Segundo analistas internacionais, o mercado farmacêutico da América Latina é um dos mais promissores do mundo para a década. A desenvolvedora de software Scigeniq elencou os cinco principais motivos para investidores ampliarem os olhares para a região.
A companhia destaca que o avanço esperado nas vendas na América Latina para até 2026 é o maior entre todas as regiões e superior, inclusive, ao total global.
Crescimento previsto de vendas por região até 2026
Por que o mercado farmacêutico da América Latina é a bola da vez?
População em crescimento e envelhecendo
Mais de 650 milhões de pessoas vivem na América Latina. Na região, dois movimentos demográficos diferentes se encontram. Enquanto em alguns países a população cresce, o envelhecimento acelera em mercados como o Brasil. Ambos os cenários são promissores para o setor.
E para Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, a população mais idosa torna o sistema público de saúde do nosso país uma alavanca ainda mais poderosa para o consumo de medicamentos. O dirigente destaca o fato de 40 milhões de pessoas integrarem a cobertura do segmento de saúde suplementar. “É um contingente que se aproxima da população de toda a Argentina”, exemplifica
Gastos com saúde em alta
A disposição dos latino-americanos para investir em sua saúde tem viés de alta. Em paralelo, o poder público também vem destinando mais recursos para a atenção básica, seja fortalecendo a infraestrutura física, seja incorporando terapias inovadoras ao rol de cobertura
Reformas regulatórias abrem o mercado local
Intensas articulações das autoridades latino-americanas buscam modernizar seus sistemas regulatórios, permitindo assim a adesão de tratamentos mais modernos e inovadores. A proteção da propriedade intelectual também é um assunto que interessa ao setor e conta com iniciativas diferenciadas, como a formação da Corte de Patentes Unificada (UPC da sigla em inglês) encabeçada pelo México
Genéricos e biossimilares em expansão
No Brasil, desde que os genéricos entraram no mercado, eles ganharam terreno e protagonismo. Agora, o movimento começa a se repetir em outros países da América Latina. Em paralelo, o advento dos biossimilares fortaleceu o mercado dos medicamentos biológicos e reforçou a competitividade, devido aos preços mais baixos das terapias.
“Os medicamentos inovadores ganharam prioridade na agenda estratégica das farmacêuticas e vêm reforçando a rede de parcerias para melhorar a adesão aos tratamentos, destinando mais esforços em programas de suporte aos pacientes e parcerias com as distribuidoras para garantir maior capilaridade no acesso”, acrescenta Paulo Maia, presidente executivo da ABRADIMEX.
Telemedicina veio para ficar
A telemedicina, que se popularizou durante a pandemia da Covid-19, virou tendência. Na América Latina, essa tecnologia vive plena expansão e o mercado farmacêutico pode colher os louros desse crescimento.