usualmente, esse tipo de icterícia surge depois de um dia (24 horas) de vida. Caso o quadro seja identificado antes desse período, é necessário atenção, pois pode ser um caso não fisiológico.

A duração da condição pode variar entre bebês nascidos a termo ou prematuros.

Os que nasceram a termo costumam apresentar a icterícia neonatal em seu auge por volta do terceiro ou quarto dia, sendo que, até o sétimo, a situação começa a voltar à normalidade.

Prematuros podem apresentar quadros mais longos, de até 30 dias e com pico entre o quarto e o sétimo.

Icterícia colestática

Caso a icterícia surja após o 14 º dia de vida do recém-nascido, pode ser um quadro de icterícia neonatal colestática. Ela se dá quando há colestase por atresia de vias biliares.

Essa é uma doença fibro-obliterativa progressiva e idiopática da árvore biliar extra-hepática, que se apresenta com obstrução biliar exclusivamente no período neonatal.

Para diagnosticar esse tipo de icterícia, será necessário analisar a urina e fezes do bebê. Isso porque, são sintomas comuns da icterícia colestática fezes esbranquiçadas, acinzentadas (acolia) ou amareladas (hipocolia fecal). Já a urina pode aparentar escurecimento (colúria).

A bilirrubina é a responsável pela coloração das “necessidades”. Ou seja, qualquer interferência em seu ciclo natural pode causar alterações nesse aspecto.

Icterícia do leite materno (H3)

Apesar do leite materno ser tão vital para a saúde dos bebês, ele também pode causar a icterícia neonatal. Isso porque ácidos graxos e enzimas presentes no organismo da mãe podem passar para o bebê durante o aleitamento.

O quadro surge na primeira semana de vida e seu diagnóstico é feito por exclusão. Mesmo após o diagnóstico, não é indicado que a mãe cesse o aleitamento materno.

Icterícia do aleitamento

Apesar dos nomes semelhantes, esses dois tipos de icterícia neonatal são sim diferentes. Esse tipo em questão acomete apenas recém-nascidos prematuros e entre às 35ª e 36ª semana de vida.

Como esses bebês apresentam mais dificuldade para mamar, eles costumam perder peso e, por consequência, sofrer um aumento na circulação entero-hepática.

Quais as possíveis causas?

Doenças congênitas e hepáticas, além da já citada destruição de células, podem estar por trás da icterícia neonatal. Outra possível causa já citada é o leite materno. Agentes infecciosos também são possíveis causadores.

Como é feito o diagnóstico?

Os recém-nascidos acometidos pela icterícia neonatal costumam apresentar um tom de pele mais amarelada. Apesar de esse ser um sintoma muito característico da doença, ele só se apresenta com níveis bastante elevados de bilirrubina total.

Para diagnosticar casos em que há um desequilíbrio, mas não tão intenso, o médico pode optar por uma dosagem sérica da BT. Outro exame possível é a medida da bilirrubina transcutânea.

Caso não haja como realizar nenhum desses exames, o profissional da saúde pode usar a análise visual das Zonas de Krammer. Como a coloração amarela da doença avança a partir da cabeça, analisando até onde ela se apresenta, é possível ter uma ideia dos níveis de bilirrubina.

É extremamente necessário acompanhar o avanço da icterícia neonatal para evitar sua evolução para uma encefalopatia bilirrubínica.

Encefalopatia bilirrubínica

Quando os gânglios da base acabam atingidos pela BI, surge a encefalopatia bilirrubínica. Clinicamente, essa doença pode ser dividida em fase aguda e fase crônica.

Letargia caracteriza a fase aguda

Dentre as principais características que o paciente com encefalopatia bilirrubínica em fase aguda costumam apresentar estão:

  • Debilidade na sucção
  • Hipotônia
  • Letargia

Quando o tratamento não é realizado da maneira correta, o paciente pode apresentar outros sintomas, como choro agudo e intenso, hipertermia (não confunda com febre), e hipertonia (rigidez anormal dos músculos).

Essa tensão se concentra nas regiões do pescoço e tronco.

Se ainda assim o tratamento não for ministrado, além da possibilidade de evolução para a fase crônica, há também chance de desenvolver apneia e convulsões, entrar em coma e há, inclusive, risco de morte.

Sobreviventes evoluirão para a fase crônica

Se o paciente sobreviver a fase aguda da doença, ele irá desenvolver a versão crônica dela. Suas principais características são:

  • Displasia dentária
  • Neuropatia auditiva
  • Paralisia cerebral atetoide grave
  • Paresia vertical do olhar

Tratamento evita a encefalopatia bilirrubínica

A icterícia neonatal, quando tratada, evita a evolução para a encefalopatia bilirrubínica. Com base nos resultados do exame, o pediatra irá determinar a melhor forma de abordar o problema.

A fototerapia é o tratamento mais comum. Casos mais graves podem precisar também de exsanguineotransfusão ou cirurgias.

Galderma renova direção LATAM

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Galderma

A Galderma anunciou duas mudanças na diretoria para a América Latina. Daniele Amaral é a nova diretora de acesso, respaldada por 19 anos de experiência e atuação em multinacionais como Amgen, Boehringer Ingelheim, Eli Lilly e Janssen.

“A Galderma é uma companhia reconhecida no mercado de cuidados com a pele e fazer parte desse time é muito gratificante. Tenho certeza de que, juntos, conquistaremos resultados surpreendentes”, destaca.

Galderma

Até então diretor financeiro para o Brasil, Alberto D’Angelo passa a se responsabilizar por todo o mercado latino-americano. Desde 2022 na companhia, tem passagens pela Ferring e pela Roche.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Proffer monitora preço de 10 mil itens para farmácias

Proffer auxilia farmácias a monitorar preços de 10 mil produtos
Crédito: Divulgação Canva

Integrante do ecossistema de startups da Farma Ventures, a Proffer acaba de conceber uma ferramenta online que monitora preços de venda de mais de 10 mil produtos de farmácias, com foco em lojas físicas. São mais de 500 mil preços coletados diariamente. Com possibilidade de avaliação gratuita, a plataforma ajuda a aliviar uma das principais dores de cabeça dos varejistas independentes – precificar corretamente os produtos no PDV.

Especializada na gestão inteligente de preços para o varejo farmacêutico e com cerca de 20 meses de operações, a Proffer atende grandes redes como Indiana e São João. Agora, a empresa busca ampliar sua presença no pequeno e médio varejo, tendo conquistado adesão em mais de 1.500 lojas em mais de 14 estados até o primeiro trimestre. A meta é alcançar 10 mil farmácias até o fim do ano, além de ter distribuidoras regionais usufruindo da solução”, prevê o CEO Edmilson Varejão.

Disponível via desktop, a plataforma Proffer Monitoramento utiliza inteligência de dados para coletar mais de 500 mil preços de produtos diariamente. A ferramenta permite filtrar a consulta por estabelecimento e SKU, com indicação de preços mínimos, máximos e médios aplicados nos últimos sete dias. “O programa rastreia, inclusive, categorias de produtos que são vendidos tanto em farmácias quanto em supermercados”, acrescenta Varejão.

“A farmácia pode aderir à plataforma em uma avaliação gratuita, bastando apenas realizar o cadastro de login e senha e selecionar a cidade de atuação. Após o período de 7 dias, é possível contratar a ferramenta pela quantia mensal de R$ 199. Dessa forma, o usuário tem direito a exportar todos os dados e acessar um histórico mensal de preços. Não há necessidade de integração com os sistemas de gestão e vendas da farmácia ou da distribuidora.”

“Estamos empoderando a farmácia independente e fornecendo ao PDV subsídios que, sozinho, ele teria dificuldade de acessar. Ao ter uma base sólida dos preços praticados pela concorrência, o tomador de decisão pode responder às mudanças de mercado mais rapidamente, ampliar a competitividade da farmácia e a capacidade de negociação com fornecedores”, acredita.

Proffer Edmilson
Edmilson Varejão, CEO da startup: “estamos empoderando a farmácia independente” Crédito: Divulgação Proffer

Proffer vive novo ciclo de expansão

O desenvolvimento da plataforma para farmácias independentes é parte do novo ciclo de expansão da Proffer, que captou R$ 1 milhão em uma rodada de investimentos no fim do ano passado. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e a aceleradora gaúcha Wow também destinaram aportes recentes à startup.

A empresa iniciou sua atuação no mercado farma em junho de 2021. Já com carteira de clientes que soma mais de 1000 lojas, a meta é aumentar em oito vezes a receita neste ano. O algoritmo de inteligência artificial da startup tem conseguido aumentar a lucratividade das farmácias em até 5%, a partir de recomendações de preço individualizadas para cada item do mix.

“A solução vai ao encontro de uma das principais angústias das farmácias, que é a precificação. Por isso acreditamos na proposta de valor da Proffer e asseguramos apoio estratégico, ampliando seu acesso ao setor e a fundos de investimentos”, complementa Giovanni Oliveira, diretor de operações da Farma Ventures, primeira corporate venture builder dedicada ao varejo farmacêutico do Brasil.

Remédio mais caro do mundo viraliza no Instagram

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remédio mais caro do mundo
Divulgação: Novartis

O remédio mais caro do mundo custa a “bagatela” de US$ 2,1 milhões – cerca de R$ 10,5 milhões ao câmbio de hoje.

O valor do Zongensma, produzido pela Novartis, é motivo de inúmeras batalhas judiciais de pacientes e famílias em busca de tratamento contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME). Mas o engajamento na rede social vem ajudando a mudar essa realidade.

Reportagem da BBC News Brasil fez um levantamento no Instagram e identificou que, em 90 perfis de crianças que convivem com a doença, as famílias promoveram uma campanha para arrecadar recursos ou pressionar pelo acesso ao remédio.

Entre as que conseguiram usufruir do medicamento, a média de seguidores é de 31,7 mil. Quatro perfis ultrapassam 100 mil. Mas quando a análise considera as famílias que ainda pleiteiam acesso, a média é de 9,2 mil – contingente três vezes menor. Deste grupo, sete crianças não alcançam 5 mil seguidores.

Remédio mais caro do mundo: exemplos opostos

 O remédio mais caro do mundo passou a ser uma necessidade para a menina Kyara logo após o parto. Mas o diagnóstico de Atrofia Muscular Espinhal só veio nove meses depois.

“Conforme ela crescia, percebi que outras crianças da mesma idade pareciam estar se desenvolvendo mais rápido. A Kyara não conseguia ficar de pé e as perninhas dela estavam ficando cada vez mais moles, pareciam geleia”, relembra a mãe Kayra Dantas, advogada residente em Brasília.

Ela, então, definiu três caminhos para conseguir o tratamento. O primeiro passo foi buscar doações nas redes sociais, ao mesmo tempo em que entrou com uma liminar para exigir o custeio pelo Ministério da Saúde e inscreve u a filha nos testes clínicos da Novartis”, destaca.

Com 51,3 mil seguidores, a criança recebeu o apoio de famosos como a dupla sertaneja João Neto e Frederico, o lutador Júnior Cigano e o cantor Oswaldo Montenegro. Em três meses e dia 20 dias, a família reuniu R$ 5 milhões e, em 2020, a Justiça determinou que o governo federal arcasse com o valor restante.

Já o menino maranhense Yuri teve o diagnóstico aos dois meses de idade. Desde setembro de 2021, o bebê e a mãe Luzinete Silva vivem no hospital a 260 quilômetros de distância do restante da família, na cidade de Barreirinhas. Mas com 8,2 mil seguidores, a página da criança no Instagram arrecadou em torno de R$ 40 mil, o equivalente a apenas 0,3% da meta inicial.

“Eu nem posso falar muito, porque já começo a chorar. É difícil cuidar dele, e tenho outros cinco filhos. Queria poder levar o Yuri para casa e estar com a família reunida”, relata Luzinete.

Uma rede de voluntários auxilia nas postagens, sob a coordenação da ativista Camila Bonnetti. O grupo idealiza as estratégias de comunicação e aciona famosos e influenciadores. “A gente sabe que, no Brasil, as coisas só acontecem quando há mídia e atenção do público”, afirma.

Conitec deve reavaliar remédio mais caro do mundo

O remédio mais caro do mundo deve ser submetido à reavaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). As informações são do Jota.

Segundo a reportagem, a discussão foi adiada após ser identificada falta de informações por parte da farmacêutica demandante da avaliação da tecnologia. A comissão aguarda o complemento dos dados solicitados para dar prosseguimento às discussões acerca do assunto.

Causada pela alteração de uma proteína primordial para os neurônios ligados aos movimentos dos músculos, a AME é uma doença rara que provoca a atrofia muscular e pode levar o paciente à morte. O Zolgensma promete grande regressão dos efeitos da AME em crianças de até dois anos de idade. Estima-se que entre 280 a 300 crianças são diagnosticadas com a doença todos os anos no Brasil.

Venda de MIPs cresce 25% e chega a R$ 27,6 bilhões

Venda de MIPs cresce 25% e chega a R$ 27,6 bilhões
Divulgação: Canva

A venda de MIPs movimenta valores recordes e mais uma vez posiciona a categoria como a mais promissora nas farmácias brasileiras. A receita do segmento cresceu 25% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 27,6 bilhões.

É o terceiro ano consecutivo de recorde no faturamento dessa classe de medicamentos, que acompanha o processo de amadurecimento do consumidor com foco no autocuidado.

Os medicamentos isentos de prescrição respondem por 15% do volume de negócios, resultante das 1,42 bilhão de unidades comercializadas no período.

“O brasileiro incorporou o consumo desses produtos à sua rotina, estimulado pelo fortalecimento das farmácias como hubs de atenção primária e pela ascensão do e-commerce, cujas transações já somam R$ 2,7 bilhões”, observa Renan Oliveira, gerente da área de Consumer Market Insights da IQVIA.

Venda de MIPs ganha fôlego no associativismo

A venda de MIPs em farmácias revela que o associativismo e as franquias vêm sendo um dos motores do avanço da categoria. A receita desse nicho teve aumento de 29% e somou R$ 7,3 bilhões. No entanto, as redes e os PDVs independentes ainda sustentam a liderança.

Venda de MIPs por fabricante revela concentração

Embora a cesta de consumo esteja bem distribuída nas farmácias, a venda de MIPs por fabricante revela uma elevada concentração. As cinco farmacêuticas que mais movimentam a categoria representam 52% do faturamento.

Farmacêuticas se movimentam

Nesse cenário, as farmacêuticas promovem movimentos distintos. A EMS, controlada pelo Grupo NC, busca ampliar participação na categoria com operações como a compra da Dermacyd.

Com receita de R$ 50 milhões no país, a marca de sabonetes íntimos da Sanofi custou para a fabricante brasileira uma bagatela de € 66 milhões, equivalente a R$ 366 milhões no câmbio atual.

Já a Sanofi, com mais essa venda, continua a abrir mão de parte do portfólio de MIPs. Na última semana, a Eurofarma concluiu a compra de ativos do laboratório francês para o Brasil, Argentina, Colômbia, México e Uruguai. Fontes do mercado avaliam que a Sanofi estaria se desfazendo de produtos desse segmento com o claro propósito de alocar esforços e recursos para a divisão de medicamentos de especialidades.

Quais produtos se destacam na venda de MIPs?

No ranking dos produtos campeões de demanda, a Sanofi tem dois de seus carros-chefes da divisão de consumer healthcare nas duas primeiras posições. Com R$ 647 milhões em vendas, o analgésico e relaxante muscular Dorflex encabeça a lista. A marca, cujo incremento chegou a 15%, passou a figurar na seleta lista das 50 marcas mais valiosas do país, com base em análise da Kantar e do Meio & Mensagem.

A Novalgina vem na segunda posição, com R$ 411 milhões e 28% de crescimento. Em terceiro lugar, o descongestionante nasal Decongex Plus, do Aché, movimentou R$ 322,2 milhões nas prateleiras. Foi o segundo MIP com maior crescimento entre os top 10 – 105%. É seguido de perto pelo Allegra, antialérgico da Sanofi, com R$ 317,6 milhões.

O sal de fruta Eno aparece na quinta colocação. A marca faz parte do portfólio da Haleon, farmacêutica 100% focada em consumer health e que iniciou operações em julho passado após cisão com a GSK.

Novos mercados ganham espaço na venda de MIPs

Além dos mercados de gripe e dor, que ganharam evidência na pandemia, outros nichos também impulsionam a venda de MIPs. Um dos exemplos é a presença inédita do Restylane, da Galderma, no rol dos mais comercializados. As farmácias brasileiras faturaram R$ 230 milhões com o preenchedor à base de ácido hialurônico.

Dados da consultoria McKinsey vão ao encontro dessa tendência ao apontarem que a harmonização facial fez o setor de procedimentos estéticos dobrar de tamanho em uma década. O crescimento até 2026 deve oscilar entre 12% e 14%. 

Top 10 na venda de MIPs (em milhões de R$)

MIP Fabricante R$
Dorflex Sanofi 647
Novalgina Sanofi 411
Decongex Plus Aché 322
Allegra Sanofi 317
sal de fruta Eno Haleon 309
Neosaldina Hypera 372
Expec Legrand 259
Cimegripe Cimed 249
Benegrip Hypera 248
Restylane Galderma 230

* Fonte: Close-Up International

Os produtos que puxam o e-commerce de farmácias

Conheça os produtos que puxam o e-commerce de farmácias

e-commerce de farmácias teve crescimento de 52% em 2022. O segmento de consumer health contribuiu para impulsionar os resultados, mas algumas categorias em particular puxaram as vendas online.

Entre as top 10 na área de cuidados pessoais, os produtos para cabelo somaram R$ 201,4 milhões em vendas. Juntamente com cuidados da face, com vendas na casa dos R$ 177,1 milhões; e proteção solar (R$ 158,5 mi), foram os segmentos que tiveram maior representatividade.

Já o mercado de vitaminas, minerais e suplementos acumulou mais de R$ 1 bilhão em vendas. Na sequência figuram os produtos voltados ao tratamento gastrointestinal e para gripes e resfriados.

E-commerce de farmácias: incontinência e bebês

O e-commerce de farmácias também teve o impulso da área de cuidados ao paciente, com ênfase especialmente nos produtos para bebês (R$ 330,8 milhões) e para incontinência, com R$ 121,1 milhões.

“O canal online foi determinante para o crescimento da categoria de incontinência urinária. Além de serem produtos volumosos que desencorajam a venda na loja física, o e-commerce apresenta mais ofertas e melhores preços. E muitas vezes, por vergonha, o consumidor prefere fazer a compra digital”, justifica Ulysses Danté, head da unidade de negócios de Consumer Health da IQVIA.

Categorias Vendas em milhões de R$
Troca bebê 330,8
Cuidados incontinência 121,1
Testes e medidores 107,7
Produtos médicos-cirúrgicos 27,9
Primeiros socorros 26,3
Devices injeção 14,5
Máscaras 13,1
Cuidados olhos MIP 9,6
Preservativos 8,9
Cuidados casa 5,2

Nutrição em evidência

Das dez categorias do segmento de nutrição, as fórmulas infantis e de nutrição enteral representam 76% da demanda. “É uma forma prática e cômoda de compra sem sair de casa para uma mãe que acabou ter o bebê”, ressalta Danté.

Estudo analisa 90 mil farmácias por tamanho de cidade

Estudo analisa 90 mil farmácias por tamanho de cidade

A radiografia das farmácias por tamanho de cidade revela uma cesta de consumo ainda bem distribuída por nicho de lojas, embora as redes continuem a avançar em relação ao varejo independente.

Com cobertura superior a 70% da população em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, as grandes varejistas que integram a Abrafarma representam 11% das mais de 90,9 mil farmácias existentes no Brasil. No entanto, as cerca de 9,7 mil lojas das grandes redes somam 44% da receita do setor, sendo que a maior participação está em cidades acima de 300 mil habitantes.

Os dados são baseados em pesquisas da Close-Up International e da IQVIA, considerando o ano de 2022. Embora haja esse domínio do grande varejo, o associativismo e as farmácias independentes seguem resilientes, respectivamente com incremento de 20% e 14% no período. As associativistas, aliás, já empatam com os pequenos PDVs em market share. Ambos os nichos detêm 22% do faturamento do setor. Já as outras redes cresceram 10% e respondem por 12% do mercado.

“Isso pode estar relacionado à valorização das lojas de bairro durante a pandemia, atrelada aos impactos da pressão inflacionária sobretudo nas cidades de menor poder aquisitivo, onde o pequeno e médio varejo concentra suas operações com foco claro na competividade dos preços”, acredita Paulo Paiva, vice-presidente da consultoria.

Como estão as farmácias por tamanho de cidade?

Metrópoles acima de 1 milhão de habitantes

As redes detêm 76% do market share, seguidas das independentes, com 18% de participação. “Os dados não refletem profundas alterações em relação aos anos anteriores, o que pode indicar uma saturação nos grandes centros”, comenta Paiva.

Grandes cidades/300 mil a 1 milhão de habitantes

As redes registram uma representatividade estável, mas dominam 68% desses municípios. Embora ainda com menor participação na comparação com as independentes (20%), o associativismo vem reforçando presença nesses municípios e concentra 12% do share.

Cidades médias/50 mil a 300 mil habitantes

As variações são nítidas quando esse grupo é dividido entre municípios abaixo e acima de 100 mil. Nas cidades menores, a representatividade das redes cai de 61% para 51%. Quem ocupa esse espaço é o associativismo, que supera em faturamento as independentes.

Cidades pequenas/ menos de 50 mil habitantes

Esse é o território onde as farmácias independentes sustentam sua resiliência, com 55% do market share.

CVS Health cresce 11% no primeiro trimestre

CVS Health
Foto: Depositphotos

 

A CVS Health anunciou nesta quarta-feira, dia 3, os resultados operacionais do primeiro trimestre, encerrado em 31 de março de 2023. O crescimento em todos os segmentos da empresa elevou as receitas para US$ 85,3 bilhões, aumento de 11% em comparação com o período do ano anterior.

“Entregamos outro trimestre forte durante a execução da estratégia que delineamos em dezembro de 2021, levando à conclusão da aquisição da Signify Health, seguida rapidamente pela Oak Street Health“, afirma Karen Lynch, presidente e CEO da CVS Health. “Essas adições são essenciais para nossa estratégia e nos ajudará a desbloquear o crescimento futuro à medida que avançamos no cuidado baseado em valor, que prioriza manter as pessoas saudáveis.”

A receita operacional da varejista diminuiu 2,8% principalmente em função da baixa contábil do negócio de cuidados de longo prazo Omnicare; da diminuição na receita operacional ajustada e a um aumento nos custos de transação e integração relacionados às aquisições em comparação com o ano anterior. A queda na receita operacional foi parcialmente compensada pela ausência da cobrança de US$ 484 milhões pelo processo envolvendo a venda de opiáceos registrada no ano anterior e a uma diminuição na amortização de ativos intangíveis.

A receita operacional ajustada diminuiu 5,1% impulsionada principalmente pelas quedas no segmento farmácia e saúde bem-estar do consumidor. A queda foi parcialmente compensada por aumentos no segmento de serviços de saúde.

Receita dos serviços de saúde da CVS Health aumentou 12,6%

O segmento de serviços de saúde (anteriormente o segmento de serviços farmacêuticos) viu a receita total aumentar 12,6% no trimestre em comparação com o ano anterior, impulsionada principalmente pelo aumento do volume de atendimentos.

A receita operacional ajustada do segmento de serviços de saúde da CVS Health aumentou 14,2% no trimestre em comparação com o ano anterior, impulsionada principalmente por uma economia de compra aprimorada e aumento do volume de pedidos nas farmácias. Esses aumentos foram parcialmente compensados ​​por melhorias contínuas nos preços finais e pela diminuição dos testes de diagnóstico de Covid-19 nas unidades do MinuteClinic em comparação com o ano anterior.

As vendas na farmácia aumentaram 3,7%, impulsionadas principalmente pelo impacto de uma temporada elevada de tosse, resfriado e gripe em comparação com o ano anterior. Esses aumentos foram parcialmente compensados ​​por uma diminuição nas vacinas contra a Covid-19.

As receitas totais no segmento de farmácia e bem-estar do consumidor aumentaram 7,8% no trimestre, em comparação com o ano anterior, impulsionadas principalmente pelo aumento do volume de prescrições, mix de medicamentos farmacêuticos e inflação. Esses aumentos foram parcialmente compensados ​​pela pressão contínua de programas de reembolso, pela diminuição das vacinas e testes de diagnóstico para Covid-19 e pelo impacto das recentes introduções de genéricos, observou a companhia.

A receita operacional ajustada do segmento de farmácia e bem-estar do consumidor da CVS Health diminuiu 27,9% no trimestre em comparação com o ano anterior, impulsionada principalmente pela pressão contínua de reembolso de farmácias, diminuição de vacinas e testes de diagnóstico COVID-19 e maiores investimentos nas operações e capacidades do segmento. Essas reduções foram parcialmente compensadas pelo aumento do volume de prescrições descrito acima e pela melhoria na compra de medicamentos genéricos, disse a CVS Health.

As prescrições aumentaram 2,5% em uma base equivalente a 30 dias para os três meses encerrados em 31 de março de 2023 em comparação com o ano anterior, impulsionadas principalmente pelo aumento da utilização e pelo impacto de uma temporada elevada de tosse, resfriado e gripe em comparação com o ano anterior. Esses aumentos foram parcialmente compensados ​​por uma diminuição nas vacinas contra a COVID-19. Excluindo o impacto das vacinas contra a COVID-19, as prescrições preenchidas aumentaram 4,5% em uma base equivalente a 30 dias nos três meses encerrados em 31 de março de 2023 em comparação com o ano anterior.