50As medidas de isolamento social adotadas pelo governo da Índia para combater a Covid-19 poderão afetar o fornecimento de matérias-primas utilizadas por algumas indústrias farmacêuticas brasileiras. Segundo entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini (foto), afirmou que o risco de desabastecimento não será imediato, pois as empresas têm estoques para, em média, quatro ou cinco meses.
Mas segundo o dirigente, algumas empresas estão enfrentando problemas no embarque de insumos e princípios ativos e alguns produtos podem faltar no mercado em longo prazo, caso a situação não se estabilize nos próximos meses.
A Biolab, por exemplo, teve embarques cancelados de insumos para um medicamento após a decisão. Cerca de 50% dos insumos são da Índia, segundo o presidente, Cleiton de Castro Marques. A empresa havia contratado o embarque de dez toneladas, que agora não vão chegar.
Segundo ele, esse insumo é usado em um medicamento que está dentro do programa Farmácia Popular e o estoque do insumo dura mais dez dias. “No entanto, temos estoques do medicamento pronto e isso para 60 dias. Não haverá desabastecimento no curto prazo.”
Na Cellera Farma, 70% dos insumos usados na produção vêm da Índia. De acordo com o presidente da companhia, até o meio deste ano, os embarques desses insumos estão confirmados, mas “há dificuldades logísticas dentro do país.”
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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